MENSAGEM: A ESSÊNCIA DO EVANGELHO
TEXTO: 1 COR 13:1-13
INTRODUÇÃO: Muito se ouve
falar sobre o evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo. Neste emaranhado de
mensagens em nome de Cristo devemos ter os ouvidos acurado para discernir o que
provém de Deus, dos homens ou do inimigo. Somos advertidos pelo texto sagrado
em Filipenses 1:15 – 20, que o mais importante é que Cristo seja anunciado.
Todavia, a prudência nos recomenda (1 Cor 3:10 -17) construir no caminho da
verdade tendo em vista a recompensa do Eterno Deus. Em síntese: O amor deve ser
a força propulsora das nossas ações no reino de Deus. Hoje iremos contrastar
nossas ações movidas entre a lei e o amor.
I – O CONTEXTO DA IGREJA DE CORÍNTIOS
13: 1 -3
Os estudiosos
afirmam que a cidade de Coríntios possuía muitos templos devotados ao paganismo
no tempo que esta carta fora escrita. O apóstolo usou dessas práticas
conhecidas dos moradores para aplicar a verdade do evangelho. As religiões
daquela localidade possuíam muitas práticas de ostentação através de sinos,
sacrifícios a fim de agradar suas divindades, já os recém-convertidos ao
cristianismo trouxeram para dentro da igreja uma nova versão da ostentação
através das boas obras e dons carismáticos. Paulo coloca tudo isso no mesmo
pacote aplicando um exemplo pessoal mostrando aos Coríntios que a mudança
apenas da embalagem não alteraria o resultado. Não obstante. Devemos
examinarmos se tais práticas em nossa vida diária ou no templo possui relação
com estas obras inúteis. Embora possua aparência de piedade, porém com motivações
erradas. Certamente aquela igreja deva ter ficado chocada com aquela
constatação da essência do evangelho, até porque aquela igreja era operosa na
comunidade.
II – SERVIÇOS INUTÉIS NO REINO DE DEUS
A igreja de
Coríntios era muito atuante na área dos dons espirituais, tinha bons
pregadores, fazia ofertas aos pobres (1 Cor 1:5). Contudo, recaía no pecado do
ciúme, orgulho (preferência) e meninice, ou seja, imaturidade. Estes pecados
possuem vários desdobramentos como competição na expectativa de fazer o máximo
para tornar mais aceito, isso é próprio das religiões que parte do princípio de
que quanto maior for a oferta, maior é chance de aplacar a ira de sua
divindade. Nesta igreja havia este tipo de concorrência, tinha preferência por
pregadores ( 1 Cor 1:11-13). A lei do mais forte imperava naquela igreja: Havia
fura-fila da ceia, na manifestação dos dons. Já em nome do amor tolerava o
faltoso, nas mesas das festas pagãs eram omissos. Muitos esforços eram
empreendidos com o fim de agradar aos homens. Estes desvios do evangelho foram
registrados para advertência nossa para que não venhamos a repetir os mesmos
erros, depois de tanto esforço. A
pergunta que devemos fazer pra nós mesmos é: A quem estamos procurando agradar?
Acredito que para responder esta pergunta precisamos retornar ao evangelho
questionando: Porque Deus enviou seu filho ao mundo?
III – O VERDADEIRO EVANGELHO SE MOVE SOBRE O AMOR
Deus amou o mundo de tal maneira
que deu Filho unigênito, para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna (Jo 3:16). Assim sendo, devemos ser movidos pelo mesmo sentimento
que houve em Deus, por isso o evangelho muda nosso caráter e visão de mundo.
Por esta ótica vislumbramos a essência das nossas motivações que revela nosso
caráter. Afinal o que seria o caráter? O caráter é: “O conjunto das qualidades
e defeitos de uma pessoa que vão determinar sua conduta, se boa ou ruim”. Sendo
o amor a força propulsora da motivação do cristão não pode haver incoerência
entre as palavras e suas ações. Os alcançados pela graça do evangelho vivem
nesta dimensão exposta nos versículos 4-8, que pauta sobre a maturidade nas
relações interpessoais. A figura do menino neste texto ilustra o egoísmo da
fase infantil que interpreta que o mundo todo gira em torno de si.
Na vida religiosa (lei) funciona
mais ou menos assim, fiz a tarefa posso cobrar o presente ou sua atenção. Antes
de tudo devo perguntar: Para que desejo isso ou aquilo outro se estou perto do
Pai, será que meu desejo de possuir isso e aquilo não seria para ficar poderoso
e subjugar (manipular) os outros. Mas, na estrada do amor o interesse deve ser
de ver o outro melhor e não a mim mesmo. Este foi o sentimento que moveu a
Cristo vir aqui (Fl 2:5-11), que seja também o nosso sentimento.
CONCLUSÃO: O evangelho muda
nossa cosmovisão de mundo. Quando esta mudança acontece em nossa mente e
coração teremos nosso ego esvaziado e deixamos de brigar por aquilo que é efêmero,
e primamos por aquilo que é eterno. O evangelho nos traz alivio por saber que
somos filho(as) amado(as) em Deus por meio de Jesus Cristo que nos fez
herdeiros de suas ricas promessas. Deus te abençoe. Pastor João Serafim.