segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Mensagem pregada dia 03/10/2021

 

MENSAGEM:  HIPOCRISIA RELIGIOSA

TEXTO:  MT 23: 1 – 30

INTRODUÇÃO: Nos tempos do ministério terreno de Jesus havia muita religiosidade e dela nasceu muita hipocrisia, algo repugnante aos olhos de Deus, por que ele abomina a ostentação. Jesus confrontou com veemência este comportamento que mascarava a relação do homem com Deus. Em nossos dias precisamos estar atentos para não incorrer nos mesmos erros dos fariseus contemporâneos de Cristo.

I – PRÁTICA RELIGIOSA

Quando Jesus veio aqui na terra anunciando que era chegado o reino dos céus já existia muitos seguimentos religiosos que por sua vez reivindicava ser o caminho verdadeiro. Entre tantos, tinha os fariseus, os saduceus, os essenicos, os zelotes, os herodianos... Cada qual com suas regras apontando como verdades para agradar a Deus. Os fariseus eram os mais rígidos em seus regulamentos, por isso Jesus os confrontou classificando-os como sepulcro caiado que se aparentava belo por fora, mas por dentro apenas podridão. O ensinamento deles não era de tudo errado. Porém, a prática daqueles que deveria ser exemplo não passava de teatro, vejam o que disse Jesus: “Portanto, pratiquem tudo que eles dizem e obedeçam-lhes, mas não sigam seu exemplo, pois eles não fazem o que ensinam” (Mt 23.3). Jesus está falando é da vida oculta destes religiosos longe dos holofotes (câmaras). Em público eles tinham um comportamento compatível com os ensinos, mas longe das pessoas agiam com maldade: “Tudo que fazem é para se exibir” (Mt 23. 5ª). A prática destes religiosos era roubar das viúvas e depois faziam longas orações diante das pessoas para impressionar como piedosos (Mt 23.14).  Apenas um vernize para camuflar a realidade de suas intenções. Sério isso, não é? E nós, como tem sido nossos atos religiosos? Temos que pensar sobre isso.

II – UMA RELIGIOSIDADE QUE  MATA

 

Uma das coisas mais nociva para uma relação é a falta de sinceridade. Quando desejamos um relacionamento duradouro com alguém precisamos ser autênticos, ou seja, ser real de carne e osso. Agora, quando se trata da relação com o Deus onisciente requer ainda maior transparência possível porque ele nos conhece por dentro e por fora e sabe das nossas limitações. Contudo, esta prática religiosa geralmente recai apenas na esfera humana na tentativa de impressionar as pessoas. Tais práticas são desvastadoras porque por via de regra os que servem deste expediente, utiliza dele para fins proveitosos guiando outros a fazerem as coisas apenas de aparências (Mt 23:16). Por que a religião mata? A religião mata porque os seus defensores orbitam em torno do poder e não pela causa do reino de Deus. Ainda hoje vemos os religiosos digladiando em nome da piedade (zeloso) e do amor. Porém, estão lutando em causa própria. Jesus disse: Aí destes religiosos que estão evangelizando (proselitismo) para ter mais pessoas para bajularem, chamando-os de mestres. Entre os filhos de Deus existem apenas irmãos (Mt 23:8-12). Quando os seguidores da religião têm seus olhos abertos não honrando tais guias cegos põe suas vidas em risco. A religiosidade trabalha apenas para perpetuar no poder. Ao contrário, o seguidor de Cristo trabalha para salvar vida do irmão (1 Jo 3:16). 

 

III – JESUS CONTINUA CHORANDO POR TAIS PRÁTICAS

 

Assistimos com frequência os religiosos recorrendo aos tribunais para fazer valer seus pretensos direitos e outros sentem habilitados para executar a justiça com as próprias mãos. Tudo isso continua arrancando lagrimas do Senhor Jesus como foi neste episódio, ao contemplar  Jerusalém após o confronto com hipócritas religiosos. Quais são os atos religiosos dos nossos dias que podem provocar indignação em nosso Mestre? Em nosso texto usado como base para nossa meditação encontramos algumas dicas: Primeira é querer passar por puritano e ser profano.Segundo é dificultar a entrada do pecador para o reino de Deus passando a impressão que o nível de espiritualidade exigida é inatingível. Terceiro é fazer a distinção do sagrado e o profano segundo a conveniência da vantagem. Quarto é a performa religiosa pragmática esquecendo do essencial: Justiça, misericórdia e fé (Mt 23.23). Quinto é fazer alarde aos pecados pequenos e relevar os pecados grotescos. Sexto é agir como serpente em nome de Deus matando a fé dos fiéis e fazendo monumento às boas obras. Jesus ao assistir tais práticas hoje certamente chora porque seu desejo é ajuntar seus seguidores é debaixo de suas asas, ou seja, Ele quer atrair as pessoas em torno de si (Mt 23. 37-39). Nosso cuidado deve ser no sentido de que se estamos fazendo discípulo nosso ou de Jesus.

CONCLUSÃO: Sempre que leio este texto fico com senso de temor muito grande porque a linha tênue entre a motivação e a prática não é nada fácil de desvencilhar até porque na exposição dos fatos exige de nós a narrativa motivacional e neste interim podemos entrar no campo da vanglória que é reprovado por Deus. Mas, se propomos servir a Deus e motivar outros fazer o mesmo devemos reconhecer que dependemos inteiramente da graça de Deus para sermos parecido com Ele, já em nossas falhas devemos ser humilde o bastante para arrepender e nada de querer passar como infalível...

Deus te abençoe!

 Pastor João Serafim 

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