MENSAGEM: A JUSTIÇA DE DEUS
TEXTO Mt
20. 1 – 16
INTRODUÇÃO: Quando
analisados os acontecimentos e a vida pela ótica humana, julgamos ter muitas
coisas erradas neste mundo e que no fundo gostaríamos que fossem diferente e
mais; se tivéssemos no lugar de Deus, faríamos diferente ou melhor que ele; pele que parece, esta é a sugestão que se apresenta: Exemplo
disto são nossas tentativas de consertar o mundo e quando deparamos com a existência de muitas coisas fora do eixo sob
nossa perspectiva, como pessoas cheias
de maldades que passa impunes pelos
tribunais humanos e outras pessoas boas sendo penalizadas ficamos indignados.
Sobre isso vamos pensar hoje.
I - A DINÂMICA DO REINO DE DEUS
O texto em
apreço nos revela que a dinâmica do reino de Deus não segue os padrões do
governo humano, quando Jesus narra esta parábola ele tinha em vista desmantelar
as idéias preconcebidas dos judeus
referente a inclusão das pessoas no reino de Deus. Na imaginação deles
contava a questão da aliança e o tempo de serviço, ou seja, não seria justo
alguém de ultima hora ser salvo, uma vez que não fizesse parte da genealogia
abraâmica e, ainda com um currículo de ociosidade. Inadmissível aceitar um
herdeiro que ao longo da vida esteve nas praças das jogatinas, bebedices e
orgias da vida. Este conceito fere frontalmente a essência do Deus justo, que
além de Justo é também misericordioso. Conhecer a justiça de Deus é de suma importância para evitarmos
enganos e estabelecermos os limites de
respeito e temor a Deus. Justamente neste item que os judeus tropeçaram e muitos ainda tropeçam
hoje.
II – GRAÇA DE DEUS
Reivindicar a
justiça de Deus em detrimento da nossa justiça não parece ser um boa ideia;
considerando que a justiça humana não equivale a justiça divina e outra: quando
exigimos aplicabilidade da justiça tornamos alvo da mesma, ou seja, com a mesma
medida que medimos seremos medido “Pois com o critério com que julgardes,
sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós” (M t 7,2). Valer-se
da justiça pessoal é uma faca de dois gumes que corta na própria carne, esta
verdade encontra eco na afirmação apostólica “Se dissermos que não temos
cometido pecado, fazemos Deus mentiroso, e a sua palavra não está em nós” ( 1ª
Jo 1.10). Estas escrituras nos encerram em pé de igualdade com os demais infratores
da lei que devem ser alvo da nossa compreensão e perdão; agindo assim, podemos nos valer de um outro
critério chamado misericórdia, do qual os apóstolos Tiago e Paulo referiu
nestes termos; “Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou
de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo”( Tg 2.13, Rm 11. 30
-32). A graça de Deus está na mesma categoria de misericórdia que significa
colocar-se no lugar de outrem, ou seja, colocar o coração na miséria da pessoa,
em outras palavras ter compaixão de alguém indigno. É assim, que Deus nos
tratou....
III – A BONDADE DEUS QUESTIONADA
Quando
colocamos dúvida sobre quem é merecedor do favor de Deus entramos para a esfera
do tribunal divino e, que a bíblia
afirma que existe apenas um juiz que é Deus: “Um só é legislador e Juiz, aquele
que pode salvar e fazer perecer; tu,
porém, quem és, que julgas teu próximo? (Tg 4.12). No texto usado como base da
nossa meditação temos a narrativa da parábola dos trabalhadores na vinha que
seu dono saiu na primeira hora do dia a contratar trabalhador no valor de um
denário como pagamento do salário diário, ajustado o valor, mais tarde sai ao encontro
de outros trabalhadores que também se dispôs a trabalhar na vinha chegando no
serviço de três em três hora e por fim, o ultimo a ser contratado prestou
apenas uma hora de serviço. O interessante na história é que o dono da vinha decidiu pagar o valor
igual para todos e, o acerto começou pelo ultimo contratado. Porém, o primeiro
ficou indignado por achar injusto.
Entretanto, ele recebeu o valor
ajustado. Foi usado o critério de
justiça com o primeiro e misericórdia com os demais trabalhadores. Muitos hoje
questiona a bondade de Deus. Mas, mostram-se tão indignado com os ex-adúltero,
ex-macumbeiro, ex-ladrão, ex-beberão ex-isso e ex-aquilo etc. ainda julgam:
pode pessoa levar a vida toda errada e agora no final afirmar que está salva?
Deixamos esta resposta com Cristo “porque o filho do homem veio buscar e salvar
o perdido” (Lc 19.10). quanto ao convite compete recebê-lo se nas primeiras
horas do dia ou a tarde, ou seja, se quando jovem ou idoso devemos aceitar de
bom grado, uma vez aceito a proposta de Jesus temos a promessa de coroa da vida
e os pecados perdoados “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as
coisas antigas já passaram; eis que se
fizeram novas” ( 2ª Cor 5.17). Ele veio para nos transformar pela sua justiça e
misericórdia.
CONCLUSÃO: Sempre que desejarmos algo de Deus, devemos apelar pelas
ricas compaixões e misericórdias dEle, que mesmo sendo tão justo e apesar das
nossas debilidades nos concede graças.
Não me atrevo reivindicar justiça, mas sempre sou encorajado apresentar-me
diante do seu trono de sua graça sabendo que sua bondade não tem fim.
Deus te abençoe.
Pastor João
Serafim.