terça-feira, 26 de outubro de 2021

Mensagem pregada dia 24/10/2021

 

MENSAGEM: UMA HERANÇA A PROVA DE RISCOS

TEXTO:HB 9:11 – 24

 

INTRODUÇÃO:  Deus nos fez herdeiro de seus bens por meio de Cristo o seu filho Jesus, o direito a grandiosa herança encontra-se embasada nos méritos de Cristo que reconquistou o status que o homem possuía em sua criação original. Herança, refere-se a um conjunto de bens destinado a alguém por grau de parentesco ou por designação do testador que de maneira livre e consciente decide deixar sua herança.  Hoje vamos pensar na herança que Deus destinou a seus filhos.

 

I – CONCEITO DE HERANÇA

A definição de herança pode variar, mesmo porque herança sob a perspectiva que desejamos abordar aqui não restringe apenas ao conjunto de bens materiais elencados nos testamentos ou aqueles tipificados no código civil brasileiro onde define os herdeiros por seu grau de parentesco. Por esta ótica poderíamos pensar sobre as heranças benditas e heranças malditas, ou seja, o legado deixado por aqueles antecessores que necessariamente não precisa ser progenitores, mas que tiveram responsabilidade de construir um patrimônio a prova das intempéries imposta pelas circunstâncias contingenciais. Acredito ser oportuno lembrar que todos nós ao passar por esta terra deixamos nosso legado (herança). Resta saber que tipo de herança estamos deixando para aqueles que vem atrás. Ninguém passa apagado por essa vida, onde passamos deixamos nossos rastos, eu diria que estes rastros são as obras que realizamos. Porque nossas obras dizem muito a nosso respeito, aquilo que fazemos de bem ou de mal fica para meus sucessores. Que tipo de herança temos deixado? Herança de honra ou de desonra? Se seguirmos o exemplo de Cristo e dos apóstolos tudo pode ser diferente para melhor.

II – O TESTAMENTO DEFINE OS HERDEIROS

Em toda Escritura Sagrada trata das normas do testamento que estabelece critérios exigido para que o herdeiro tome posse da herança em sua plenitude. Contudo, nas cartas aos romanos e aos hebreus podemos ver como se processa este plano de Deus para com seus filhos. De forma mais clara desejo pontuar alguns artigos, ou seja, versículos: “Pois o seu Espirito confirma a nosso espirito que somos filhos de Deus. se somos seus filhos, então somos seus herdeiros e, portanto, co-herdeiros com Cristo...”(Rm 8:17,17). Esta herança está atrelada ao vínculo parental. Posto que, a exigência básica é a introdução da pessoa na família de Deus por meio de Jesus. Como funciona isso? Podemos tomar como exemplo a legislação brasileira usada no processo de adoção de criança, existe toda uma formalidade que tramita nos tribunais para que aquele filho adotivo tenha os mesmos direitos e obrigações do filho biológico. Aqui estamos tratando dos tramites para adoção espiritual; vejam como se processa adoção espiritual; “Se você declara com sua boca que Jesus é Senhor e crer em teu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo. Pois é crendo de coração que você é declarado justo, e é declarando com a boca que você é salvo” (Rm 10: 9-10). Simples, não é mesmo? Porém, complexo porque exige crer na morte vicária de Jesus na cruz. Somos aceitos na família de Deus pela fé no sacrifício de Cristo. Portanto, vale salientar que nossa adoção na família de Deus não é pelas nossas obras ou cor dos olhos, cor da pele, aparência, nacionalidade. Não, nada disso. Tudo pela graça de Deus.

 

III – UMA HERANÇA FORA DE RISCOS

Tudo que possui valor necessita ser protegido. Bens de valores são visados pelos corruptores que expõe a risco para usurpar os bens alheios. As estatística mostram que as empresas da área de segurança são as que mais crescem nos últimos tempos.

Todo mundo faz o que pode para proteger seu patrimônio, mais do justo, afinal não deve expor ao risco de perder anos de esforço (trabalho) da noite para o dia. A nossa história de vida é construída de bens materiais e integridade que está sujeita as contingências do dia a dia, das quais, Jesus mostrou o futuro da mesma na analogia da casa construída sobre a rocha e sobre a areia. O apóstolo Paulo observa que os sofrimentos não deve ofuscar nossa visão desta herança: “Considero que os sofrimentos de agora não é nada comparado com a glória que ele nos revelará mais tarde” (Rm 8:18). Uma das coisas mais contundente em nossa caminhada cristã são os sofrimentos que são reais, e não podemos ignorá-los. Uma outra condição é posta além de crer e confessá-lo como Senhor: “Se de fato participamos de seus sofrimentos participaremos também de sua glória” (Rm 8:17b). Quando nos unimos a Cristo, tudo que ele conquistou na cruz é direito nosso por herança. A provisão para esta vida aqui e para vida eterna já está assegurado no mesmo pacote que nos foi dado. Portanto, nada deste mundo ou do outro mundo poderá nos separar do amor de Deus revelado em Cristo Jesus. O quite seguro fez previsão das situações de riscos, saiba que todas as coisas irão contribuir para que nada e ninguém roube sua herança dada por Deus.

CONCLUSÃO:  Temos a afirmação do texto sagrado que nada pode nos separar do amor de Deus. Entretanto, você pode recusar a herança e viver como mendigo filho de pai rico que rejeita os privilégios dado aos demais filhos. Nesta exposição escriturística foi revelado que para reinar com ele precisamos nos dispor a sofrer com ele. Este sofrimento refere-se a nossa renúncia deste mundo e abraçar nossa cruz com resiliência e seguir em frente escrevendo uma história honrosa.

Deus te abençoe!

 Pastor João Serafim.

 

 

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Mensagem pregada dia 03/10/2021

 

MENSAGEM:  HIPOCRISIA RELIGIOSA

TEXTO:  MT 23: 1 – 30

INTRODUÇÃO: Nos tempos do ministério terreno de Jesus havia muita religiosidade e dela nasceu muita hipocrisia, algo repugnante aos olhos de Deus, por que ele abomina a ostentação. Jesus confrontou com veemência este comportamento que mascarava a relação do homem com Deus. Em nossos dias precisamos estar atentos para não incorrer nos mesmos erros dos fariseus contemporâneos de Cristo.

I – PRÁTICA RELIGIOSA

Quando Jesus veio aqui na terra anunciando que era chegado o reino dos céus já existia muitos seguimentos religiosos que por sua vez reivindicava ser o caminho verdadeiro. Entre tantos, tinha os fariseus, os saduceus, os essenicos, os zelotes, os herodianos... Cada qual com suas regras apontando como verdades para agradar a Deus. Os fariseus eram os mais rígidos em seus regulamentos, por isso Jesus os confrontou classificando-os como sepulcro caiado que se aparentava belo por fora, mas por dentro apenas podridão. O ensinamento deles não era de tudo errado. Porém, a prática daqueles que deveria ser exemplo não passava de teatro, vejam o que disse Jesus: “Portanto, pratiquem tudo que eles dizem e obedeçam-lhes, mas não sigam seu exemplo, pois eles não fazem o que ensinam” (Mt 23.3). Jesus está falando é da vida oculta destes religiosos longe dos holofotes (câmaras). Em público eles tinham um comportamento compatível com os ensinos, mas longe das pessoas agiam com maldade: “Tudo que fazem é para se exibir” (Mt 23. 5ª). A prática destes religiosos era roubar das viúvas e depois faziam longas orações diante das pessoas para impressionar como piedosos (Mt 23.14).  Apenas um vernize para camuflar a realidade de suas intenções. Sério isso, não é? E nós, como tem sido nossos atos religiosos? Temos que pensar sobre isso.

II – UMA RELIGIOSIDADE QUE  MATA

 

Uma das coisas mais nociva para uma relação é a falta de sinceridade. Quando desejamos um relacionamento duradouro com alguém precisamos ser autênticos, ou seja, ser real de carne e osso. Agora, quando se trata da relação com o Deus onisciente requer ainda maior transparência possível porque ele nos conhece por dentro e por fora e sabe das nossas limitações. Contudo, esta prática religiosa geralmente recai apenas na esfera humana na tentativa de impressionar as pessoas. Tais práticas são desvastadoras porque por via de regra os que servem deste expediente, utiliza dele para fins proveitosos guiando outros a fazerem as coisas apenas de aparências (Mt 23:16). Por que a religião mata? A religião mata porque os seus defensores orbitam em torno do poder e não pela causa do reino de Deus. Ainda hoje vemos os religiosos digladiando em nome da piedade (zeloso) e do amor. Porém, estão lutando em causa própria. Jesus disse: Aí destes religiosos que estão evangelizando (proselitismo) para ter mais pessoas para bajularem, chamando-os de mestres. Entre os filhos de Deus existem apenas irmãos (Mt 23:8-12). Quando os seguidores da religião têm seus olhos abertos não honrando tais guias cegos põe suas vidas em risco. A religiosidade trabalha apenas para perpetuar no poder. Ao contrário, o seguidor de Cristo trabalha para salvar vida do irmão (1 Jo 3:16). 

 

III – JESUS CONTINUA CHORANDO POR TAIS PRÁTICAS

 

Assistimos com frequência os religiosos recorrendo aos tribunais para fazer valer seus pretensos direitos e outros sentem habilitados para executar a justiça com as próprias mãos. Tudo isso continua arrancando lagrimas do Senhor Jesus como foi neste episódio, ao contemplar  Jerusalém após o confronto com hipócritas religiosos. Quais são os atos religiosos dos nossos dias que podem provocar indignação em nosso Mestre? Em nosso texto usado como base para nossa meditação encontramos algumas dicas: Primeira é querer passar por puritano e ser profano.Segundo é dificultar a entrada do pecador para o reino de Deus passando a impressão que o nível de espiritualidade exigida é inatingível. Terceiro é fazer a distinção do sagrado e o profano segundo a conveniência da vantagem. Quarto é a performa religiosa pragmática esquecendo do essencial: Justiça, misericórdia e fé (Mt 23.23). Quinto é fazer alarde aos pecados pequenos e relevar os pecados grotescos. Sexto é agir como serpente em nome de Deus matando a fé dos fiéis e fazendo monumento às boas obras. Jesus ao assistir tais práticas hoje certamente chora porque seu desejo é ajuntar seus seguidores é debaixo de suas asas, ou seja, Ele quer atrair as pessoas em torno de si (Mt 23. 37-39). Nosso cuidado deve ser no sentido de que se estamos fazendo discípulo nosso ou de Jesus.

CONCLUSÃO: Sempre que leio este texto fico com senso de temor muito grande porque a linha tênue entre a motivação e a prática não é nada fácil de desvencilhar até porque na exposição dos fatos exige de nós a narrativa motivacional e neste interim podemos entrar no campo da vanglória que é reprovado por Deus. Mas, se propomos servir a Deus e motivar outros fazer o mesmo devemos reconhecer que dependemos inteiramente da graça de Deus para sermos parecido com Ele, já em nossas falhas devemos ser humilde o bastante para arrepender e nada de querer passar como infalível...

Deus te abençoe!

 Pastor João Serafim