terça-feira, 11 de julho de 2023

Mensagem pregada dia 09/07/2023

 

RESGATADOS DA MALDIÇÃO PARA UMA VIDA SANTA

TEXTO: GL 3:6-14

INTRODUÇÃO: Nos escritos apostólicos encontramos a afirmativa que a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegando a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo(Tt 2:11,12). Portanto, devemos aguardar a volta de Cristo em santidade.

 I – ESCLARECIMENTO SOBRE A MALDIÇÃO

A quem o texto é dirigido? Obviamente refere aos não judeus. Contudo, importa refletirmos sobre a condição do povo judeu que viveu sob o regime da lei. A qual aponta que os infratores estavam sob pena da maldição porque todo aquele que violar a lei põe-se sob maldição. Em deuteronômio 27:13-15, vemos a determinação precatória desta lei no monte Ebal(Js 8:30-35). Todo Israel, estrangeiros e naturais da terra, com seus líderes, os seus oficiais e seus juízes, estavam em pé do lado da arca da aliança do Senhor, diante dos sacerdotes e levitas, que a carregavam, metade do povo defronte o monte Ebal, tudo conforme Moisés, servo do Senhor, tinha orientado anteriormente, para que o povo do Senhor fosse abençoado. Em seguida Josué leu todas as palavras da lei, bênção e maldição segundo o que estava escrito no livro da lei. Ali estavam todos: Crianças, mulheres e estrangeiros que viviam no meio de Israel.  A determinação era que se obedecesse integramente a lei, seria abençoado, e a desobediência seriam  amaldiçoado. Porque então havia a necessidade de resgatar da lei? Nas palavras do apóstolo Paulo nenhum ser humano foi capaz de cumprir a lei (Gl 2:16, Rm 8:3). A lei serviu para nos revelar nossa condição de maldição.

II – JESUS CRISTO SE FEZ MALDITO EM NOSSO LUGAR (GL 3:13,14)

Jesus cumpriu literalmente a exigência da lei divina (Hb 2:17-18, 4:14-16). Ele assumiu nossa condição miserável de pecador na cruz, ou seja, foi lhe imputado nossa culpa sem ele dever coisa alguma (2Cor 5:21). A maldição que estava sobre a humanidade se deve ao nível de justiça divina inatingível por mérito humano. Encontrávamos num cativeiro do pecado que a lei nos mostrava a todos os momentos na impossibilidade de escapar. O resgate fez-se necessário devido a esta condição exposta, da qual não tínhamos a mínima chance de sair livres. Fomos vendidos ao domínio do inimigo a partir da transgressão de Adão: “Portanto, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”(Rm 5:12). A lei foi dada em caráter provisório tendo em vista o resgatador descendente de Abraão – Jesus Cristo. Quando pensamos sobre resgate, logo  nos vem a mente aquelas cenas de pessoas no cativeiro, onde os reféns são objeto de chantagem de extorsão. Nenhuma pessoa pode escapar deste domínio do pecado a não ser pela graça salvadora do Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele manifestou aos homens afirmando: Porquanto Deus enviou seu filho ao mundo, não para que o julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo 3:17). Resumindo: Se você caiu num buraco, o verdadeiro socorrista não fica questionando como foi que você caiu no abismo, antes, vai te socorrer. Assim também o nosso resgatador atua em nosso livramento. Se você não vigiou ou deu mancada, não importa ele quer tirar você do cativeiro do pecado.

III – VIVER SANTO AGURDANDO A VOLTA DE JESUS (Tt 2:11,12)

Viver em santidade no regime da lei é impossível devido a natureza pecaminosa dominante sobre os não regenerando. Mas, agora através do cancelamento da nossa dívida que nos incriminava diante do tribunal de Deus e também, o novo nascimento para uma nova relação com Deus, tornou possível aquilo que era impossível, ou seja, obedecer à lei de Deus que classificamos como lei do amor.

“Porque o pecado não terá mais domínio sobre vocês, pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Rm 6:14). A graça de Deus se manifestou para nos resgatar e capacitar-nos a viver fora do domínio do pecado. Vivemos dias em que muitos para justificar sua libertinagem, defendem que Jesus aniquilou todo pecado em sua carne (Hb 9:26). Não ignoramos a eficácia do sacrifício de Cristo. Porém, temos uma infinidade de textos afirmando e apontando para nos manter limpos; cito alguns: “Sede santo, como é santo aquele que vos chamou”, “segui a paz e santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (1Pe 1:15,16, Hb 12:14). Portanto, devemos nos abster das imundícias deste mundo e aguardar a volta do Senhor em temor e tremor. Aquele que volta a pratica do pecado é comparado a um porco e cachorro: “Portanto, se depois de ter escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixar enredar de novo e são vencidos, tornou-se seu estado pior do o primeiro. Pois melhor fora nunca ter conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando do santo mandamento que lhes fora dado. Com eles acontece o certo adágio: O cão voltou a seu próprio vômito; e, porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal (2 Pe 2:20-22). Portanto, muitos para justificar seus erros usam a bíblia. Não se iluda, ele nos tirou da sujeira e não devemos voltar para lá.

 

CONCLUSÃO: Imagina um pai que tira seu filho de uma carvoeira ou de um chiqueiro com as roupas toda suja, e após passar por uma higienização completa, mesmo consciente o filho retorna àquele lugar imundo, qual será a satisfação deste pai? Todas as coisas me são licitas, mas nem todas me convêm. Hoje vivemos na lei do amor de Cristo que requer um viver santo.

Deus te abençoe!

Pr João Serafim