segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Mensagem pregada dia 20/02/2022

 

MENSAGEM: A ESSÊNCIA DO EVANGELHO 

TEXTO: 1 COR 13:1-13

 

INTRODUÇÃO:  Muito se ouve falar sobre o evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo. Neste emaranhado de mensagens em nome de Cristo devemos ter os ouvidos acurado para discernir o que provém de Deus, dos homens ou do inimigo. Somos advertidos pelo texto sagrado em Filipenses 1:15 – 20, que o mais importante é que Cristo seja anunciado. Todavia, a prudência nos recomenda (1 Cor 3:10 -17) construir no caminho da verdade tendo em vista a recompensa do Eterno Deus. Em síntese: O amor deve ser a força propulsora das nossas ações no reino de Deus. Hoje iremos contrastar nossas ações movidas entre a lei e o amor.

 

I – O CONTEXTO DA IGREJA DE CORÍNTIOS    13: 1 -3

Os estudiosos afirmam que a cidade de Coríntios possuía muitos templos devotados ao paganismo no tempo que esta carta fora escrita. O apóstolo usou dessas práticas conhecidas dos moradores para aplicar a verdade do evangelho. As religiões daquela localidade possuíam muitas práticas de ostentação através de sinos, sacrifícios a fim de agradar suas divindades, já os recém-convertidos ao cristianismo trouxeram para dentro da igreja uma nova versão da ostentação através das boas obras e dons carismáticos. Paulo coloca tudo isso no mesmo pacote aplicando um exemplo pessoal mostrando aos Coríntios que a mudança apenas da embalagem não alteraria o resultado. Não obstante. Devemos examinarmos se tais práticas em nossa vida diária ou no templo possui relação com estas obras inúteis. Embora possua aparência de piedade, porém com motivações erradas. Certamente aquela igreja deva ter ficado chocada com aquela constatação da essência do evangelho, até porque aquela igreja era operosa na comunidade.

II – SERVIÇOS INUTÉIS NO REINO DE DEUS

A igreja de Coríntios era muito atuante na área dos dons espirituais, tinha bons pregadores, fazia ofertas aos pobres (1 Cor 1:5). Contudo, recaía no pecado do ciúme, orgulho (preferência) e meninice, ou seja, imaturidade. Estes pecados possuem vários desdobramentos como competição na expectativa de fazer o máximo para tornar mais aceito, isso é próprio das religiões que parte do princípio de que quanto maior for a oferta, maior é chance de aplacar a ira de sua divindade. Nesta igreja havia este tipo de concorrência, tinha preferência por pregadores ( 1 Cor 1:11-13). A lei do mais forte imperava naquela igreja: Havia fura-fila da ceia, na manifestação dos dons. Já em nome do amor tolerava o faltoso, nas mesas das festas pagãs eram omissos. Muitos esforços eram empreendidos com o fim de agradar aos homens. Estes desvios do evangelho foram registrados para advertência nossa para que não venhamos a repetir os mesmos erros, depois de tanto esforço.  A pergunta que devemos fazer pra nós mesmos é: A quem estamos procurando agradar? Acredito que para responder esta pergunta precisamos retornar ao evangelho questionando: Porque Deus enviou seu filho ao mundo?

 

III – O VERDADEIRO EVANGELHO SE MOVE SOBRE O AMOR

Deus amou o mundo de tal maneira que deu Filho unigênito, para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16). Assim sendo, devemos ser movidos pelo mesmo sentimento que houve em Deus, por isso o evangelho muda nosso caráter e visão de mundo. Por esta ótica vislumbramos a essência das nossas motivações que revela nosso caráter. Afinal o que seria o caráter? O caráter é: “O conjunto das qualidades e defeitos de uma pessoa que vão determinar sua conduta, se boa ou ruim”. Sendo o amor a força propulsora da motivação do cristão não pode haver incoerência entre as palavras e suas ações. Os alcançados pela graça do evangelho vivem nesta dimensão exposta nos versículos 4-8, que pauta sobre a maturidade nas relações interpessoais. A figura do menino neste texto ilustra o egoísmo da fase infantil que interpreta que o mundo todo gira em torno de si.

Na vida religiosa (lei) funciona mais ou menos assim, fiz a tarefa posso cobrar o presente ou sua atenção. Antes de tudo devo perguntar: Para que desejo isso ou aquilo outro se estou perto do Pai, será que meu desejo de possuir isso e aquilo não seria para ficar poderoso e subjugar (manipular) os outros. Mas, na estrada do amor o interesse deve ser de ver o outro melhor e não a mim mesmo. Este foi o sentimento que moveu a Cristo vir aqui (Fl 2:5-11), que seja também o nosso sentimento.

 

CONCLUSÃO:  O evangelho muda nossa cosmovisão de mundo. Quando esta mudança acontece em nossa mente e coração teremos nosso ego esvaziado e deixamos de brigar por aquilo que é efêmero, e primamos por aquilo que é eterno. O evangelho nos traz alivio por saber que somos filho(as) amado(as) em Deus por meio de Jesus Cristo que nos fez herdeiros de suas ricas promessas. Deus te abençoe. Pastor João Serafim.    

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Mensagem pregada dia 06/02/2022

 

MENSAGEM: “O EVANGELHO” UM PAI AMOROSO

TEXTO: LC 15:1-3, 11 – 22

 

INTRODUÇÃO: O evangelho difere muito da religião, pois exige uma série de requisito para sermos aceitos por Deus, enquanto que o evangelho trabalha sob a premissa de que fomos aceitos e por isso recebemos condições de obedecer. O texto em pauta aponta para a boa notícia da existência de um pai amoroso que nos acolhe apesar dos nossos erros.

I – VISÃO RELIGIOSA   LC  15;1-2

O conceito da relação humana com Deus sob a perspectiva religiosa é totalmente inverso à proposta do evangelho de Jesus Cristo. No capítulo quinze do evangelho segundo Lucas encontramos a narrativa de três parábolas sobre a maneira de Deus relacionar com o pecador. Estas parábolas tem como finalidade de abrir nossos olhos sobre o fator pecado na raça humana e mesmo assim o Senhor nos aceita. Esta última parábola tem como foco principal o filho indignado que ilustra bem a vida dos religiosos que se colocam num nível de santidade acima dos outros. As críticas dos fariseus feita a Jesus por ele comer com cobradores de imposto, o levou a narrativa das parábolas, em especial a última onde Jesus pôs o dedo na ferida dos santarrões de plantão. Em todos os tempos a religiosidade segrega (separa) as pessoas por seus dogmas e regras sempre selecionando grupos exclusivista. Na época do ministério terreno de Jesus haviam vários grupos religiosos, tais como: Os essênios, os zelotes, os fariseus, os saduceus, os herodianos...Jesus não preencheu os requisitos de nenhum destes grupos, em outras palavras: Jesus não coube na moldura destas religiões exclusivistas. Nossa pergunta hoje é: Será que Jesus tem espaço em nosso grupo? Ou diríamos: Este homem é moderno demais ou diríamos ele é ultrapassado demais.

II – VISÃO DO EVANGELHO - LC 15:11 – 24

Enquanto a religião exclui, o evangelho inclui. A boa notícia do evangelho repousa sobre um Deus que restaura o caído, reiteradas vezes Jesus pontuou sua missão dizendo: “O Filho do homem veio buscar e salvar os perdidos”(Lc 19:10). Quando Jesus manifestou-se aos homens com a mensagem de salvação anunciando que era chegado o reino dos céus (Mt 4:17), todos que aproximavam se dele com o coração contrito eram recebidos sem distinção: Entre estes, vinham: cobradores de impostos, adúlteros, pessoas de má fama e leprosos... O requisito era arrependimento, nada mais. Não era exigido dos peregrinos que acertassem suas contas primeiro para fazer parte da comitiva dos resgatados. Junto de Jesus haverá muitos ex-isto e ex-aquilo outro, que tiveram uma vida pregressa transformada pela mensagem do evangelho. O apóstolo Paulo classifica assim alguns seguidores de Cristo em Coríntios: “Alguns de vocês  eram assim”(1 Cor 6: 11b). O texto narra a vida de um filho que de maneira deliberada toma o caminho do pecado nutrindo a ilusão que seria mais feliz longe da casa paterna. A liberdade ilimitada leva as pessoas ao desperdício, fracasso, desprezo, miséria e frustrações, tudo isso constatamos nesta narrativa. Sob esta ilusão muitos tem exposto a vida ao risco da pobreza e morte. Enquanto houver tempo podemos fazer o caminho de volta reconhecendo que longe da casa paterna não passa de uma aventura para a morte. Mas, junto do Pai temos paz, segurança e vida em abundancia.

 

III – OS PARADOXOS DA FÉ     Lc  15: 25 - 32

Somos instruídos a crer, recebemos inúmeras mensagens nos motivando a canalizar nossa fé para que tudo dê certo em nossa vida. Acreditamos também sobre a importância de crer. Entretanto, uma crença sem embasamento causa apenas frustração e ateísmo. Isto porque a pessoa foi sincera em algo sem fundamentação nas Escrituras Sagradas, sobre isso Jesus censurou os religiosos saduceus; “...Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22:29). Doutra feita Jesus afirmou que os crentes nele teriam vida abundante. Porém, muitos que professam sua fé em Cristo hoje estão frustrados. O que há de errado? Porque não funciona as promessas de Deus em minha vida?

 

Voltemos ao texto a partir do verso 25 com o olhar na concepção dos fariseus nos versículos 1 e 2. O filho mais novo não obedece a regulamento algum, já o filho mais velho obedece com interesse de manipular o pai. A herança foi dividida entre os dois – v  12. Os extremos da fé não cabem na moldura do evangelho, existem os defensores da libertinagem e anarquia, foi o que levou o filho prodigo fugir, mas, também existem os obedientes por conveniência... O filho mais velho recebe a herança e permanece junto do pai por ser mais vantajoso pra ele e não por sentimento que ele tinha pelo pai. A atitude do irmão mais velho é próprio da religião, obedeço e ganho o direito exigir. Ambos os filhos ficam descontente com a maneira do pai administrar, a decepção de muitos seguidores de Cristo hoje passa pelo mesmo víeis errando não compreendendo o propósito de Deus. Muitas pessoas que submete uma série de regulamento religiosos acham no direito de exigir de Deus, e quando algo dá errado, acham que Deus está sendo ingrato, ou por um erro pessoal sente-se a totalmente indigna. Na outra ponta está aqueles que acham poder viver à revelia longe do pai e que Deus tem mais é que aceitá-los da maneira que eles são. Pense bem como você tem relacionado com Deus. O evangelho não é um amontoado de regras, o evangelho é seguir a Cristo.

 

CONCLUSÃO: O pai celestial tem muitos filhos, como filhos do mesmo pai, logo somos todos irmãos. Como relacionamos como o nosso pai, aproximamos dele apenas quando temos problemas como o filho pródigo ou estamos perto dele por conveniência? A forma correta que deveria nos levar a aproximar de Deus seria a gratidão pela salvação e amor por seu cuidado para conosco, se não for essa a motivação devemos nos arrepender. Como relacionamos com nossos irmãos? Este é um assunto para um outro dia. Mas, asseguro que junto dele temos tudo que precisamos para esta vida e para a vindoura.

Deus te abençoe!

 Pastor João Serafim.