MENSAGEM: MERITOCRACIA VERSOS AMOR
Texto: Rm 8:12-17
INTORDUÇÃO: Desejo pensar com vocês sobre relacionamento com Deus sob a perspectiva do amor. O amor é um dos atributos de Deus chamado comunicável, ou seja, pode ser experimentado por nós humanos, diferente de outros atributos como onisciência, onipotência, onipresença.... Na falta de atenção incorremos de repetidos erros, invertendo a ordem de conhecimento que se processa ao longo da caminhada com Deus que promete revelar sua glória no futuro.
I – RELACIONAR COM DEUS A PARTIR DOS ATRIBUTOS INCOMUNICAVEIS
Têm sido muito comum entre nós afirmações; tais como: Eu amo o meu Deus porque ele tem todo poder. O que há de errado nisso? Primeiro vem o pronome possessivo (meu). Jesus faz referencia de Deus como: “ Pai nosso”. Depois, isso indica que nosso olhar está continuamente voltado para as mãos de Deus e não para o seu coração, ou seja, a vontade de Deus fica em segundo plano. Buscamos a Deus por aquilo que nos interessa, o amor fica longe. Um outro malefício nesta relação é que ela nos empurra para situação de troca onde valoriza atributos e não a pessoa de Deus. Vamos inverter esta situação, uma vez que estamos buscando a Deus por seus atributos. Imagina se Deus seguisse essa linha? Vou relacionar com o João pelas suas habilidades. O que ele poderia encontrar em mim? O profeta Isaias responde: “...Toda a nossa justiça, como trapo da imundícia...”(64:6). Tudo que temos ou somos, veio de Deus, ao contrário, o nosso mesmo, são nossos maus hábitos que não acrescentam em nada no reino de Deus. Querer relacionar com Deus pelos bens mediáticos, é tê-lo como um apaga incêndio. Deus nos convida a andar com ele em uma relação de amor de pai e filho.
II – VIVENDO COMO FILHO
Na parábola registrada em Lucas quinze, figura três personagens: Um pai amoroso, um filho pródigo e um filho indignado. Nesta ilustração Jesus deixa claro que em uma relação de amor não existe debito e nem credito. O filho que retorna trouxe alegria, porque estivera perdido, morto e voltou para o seio da família, não se tratou do desperdício dos bens e sim da vida salva e na comunhão. O filho indignado (15:28) vivia junto do pai como um trabalhador, esforçando para ganhar sua aceitação – seus méritos. A maioria dos Cristãos em nossos dias busca aceitação e aprovação de Deus por meio de seus serviços e habilidades. Contudo, essa boa intenção não serve como objeto de troca, porque tudo veio de Deus (1 Cor 4:7). Deus nos ama por sermos filhos resgatados pelo fruto de seu amor e não por aquilo que temos a oferecê-lo (1 Jo 4:9,10). Ame a Deus conforme seu pedido: “Filho meu, dá-me o teu coração...”(Pv 23:26b). Um exemplo prático disso é uma relação conjugal saudável, onde nenhum dos parceiros fica reivindicando direito e expondo dever do outro, mas contribui pela felicidade de seu par. O que podemos oferecer a Deus hoje é o nosso amor. Nos salmos 37:4, temos a seguinte recomendação: “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração”. Faça isso e verás!...
III – UM PAI QUE ESPERA PELOS FILHOS
(AP 3:20)
O caminho mais fácil de acessar as dádivas de Deus é por meio de uma relação estreita com seu filho Jesus. Ele afirmou ninguém vem ao Pai a não ser por mim. Nossas necessidades temporais muitas vezes são mecanismos usados para nosso primeiro contato com o Criador. Estes milagres funcionam como uma placa que indica um local de resolução de uma situação. Exemplo: se você chegar em uma cidade precisando de ir ao hospital e ver a placa, é natural que você vá para o local. Ficar detido diante da placa seria um equivoco. Ao descobrir Jesus como fonte da vida, seria uma loucura ficar emendando esparadrapo em ferida que pode ser curada. Junto de Deus temos a plenitude da vida (Sl 16:11). Viver como filho é ser herdeiro com todos os direitos conquistado por nosso irmão mais velho (Rm 8:29). Ele espera o retorno de seus amados filhos, cujo preço do resgate já foi pago. Ficar longe passa ser uma opção sua e não do nosso Pai de amor que nos espera para o abraço paternal.
CONCLUSÃO: Se Deus optar em relacionar conosco pelo que temos a lhe oferecer, certamente estaremos perdidos. Mas, em seu infinito amor, ele nos chama, e já deu prova de seu amor para conosco. Quando nos dispomos a amar a Deus, ele se revela um Pai todo poderoso que partilha de seus bens com seus filhos. Andar com Deus nos basta.
Deus te abençoe!
Pastor João Serafim.