TEMA: Garrados ao passado que escraviza.
TEXTO: Salmos 137
INTRODUÇÃO: este tema é o espelho do cativeiro de Israel na
Babilônia, um cenário sombrio que o povo Judeu passou, por desobedecerem às
ordens divinas. Israel era apenas um único reino, mas com o passar dos tempos,
houve uma divisão administrativa no reino e se dividiu em dois: reino do norte,
sendo a capital era Samaria e reino do Sul, cuja capital era Jerusalém. Houve
então uma invasão em Israel, primeiramente pela Assíria no ano de 722 a.C. e
partes do povo do reino do norte foram levados cativos, o povo de Jerusalém,
que era capital do reino do sul, vendo esta invasão no norte de seu país, não
ponderou em seu coração em voltar a Deus e se arrepender de seus pecados contra
o criador, e, a consequência disso, são cercados em três momentos distintos e
levados cativos, entre os anos 606, 596 e 586 a.C. O cativeiro durou 70 anos na
Babilônia. Lendo este Salmo encontramos pontos importantes na vida deste povo
que precisava de um encontro mais real com Deus, senão vejamos:
1º os israelitas
adquiriram uma confiança mística no Templo, ao ponto do profeta Jeremias
repreender seus compatriotas no capítulo 7 verso 4 “...templo do Senhor, templo
do Senhor, templo do Senhor é este”. A infeliz confiança deles estavam no
templo, e não em Deus.
2º nos 9 versículos deste
Salmo encontramos a alma de um povo que mesmo no presente, estavam seguros no
passado que eles tinham vivido. V1 “... nós nos assentávamos e chorávamos
lembrando-nos de Sião”.
Olhe que eles não tinham mais
expectativas quando lembram do fato acontecido, estavam apáticos, para eles a
crise era imutável, esqueceram que Deus trás a existência aquilo que não
existe, que em suas mãos está todo poder. Cantar em Sião é fácil, o difícil é
cantar em terra estranha, quando chega o cerco, quando a tragédia chega, quando
a tristeza bate à porta.
3ºv 2 “...pendurávamos as
nossas harpas” o que faz um homem ou uma mulher não são as circunstancias que
vem sobre eles, e sim como ele vai reagir nessa circunstância, porque neste
mesmo cativeiro estavam Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede Nego.
4ºv3 “pois aqueles que nos
levaram cativos... e os nossos opressores...” vejamos que eles não tiveram
escolhas, foram levados cativos, não era da vontade deles, eles não queriam,
não eram planos tornarem escravos da Babilônia.
5ºv 4 Como cantar em terra
estranha? Deus estava apenas no templo em Jerusalém, ou ele deve ser adorado em
espírito e em verdade, em qualquer lugar ou situação? Nos versículos 5 e 6 vemos
uma relação institucionalizada do povo Hebreu com Deus, ou seja, não existia
uma relação pessoal, o coração deles era Jerusalém, o templo, e não era o
próprio Deus.
6ºv 7 “.... lembra-te
Senhor do dia de Jerusalém...” faltava-lhes perdão, eles lembravam de como os
babilônios entraram em Israel, saquearam a cidade, mataram, passaram ao fio de
espada todos os habitantes e levaram muitos cativos. Falta-lhes o perdão,
“perdoar é lembrar sem sentir dor”, “... não se vence o mal com o mal”; se seu
inimigo tiver fome, dá-lhe de comer, se tiver sede dá-lhe de beber.
7ºv 8 nenhum sinal de
arrependimento, nenhuma leitura de porquê estamos aqui, apenas vingança, ódio, mágoa, olho por olho, dente
por dente, eles transferem seu ódios para outras gerações: “...feliz aquele que
te der o pago”.
Encerramos voltando nos versos 1
e 2 os cativos pensavam:
Em Jerusalém, e não do Deus de
Jerusalém,
No templo, e não no Deus do
templo.
Era geográfico, e não o Deus que
é Espírito. Lendo o que Paulo diz, entendemos que nada nos separará do amor de
Deus que está em Cristo Jesus. Aleluia. Mesmo na tragédia não souberam
glorificar a Deus, nem aproveitar uma oportunidade, eles estavam às margens dos
rios da Babilônia, eram os rios Tigre e Eufrates, símbolos de fertilidade.
Canta alegremente oh filha de Sião.
Paulo e Silas na prisão não hesitaram em cantar louvores a Deus. Atos
16.25
Deus te abençoe
Ministro Paulo Sérgio
Nenhum comentário:
Postar um comentário