MENSAGEM: UM BANQUETE DISPONIVEL
TEXTO: JO 6: 53-59
INTRODUÇÃO: Quando aproximamos do fim do ano ou de alguma despedida, assistimos com muita regularidade as empresas e outros grupos promoverem confraternizações regadas de comidas e bebidas. O propósito básico geralmente é fortalecer os vínculos de amizades e irmanar e, até ai, tudo bem. A vista disso, os banquetes são expostos, por via de regras com muita ostentação criando expectativa de superação para o ano seguinte, criando assim, o ciclo da insatisfação... Contudo, temos da parte de Deus um alimento incomparável – Jesus o pão vivo.
I – OS PÃES RECHEADOS COM PEIXE
JO 6:26,27
O ministério de Jesus atraiu vários tipos de pessoas, entre os seus seguidores introduziram-se os oportunistas que buscavam levar vantagens. Esta constatação fica clara neste episódio da multiplicação dos pães. No dia seguinte após o evento, uma turma atravessou o rio, aproximou de Jesus com cara de piedade. Mas, Jesus revelou a intenção deles, que era apenas comer o pão recheado com peixe. Pelo que sugere o texto, eles tiveram um trabalho enorme para chegar onde Jesus estava (27), mas, a motivação estava errada. Aqui mora o X da questão! O que há de errado em desejar ou empenhar para ver os sinais de Deus? A esta pergunta o próprio texto responde. “Trabalhai, não pela comida que apodrece, mas pela que subsiste para a vida eterna...”( 27). Obviamente o Senhor não estava reprovando o esforço humano para aquisição do sustento, ele estava mostrando uma linha de prioridade para a vida. Ninguém sobrevive sem alimentos, para esta vida terrena dependemos de uma boa nutrição, sem a qual estamos sujeitos a uma morte precoce. Quanto à vida espiritual o Nutricionista Jesus recomenda a gastronomia de um cardápio muito além destes pães e peixes. O Nutricionista se faz o próprio banquete.
II – QUEM DE MIM SE ALIMENTA POR
MIM VIVERÁ - JO 6:57b
Muitos dos seguidores de Jesus que ouviram esse discurso ficaram extremamente escandalizados aponto de abandoná-lo (66). Todavia, houve uns poucos que se assentaram à mesa do banquete (67-69) para saciar seu apetite. Afinal o que seria viver por Cristo? Jesus afirmou que vivia pelo Pai, assim também devemos viver por ele . Esse foi o ensinamento do apóstolo João 1ª 2:6 “Aquele que diz que permanece nele, esse deve andar assim como ele andou”. Como podemos viver sincronizado com Jesus assim como ele foi com o Pai? Vamos começar pela comunhão, a palavra comunhão denota: associação, comunidade, comer juntos: Já que estamos tratando de alimentação, não podemos rejeitar a nossa porção diária de alimentos, do contrario, perdemos qualidade de vida, certo? Então, nossa interação com ele precisa ser diária, se uma pessoa que recusa tomar suas refeições regulares, por certo, definhará e também sua missão aqui na terra ficará comprometida. Jesus foi interpelado por esta questão: “Nós também queremos realizar a obra de Deus” disseram eles. O que devemos fazer? Jesus lhe disse: Esta é a única obra que Deus quer de vocês: Creia naquele que ele enviou”(28,29). Só torna possível andar como ele andou quando dele alimentamos diariamente. A dificuldade dos judeus a época era porque queriam incrementar outros ingredientes. Nossa dificuldade hoje, a semelhança dos judeus, queremos incrementar velhas práticas como um fermento estragado, ou seja, o evangelho simples não nos satisfaz mais. Porém o único caminho é crer em Jesus como o pão vivo.
III – REFEIÇÃO DO CÉU Jo 6:68
Sempre houve diversidade nas iguarias alimentares. Na busca de agradar os inúmeros paladares, os restaurantes e cantinas se esmeram no aperfeiçoamento dos pratos, isso remonta a crença filosófica dos epicureus (Atos 17:18) que defendia prazer da glutonaria como pilar de suas crenças e vidas. Ao contrario, vemos a incompatibilidade do pão que apodrece com o pão que permanece. Este fenômeno da troca do alimento durável pelo perecível aconteceu com o próprio Senhor e com os apóstolos (Atos 13:49-51). Imagina os garçons do Senhor em nossos dias. O mais importante é que alguns, ainda que poucos se deliciem com o pão do céu – Jesus. A igreja que segue os apelos dos consumidores por alimentos tóxicos, a cada dia busca inovação fora do receituário (Bíblia), também não é de se estanhar porque o interesse deles é satisfazer os consumidores hoje, ainda que eles morram amanhã, ou seja, se estes clientes afastarem, viram outros. O pão do céu é nutritivo e por ele viveremos: “...As palavras que eu vos tenho dito são espírito e vida”(6:63b). Conceber estas coisas pelas lentes de Deus é que faz toda a diferença nesta opção da refeição celestial. Para isso, precisamos estar conectados no espírito, ao contrario, soará como loucura: “Mas o homem natural não aceita as verdades do Espírito de Deus, elas lhes parecem loucura, ele não consegue entendê-las, pois apenas quem é espiritual consegue avaliar corretamente o que diz o Espírito” (2 Cor. 2:14). A correria das pessoas naturais na busca dos pães recheados irão continuar. Porém, aqueles que têm o encontro com Jesus têm sua fome satisfeita e despensa às salsichas (heresias).
CONCLUSÃO: O trabalho árduo de muitos para escalar montanhas e descer vales, apenas produz cansaço, fadiga e frustração. Crer em Jesus como diz as Escrituras nos basta para ter todas as nossas necessidades supridas e com pão espiritual a certeza do sustento eternal.
Deus abençoe
você!
Pastor João Serafim