MENSAGEM: HIPOCRISIA RELIGIOSA
TEXTO: MT 23: 1 – 30
INTRODUÇÃO: Nos tempos do ministério terreno de Jesus havia muita
religiosidade e dela nasceu muita hipocrisia, algo repugnante aos olhos de Deus,
por que ele abomina a ostentação. Jesus confrontou com veemência este
comportamento que mascarava a relação do homem com Deus. Em nossos dias
precisamos estar atentos para não incorrer nos mesmos erros dos fariseus
contemporâneos de Cristo.
I – PRÁTICA RELIGIOSA
Quando Jesus
veio aqui na terra anunciando que era chegado o reino dos céus já existia
muitos seguimentos religiosos que por sua vez reivindicava ser o caminho
verdadeiro. Entre tantos, tinha os fariseus, os saduceus, os essenicos, os
zelotes, os herodianos... Cada qual com suas regras apontando como verdades
para agradar a Deus. Os fariseus eram os mais rígidos em seus regulamentos, por
isso Jesus os confrontou classificando-os como sepulcro caiado que se aparentava
belo por fora, mas por dentro apenas podridão. O ensinamento deles não era de
tudo errado. Porém, a prática daqueles que deveria ser exemplo não passava de
teatro, vejam o que disse Jesus: “Portanto, pratiquem tudo que eles dizem e
obedeçam-lhes, mas não sigam seu exemplo, pois eles não fazem o que ensinam”
(Mt 23.3). Jesus está falando é da vida oculta destes religiosos longe dos
holofotes (câmaras). Em público eles tinham um comportamento compatível com os
ensinos, mas longe das pessoas agiam com maldade: “Tudo que fazem é para se
exibir” (Mt 23. 5ª). A prática destes religiosos era roubar das viúvas e depois
faziam longas orações diante das pessoas para impressionar como piedosos (Mt
23.14). Apenas um vernize para camuflar
a realidade de suas intenções. Sério isso, não é? E nós, como tem sido nossos
atos religiosos? Temos que pensar sobre isso.
II – UMA RELIGIOSIDADE QUE MATA
Uma das coisas
mais nociva para uma relação é a falta de sinceridade. Quando desejamos um
relacionamento duradouro com alguém precisamos ser autênticos, ou seja, ser
real de carne e osso. Agora, quando se trata da relação com o Deus onisciente
requer ainda maior transparência possível porque ele nos conhece por dentro e
por fora e sabe das nossas limitações. Contudo, esta prática religiosa
geralmente recai apenas na esfera humana na tentativa de impressionar as
pessoas. Tais práticas são desvastadoras porque por via de regra os que servem
deste expediente, utiliza dele para fins proveitosos guiando outros a fazerem
as coisas apenas de aparências (Mt 23:16). Por que a religião mata? A religião
mata porque os seus defensores orbitam em torno do poder e não pela causa do
reino de Deus. Ainda hoje vemos os religiosos digladiando em nome da piedade
(zeloso) e do amor. Porém, estão lutando em causa própria. Jesus disse: Aí
destes religiosos que estão evangelizando (proselitismo) para ter mais pessoas
para bajularem, chamando-os de mestres. Entre os filhos de Deus existem apenas
irmãos (Mt 23:8-12). Quando os seguidores da religião têm seus olhos abertos
não honrando tais guias cegos põe suas vidas em risco. A religiosidade trabalha
apenas para perpetuar no poder. Ao contrário, o seguidor de Cristo trabalha
para salvar vida do irmão (1 Jo 3:16).
III – JESUS CONTINUA CHORANDO POR TAIS PRÁTICAS
Assistimos com frequência os religiosos recorrendo aos
tribunais para fazer valer seus pretensos direitos e outros sentem habilitados
para executar a justiça com as próprias mãos. Tudo isso continua arrancando
lagrimas do Senhor Jesus como foi neste episódio, ao contemplar Jerusalém após o confronto com hipócritas
religiosos. Quais são os atos religiosos dos nossos dias que podem provocar
indignação em nosso Mestre? Em nosso texto usado como base para nossa meditação
encontramos algumas dicas: Primeira
é querer passar por puritano e ser profano.Segundo
é dificultar a entrada do pecador para o reino de Deus passando a impressão que
o nível de espiritualidade exigida é inatingível. Terceiro é fazer a distinção do sagrado e o profano segundo a
conveniência da vantagem. Quarto é a
performa religiosa pragmática esquecendo do essencial: Justiça, misericórdia e
fé (Mt 23.23). Quinto é fazer alarde
aos pecados pequenos e relevar os pecados grotescos. Sexto é agir como serpente em nome de Deus matando a fé dos fiéis
e fazendo monumento às boas obras. Jesus ao assistir tais práticas hoje
certamente chora porque seu desejo é ajuntar seus seguidores é debaixo de suas
asas, ou seja, Ele quer atrair as pessoas em torno de si (Mt 23. 37-39). Nosso
cuidado deve ser no sentido de que se estamos fazendo discípulo nosso ou de
Jesus.
CONCLUSÃO: Sempre que leio este texto fico com senso de temor muito
grande porque a linha tênue entre a motivação e a prática não é nada fácil de
desvencilhar até porque na exposição dos fatos exige de nós a narrativa
motivacional e neste interim podemos entrar no campo da vanglória que é
reprovado por Deus. Mas, se propomos servir a Deus e motivar outros fazer o
mesmo devemos reconhecer que dependemos inteiramente da graça de Deus para
sermos parecido com Ele, já em nossas falhas devemos ser humilde o bastante
para arrepender e nada de querer passar como infalível...
Deus te abençoe!
Pastor João Serafim
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