MENSAGEM:
PAIS, ALEGRIAS E TRISTEZAS
TEXTO:
GN 47. 5 – 12
INTRODUÇÃO: Quando pensamos em pais, obviamente estamos
tratando da instituição família como um todo; considerando que toda a
responsabilidade de prover, educar e cuidar recai sobre o progenitor com a
maior pressão, por isso ele sempre estará mais suscetível as alegrias e
tristezas. Assim sendo, seria ingenuidade imaginar uma vida sem as dificuldades
contingentes do dia a dia no seio de uma família por mais simples que ela seja.
E, como é de competência do pai administrar toda demanda que envolve o lar,
certamente terá que conviver com vários níveis de tenções que julgo ser
emocionante, que no conjunto da obra, ainda vale a pena ser pai. Nosso
personagem viveu a ventura e desventura semelhante a de muitos pais em nossos
dias. Vamos ao assunto...
I
– PROJETO DE PAI
Com
raras exceções os pais não fazem projetos para levarem os filhos ao sucesso,
porque a grande maioria sonham com o futuro de seus filhos.
Jacó não foge a esta regra. Foi um homem trabalhador, temente a Deus; por isso
podemos afirmar categoricamente que seus planos para os filhos eram brilhante,
principalmente no que diz respeito ao relacionamento com Deus e com o próximo.
Na lei de Deus, Jacó censurou atitudes que contrariava os princípios de YAVE, reprovou
o roubo de Raquel, exortou o desrespeito ao casamento, repreendeu a traição dos
filhos no episódio de Siquém. Etc. defendeu a união da família, preocupava com
o bem estar dos filhos no trabalho. Todos estes valores defendidos por Jacó faz
parte do perfil de um pai que almeja ter uma família vitoriosa. Jacó sabia das
promessas de Deus sobre ele e seus descendentes, este dilema de corresponder a
vontade de Deus através de seus descendentes pode ter sido a causa das maiores
dores. Em virtude do anúncio da morte (José), ou seja, daquele que seria a
resposta para Deus, tornou-se a maior dor. A isto explica! Quanto maior for a expectativa,
maior desapontamento. A morte de José seria uma espécie de aborto do projeto de
Deus. Um investimento cheio de esperança mingou-se como uma espiga que morre
antes da colheita. Ainda bem que Deus usa métodos nada convencionais para
executar seus planos. Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a
Deus.
II
– OS FILHOS DESOBEDIENTES
Jacó
teve doze filhos e uma filha, cada um com a sua personalidade e maneira bem
distinta para relacionar, isto fica claro na bênção profética de Jacó. Ruben
profanou a cama paterna, coabitando com uma das mulheres de seu pai (Gn 35.22),
Simeão e Levi destruí uma cidade inteira pela espada, Diná foi estuprada pelo
príncipe de Siquém. Jacó tinha José como
confiável e informante (Gn 37.14) por isso mesmo, encarrega-o a supervisionar
os irmãos no trabalho no pastoreio do rebanho. Esta e outras atividades de José
causou-lhe a ciumeira dos irmãos. Porém, o pivô da discórdia foi o sonho
contado por ele, onde o mesmo apresentava-se em posição de supremacia. Esta
rejeição deste sonho levou os irmãos de José tramarem a sua venda disfarçado de
morte acidental. Mancomunaram numa mentira levando as vestes de José suja de
sangue de animal, deixando o pai Jacó fazer uma dedução de que o filho tinha
sido estrangulado por um animal selvagem. Esta notícia de morte foi bombástica
para o coração de Jacó de tal forma que ele recusou ser consolado pelos filhos,
sua resposta aos apelos para se conforma-se foi contestar: “Chorando descerei a
meu filho até a sepultura. E de fato o chorou seu pai (Gn 37. 35b). Quanta
tristeza que um pai tem que suportar, quando tudo isto poderia ter sido
evitado.
III
– ALEGRIA DO PAI JACÓ
Após
aquela notícia da morte de José, Jacó não se consolou, foram vinte e dois anos
de dores, sem esperança. As dificuldades eram muitas. Contudo, os planos de
Deus não pode ser frustrados, foi através de uma crise hídrica (seca) que
assolou Canaã que abriu caminho do reencontro do pai com o filho, descrito
nestes termos: “Então, José aprontou o seu carro e subiu ao encontro de Israel,
seu pai, a Gósem, apresentou-se, lançou-se lhe ao pescoço e chorou assim longo
tempo... Já posso morrer, pois já vi teu rosto...”(Gn 46.29,30). O
contentamento de Jacó vai além da alegria da salvação da crise da fome. Neste
contexto temos um pai que vislumbra as promessas do Eterno para seus
descendentes, como a ressurreição dos seus sonhos... Este pai recordava muito
bem das promessas de Deus à Abraão, Isaque e a ele e por meio daquele filho
obediente Deus certamente levaria a cabo seu plano, ou seja, esta alegria
profética que o leva afirmar que poderia morrer com alegria. Quanto a afirmação
de Jacó a Faraó de que viveu pouco anos e com tristeza refere esta trajetória
de humilhação de estar na dependência dos egípcios para sobreviver. Em outras
palavras, eu quem deveria estar te recebendo em minhas terras. Todavia, foi
plano de Deus usar estas situações de adversidades para revelar a glória de
Deus. Gostaria que os pais que tem vivenciado momentos de tristezas e alegria
compreendessem que Deus utiliza de família complexa como a minha e a sua para
fazer coisas extraordinárias, esta constatação fica perceptível na bênção para
os filhos e não na bênção dada a Faraó. A frustração de Jacó foi sua preocupação
com plano de Deus através da sua dinastia. Você como pai tem investido em seus
filhos? Pense sobre isto e busque a alegria do Senhor.
CONCLUSÃO: Ser pai de verdade nunca foi tarefa fácil em
tempo algum. Muitos para justificar-se da sua omisso, defende que antigamente é
que era bom e fácil criar família. Pura ilusão, a cada tempo apresenta seus
desafios, resta-nos a rever nossos conceitos e postular aquilo que realmente
vale a pena. Certos de que Deus é misericordioso, assim como ele usou uma
família complexa como a de Jacó, também pode usar você como pai para instruir
os seus filhos no caminho do Pai Eterno. Deus te abençoe. Pastor João
Serafim.
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