MENSAGEM:
UMA FAMÍLIA DEVASTADA PELA DOR
TEXTO:
LC 7.11 – 17
INTRODUÇÃO:
Nossas dores geralmente são oriundas de alguma perda, essas perdas quando
acontece afeta nossa estrutura e pode nos deixar sem chão. Quando perdemos o
carro para o ladrão, a fábrica para o incêndio, a casa para a enchente, o ente
querido para a pandemia do coronavírus ou quando perdemos o parente para uma
doença sem diagnóstico como foi o caso da viúva de Naim fatalmente ficamos
devastado pela dor. Vamos pensar hoje no drama desta família.
I
– DORES VISÍVEIS
Quando nossos dramas
tornam-se públicos podemos atrair a atenção até mesmos de desconhecidos, foi o
caso desta viúva que houve uma comoção social
a ponto de uma grande multidão da cidade seguir em cortejo fúnebre com
muito pranto. Se houvesse certidão de óbito do jovem, certamente constaria
morte por causa desconhecida, o texto omite os detalhes do fato. Contudo,
podemos até presumir que a morte tenha sido causado pelo mesmo fenômeno que
levou a morte o seu pai, entre o campo da especulação e a realidade nos resta
uma certeza que não era uma doença infectocontagiosa como o coronavírus que
exclui parentes e amigos das ultimas despedidas. Seguia uma grande multidão de
perto com choro e lamento. Lamento por saber que aquela pobre viúva perdera seu
único filho que lhe poderia assegurar seu meio de sobrevivência e alegria.
Dores por via de regras são complexas, considerando que as vítimas continuam
sem respostas após seus questionamentos, como: Não bastava perder o cônjuge?
Agora também o meu único filho? Acredito que tais situações como estas não
amenizar a dor, pelo contrário, pode potencializá-la, ainda mais. Imagina a dor
desta mulher.
II
– DORES INVISÍVEIS
Nem sempre nossas dores
são percebidas por aqueles que vivem em nossa volta. e também publicitar nossas
misérias não são saudáveis. Muitas famílias gritam de dores e não são ouvidos
pelos agentes públicos, pelos religiosos e nem mesmos pelos parentes mais
próximos. O ruído da dor é enigmático! Quando um sensibiliza move outros.
Porém, quando a frieza do esquecimento bate, apenas resta o ruído da dor e
abandono. A dor na verdade não é a causa, é apenas o efeito da tragédia funesta.
Nos escombros das casas existem escondido muitas mazela histórica que surge de
uma reconstrução radical. A pandemia do coronavírus trouxe à baila as vísceras
da nossa desigualdade social que foi bem definida pelo Diretor do departamento
de análise da organização de médicos sem fronteira; nestas palavras: “A
impotência sentida por muitos de nós hoje são todos os medos e preocupação sentida
por muitos na sociedade que foram excluídos, negligenciados ou mesmo alvo
daqueles em posição de poder”. A nossa Constituição Federal descreve que todos
os cidadãos são iguais perante a lei, tendo direito moradia, saúde, segurança,
educação... Já o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) preconiza a proteção
destes indefesos. Entretanto, quero me reportar à lei áurea daquele que
realmente faz justiça ao desvalido: “Pai dos órfãos e juiz da viúvas é Deus em
sua santa morada. Deus faz que o solitário more em família”(Sl 68.5,6ª). Nem
sempre somos contemplados pelas leis humanas. Mas, aquele que tudo vê nos
inclui na sua rede de assistência e supre todas as nossas necessidades. Você
pode ser esquecido pelos homens, Deus jamais esquecerá de ti.
III
– UMA VIÚVA MARCADA PELA DOR DA MORTE
O episódio narrado envolvendo
a viúva de Naim relata um drama familiar comovente. Naquele contexto, uma
mulher viúva era muito desprotegida por não ter um sistema previdenciário como
existe hoje em nosso país, e se ela não tivesse filho piorava ainda mais a
situação. Esta era a condição em que esta mulher encontrava-se após perder seu
esposo, agora acabara de perder seu único filho. Duas multidões caminhavam em
sentidos opostos; uma que saia da cidade com a morte e outra que entrava na
cidade embalada pelo o autor da vida – Jesus. Choro, lamento e perplexidade
estava estampado no cortejo da morte até que houve confrontados duas
multidões... Neste ínterim, Jesus contempla a dor daquela mãe, e movido de compaixão; lhe disse: “Não chores”(7.13). Talvez em seu íntimo, tenha dito:
como não chorar depois de todas estas trágedias? O fato é que Jesus pode
transformar aquela situação de choro em brados de vitória, restituindo o filho
vivo à sua mãe que não tinha nenhuma perspectiva para o futuro. Coisa gloriosa
ocorreu nesta família. Em muitos lares hoje existem dores ocultas e outras
visíveis que tem solução através daquele que manifestou para nos dar vida em
abundancia. As perdas de bens materiais nos atingem bastante, mas a perda de um
ente querido é ainda mais doloroso. Esta mulher pode contar com solidariedade
de muitos em sua dor e contou também com a compaixão de Jesus. Vamos pensar na
dor destas famílias que não pode despedir dos seus por causa do vírus e o pior
que muitos destes não tem esperança de reencontrá-los por não crer na
ressurreição. Quão privilegiados são os servos do Senhor que são assistidos por
ele (Sl 41.3) na enfermidade e crer na vida após túmulo.
CONCLUSÃO: Muitas famílias estão sendo devastadas pela
dor, seus gritos são ignorados, seus gemidos, são incômodo. Nestas
circunstâncias desafio aos sofredores a gritar por Jesus que sempre mostrou
sensível às nossas mazelas e se prontifica a nos socorrer. Ele convida: vinde a mim.. Jesus
pode transformar sua tristeza em alegria. Viva como membro da família de
Cristo. Deus te abençoe. Pastor João Serafim.