MENSAGEM: “O
EVANGELHO” UM PAI AMOROSO
TEXTO: LC 15:1-3,
11 – 22
INTRODUÇÃO: O evangelho difere muito da religião, pois exige uma
série de requisito para sermos aceitos por Deus, enquanto que o evangelho
trabalha sob a premissa de que fomos aceitos e por isso recebemos condições de
obedecer. O texto em pauta aponta para a boa notícia da existência de um pai
amoroso que nos acolhe apesar dos nossos erros.
I – VISÃO RELIGIOSA LC 15;1-2
O conceito da relação humana com
Deus sob a perspectiva religiosa é totalmente inverso à proposta do evangelho
de Jesus Cristo. No capítulo quinze do evangelho segundo Lucas encontramos a
narrativa de três parábolas sobre a maneira de Deus relacionar com o pecador.
Estas parábolas tem como finalidade de abrir nossos olhos sobre o fator pecado
na raça humana e mesmo assim o Senhor nos aceita. Esta última parábola tem como
foco principal o filho indignado que ilustra bem a vida dos religiosos que se
colocam num nível de santidade acima dos outros. As críticas dos fariseus feita
a Jesus por ele comer com cobradores de imposto, o levou a narrativa das
parábolas, em especial a última onde Jesus pôs o dedo na ferida dos santarrões
de plantão. Em todos os tempos a religiosidade segrega (separa) as pessoas por
seus dogmas e regras sempre selecionando grupos exclusivista. Na época do
ministério terreno de Jesus haviam vários grupos religiosos, tais como: Os
essênios, os zelotes, os fariseus, os saduceus, os herodianos...Jesus não
preencheu os requisitos de nenhum destes grupos, em outras palavras: Jesus não
coube na moldura destas religiões exclusivistas. Nossa pergunta hoje é: Será
que Jesus tem espaço em nosso grupo? Ou diríamos: Este homem é moderno demais
ou diríamos ele é ultrapassado demais.
II – VISÃO DO EVANGELHO - LC 15:11 – 24
Enquanto a
religião exclui, o evangelho inclui. A boa notícia do evangelho repousa sobre
um Deus que restaura o caído, reiteradas vezes Jesus pontuou sua missão
dizendo: “O Filho do homem veio buscar e salvar os perdidos”(Lc 19:10). Quando
Jesus manifestou-se aos homens com a mensagem de salvação anunciando que era
chegado o reino dos céus (Mt 4:17), todos que aproximavam se dele com o coração
contrito eram recebidos sem distinção: Entre estes, vinham: cobradores de
impostos, adúlteros, pessoas de má fama e leprosos... O requisito era
arrependimento, nada mais. Não era exigido dos peregrinos que acertassem suas
contas primeiro para fazer parte da comitiva dos resgatados. Junto de Jesus
haverá muitos ex-isto e ex-aquilo outro, que tiveram uma vida pregressa transformada
pela mensagem do evangelho. O apóstolo Paulo classifica assim alguns seguidores
de Cristo em Coríntios: “Alguns de vocês eram assim”(1 Cor 6: 11b). O texto narra a
vida de um filho que de maneira deliberada toma o caminho do pecado nutrindo a ilusão
que seria mais feliz longe da casa paterna. A liberdade ilimitada leva as
pessoas ao desperdício, fracasso, desprezo, miséria e frustrações, tudo isso
constatamos nesta narrativa. Sob esta ilusão muitos tem exposto a vida ao risco
da pobreza e morte. Enquanto houver tempo podemos fazer o caminho de volta
reconhecendo que longe da casa paterna não passa de uma aventura para a morte.
Mas, junto do Pai temos paz, segurança e vida em abundancia.
III – OS PARADOXOS DA FÉ
Lc 15: 25 - 32
Somos instruídos
a crer, recebemos inúmeras mensagens nos motivando a canalizar nossa fé para
que tudo dê certo em nossa vida. Acreditamos também sobre a importância de
crer. Entretanto, uma crença sem embasamento causa apenas frustração e ateísmo.
Isto porque a pessoa foi sincera em algo sem fundamentação nas Escrituras
Sagradas, sobre isso Jesus censurou os religiosos saduceus; “...Errais, não
conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22:29). Doutra feita Jesus
afirmou que os crentes nele teriam vida abundante. Porém, muitos que professam
sua fé em Cristo hoje estão frustrados. O que há de errado? Porque não funciona
as promessas de Deus em minha vida?
Voltemos ao
texto a partir do verso 25 com o olhar na concepção dos fariseus nos versículos
1 e 2. O filho mais novo não obedece a regulamento algum, já o filho mais velho
obedece com interesse de manipular o pai. A herança foi dividida entre os dois
– v 12. Os extremos da fé não cabem na
moldura do evangelho, existem os defensores da libertinagem e anarquia, foi o
que levou o filho prodigo fugir, mas, também existem os obedientes por
conveniência... O filho mais velho recebe a herança e permanece junto do pai
por ser mais vantajoso pra ele e não por sentimento que ele tinha pelo pai. A
atitude do irmão mais velho é próprio da religião, obedeço e ganho o direito
exigir. Ambos os filhos ficam descontente com a maneira do pai administrar, a
decepção de muitos seguidores de Cristo hoje passa pelo mesmo víeis errando não
compreendendo o propósito de Deus. Muitas pessoas que submete uma série de
regulamento religiosos acham no direito de exigir de Deus, e quando algo dá
errado, acham que Deus está sendo ingrato, ou por um erro pessoal sente-se a
totalmente indigna. Na outra ponta está aqueles que acham poder viver à revelia
longe do pai e que Deus tem mais é que aceitá-los da maneira que eles são.
Pense bem como você tem relacionado com Deus. O evangelho não é um amontoado de
regras, o evangelho é seguir a Cristo.
CONCLUSÃO: O pai celestial tem muitos filhos, como filhos do mesmo
pai, logo somos todos irmãos. Como relacionamos como o nosso pai, aproximamos
dele apenas quando temos problemas como o filho pródigo ou estamos perto dele
por conveniência? A forma correta que deveria nos levar a aproximar de Deus
seria a gratidão pela salvação e amor por seu cuidado para conosco, se não for
essa a motivação devemos nos arrepender. Como relacionamos com nossos irmãos?
Este é um assunto para um outro dia. Mas, asseguro que junto dele temos tudo
que precisamos para esta vida e para a vindoura.
Deus te abençoe!
Pastor João Serafim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário