segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Mensagem pregada dia 06/02/2022

 

MENSAGEM: “O EVANGELHO” UM PAI AMOROSO

TEXTO: LC 15:1-3, 11 – 22

 

INTRODUÇÃO: O evangelho difere muito da religião, pois exige uma série de requisito para sermos aceitos por Deus, enquanto que o evangelho trabalha sob a premissa de que fomos aceitos e por isso recebemos condições de obedecer. O texto em pauta aponta para a boa notícia da existência de um pai amoroso que nos acolhe apesar dos nossos erros.

I – VISÃO RELIGIOSA   LC  15;1-2

O conceito da relação humana com Deus sob a perspectiva religiosa é totalmente inverso à proposta do evangelho de Jesus Cristo. No capítulo quinze do evangelho segundo Lucas encontramos a narrativa de três parábolas sobre a maneira de Deus relacionar com o pecador. Estas parábolas tem como finalidade de abrir nossos olhos sobre o fator pecado na raça humana e mesmo assim o Senhor nos aceita. Esta última parábola tem como foco principal o filho indignado que ilustra bem a vida dos religiosos que se colocam num nível de santidade acima dos outros. As críticas dos fariseus feita a Jesus por ele comer com cobradores de imposto, o levou a narrativa das parábolas, em especial a última onde Jesus pôs o dedo na ferida dos santarrões de plantão. Em todos os tempos a religiosidade segrega (separa) as pessoas por seus dogmas e regras sempre selecionando grupos exclusivista. Na época do ministério terreno de Jesus haviam vários grupos religiosos, tais como: Os essênios, os zelotes, os fariseus, os saduceus, os herodianos...Jesus não preencheu os requisitos de nenhum destes grupos, em outras palavras: Jesus não coube na moldura destas religiões exclusivistas. Nossa pergunta hoje é: Será que Jesus tem espaço em nosso grupo? Ou diríamos: Este homem é moderno demais ou diríamos ele é ultrapassado demais.

II – VISÃO DO EVANGELHO - LC 15:11 – 24

Enquanto a religião exclui, o evangelho inclui. A boa notícia do evangelho repousa sobre um Deus que restaura o caído, reiteradas vezes Jesus pontuou sua missão dizendo: “O Filho do homem veio buscar e salvar os perdidos”(Lc 19:10). Quando Jesus manifestou-se aos homens com a mensagem de salvação anunciando que era chegado o reino dos céus (Mt 4:17), todos que aproximavam se dele com o coração contrito eram recebidos sem distinção: Entre estes, vinham: cobradores de impostos, adúlteros, pessoas de má fama e leprosos... O requisito era arrependimento, nada mais. Não era exigido dos peregrinos que acertassem suas contas primeiro para fazer parte da comitiva dos resgatados. Junto de Jesus haverá muitos ex-isto e ex-aquilo outro, que tiveram uma vida pregressa transformada pela mensagem do evangelho. O apóstolo Paulo classifica assim alguns seguidores de Cristo em Coríntios: “Alguns de vocês  eram assim”(1 Cor 6: 11b). O texto narra a vida de um filho que de maneira deliberada toma o caminho do pecado nutrindo a ilusão que seria mais feliz longe da casa paterna. A liberdade ilimitada leva as pessoas ao desperdício, fracasso, desprezo, miséria e frustrações, tudo isso constatamos nesta narrativa. Sob esta ilusão muitos tem exposto a vida ao risco da pobreza e morte. Enquanto houver tempo podemos fazer o caminho de volta reconhecendo que longe da casa paterna não passa de uma aventura para a morte. Mas, junto do Pai temos paz, segurança e vida em abundancia.

 

III – OS PARADOXOS DA FÉ     Lc  15: 25 - 32

Somos instruídos a crer, recebemos inúmeras mensagens nos motivando a canalizar nossa fé para que tudo dê certo em nossa vida. Acreditamos também sobre a importância de crer. Entretanto, uma crença sem embasamento causa apenas frustração e ateísmo. Isto porque a pessoa foi sincera em algo sem fundamentação nas Escrituras Sagradas, sobre isso Jesus censurou os religiosos saduceus; “...Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22:29). Doutra feita Jesus afirmou que os crentes nele teriam vida abundante. Porém, muitos que professam sua fé em Cristo hoje estão frustrados. O que há de errado? Porque não funciona as promessas de Deus em minha vida?

 

Voltemos ao texto a partir do verso 25 com o olhar na concepção dos fariseus nos versículos 1 e 2. O filho mais novo não obedece a regulamento algum, já o filho mais velho obedece com interesse de manipular o pai. A herança foi dividida entre os dois – v  12. Os extremos da fé não cabem na moldura do evangelho, existem os defensores da libertinagem e anarquia, foi o que levou o filho prodigo fugir, mas, também existem os obedientes por conveniência... O filho mais velho recebe a herança e permanece junto do pai por ser mais vantajoso pra ele e não por sentimento que ele tinha pelo pai. A atitude do irmão mais velho é próprio da religião, obedeço e ganho o direito exigir. Ambos os filhos ficam descontente com a maneira do pai administrar, a decepção de muitos seguidores de Cristo hoje passa pelo mesmo víeis errando não compreendendo o propósito de Deus. Muitas pessoas que submete uma série de regulamento religiosos acham no direito de exigir de Deus, e quando algo dá errado, acham que Deus está sendo ingrato, ou por um erro pessoal sente-se a totalmente indigna. Na outra ponta está aqueles que acham poder viver à revelia longe do pai e que Deus tem mais é que aceitá-los da maneira que eles são. Pense bem como você tem relacionado com Deus. O evangelho não é um amontoado de regras, o evangelho é seguir a Cristo.

 

CONCLUSÃO: O pai celestial tem muitos filhos, como filhos do mesmo pai, logo somos todos irmãos. Como relacionamos como o nosso pai, aproximamos dele apenas quando temos problemas como o filho pródigo ou estamos perto dele por conveniência? A forma correta que deveria nos levar a aproximar de Deus seria a gratidão pela salvação e amor por seu cuidado para conosco, se não for essa a motivação devemos nos arrepender. Como relacionamos com nossos irmãos? Este é um assunto para um outro dia. Mas, asseguro que junto dele temos tudo que precisamos para esta vida e para a vindoura.

Deus te abençoe!

 Pastor João Serafim.

 

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