segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Mensagem pregada dia 29/10/2023

 

MENSAGEM: MERITOCRACIA VERSOS AMOR

Texto: Rm 8:12-17

INTORDUÇÃO: Desejo pensar com vocês sobre relacionamento com Deus sob a perspectiva do amor. O amor é um dos atributos de Deus chamado comunicável, ou seja, pode ser experimentado por nós humanos, diferente de outros atributos como onisciência, onipotência, onipresença.... Na falta de atenção incorremos de repetidos erros, invertendo a ordem de conhecimento que se processa ao longo da caminhada com Deus que promete revelar sua glória no futuro.

 

I – RELACIONAR COM DEUS A PARTIR DOS ATRIBUTOS INCOMUNICAVEIS

Têm sido muito comum entre nós afirmações; tais como: Eu amo o meu Deus porque ele tem todo poder. O que há de errado nisso? Primeiro vem o pronome possessivo (meu). Jesus faz referencia de Deus como: “ Pai nosso”. Depois, isso indica que nosso olhar está continuamente voltado para as mãos de Deus e não para o seu coração, ou seja, a vontade de Deus fica em segundo plano. Buscamos a Deus por aquilo que nos interessa, o amor fica longe. Um outro malefício nesta relação é que ela nos empurra para situação de troca onde valoriza atributos e não a pessoa de Deus. Vamos inverter esta situação, uma vez que estamos buscando a Deus por seus atributos. Imagina se Deus seguisse essa linha? Vou relacionar com o João pelas suas habilidades. O que ele poderia encontrar em mim? O profeta Isaias responde: “...Toda a nossa justiça, como trapo da imundícia...”(64:6). Tudo que temos ou somos, veio de Deus, ao contrário, o nosso mesmo, são nossos maus hábitos que não acrescentam em nada no reino de Deus. Querer relacionar com Deus pelos bens mediáticos, é tê-lo como um apaga incêndio. Deus nos convida a andar com ele em uma relação de amor de pai e filho.

II – VIVENDO COMO FILHO

Na parábola registrada em Lucas quinze, figura três personagens: Um pai amoroso, um filho pródigo e um filho indignado. Nesta ilustração Jesus deixa claro que em uma relação de amor não existe debito e nem credito. O filho que retorna trouxe alegria, porque estivera perdido, morto e voltou para o seio da família, não se tratou do desperdício dos bens e sim da vida salva e na comunhão. O filho indignado (15:28) vivia junto do pai como um trabalhador, esforçando para ganhar sua aceitação – seus méritos. A maioria dos Cristãos em nossos dias busca aceitação e aprovação de Deus por meio de seus serviços e habilidades. Contudo, essa boa intenção não serve como objeto de troca, porque tudo veio de Deus (1 Cor 4:7). Deus nos ama por sermos filhos resgatados pelo fruto de seu amor e não por aquilo que temos a oferecê-lo (1 Jo 4:9,10). Ame a Deus conforme seu pedido: “Filho meu, dá-me o teu coração...”(Pv 23:26b). Um exemplo prático disso é uma relação conjugal saudável, onde nenhum dos parceiros fica reivindicando direito e expondo dever do outro, mas contribui pela felicidade de seu par. O que podemos oferecer a Deus hoje é o nosso amor. Nos salmos 37:4, temos a seguinte recomendação: “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração”. Faça isso e verás!...

 

III – UM PAI QUE ESPERA PELOS FILHOS  (AP 3:20)

O caminho mais fácil de acessar as dádivas de Deus é por meio de uma relação estreita com seu filho Jesus. Ele afirmou ninguém vem ao Pai a não ser por mim. Nossas necessidades temporais muitas vezes são mecanismos usados para nosso primeiro contato com o Criador. Estes milagres funcionam como uma placa que indica um local de resolução de uma situação. Exemplo: se você chegar em uma cidade precisando de ir ao hospital e ver a placa, é natural que você vá para o local. Ficar detido diante da placa seria um equivoco. Ao descobrir Jesus como fonte da vida, seria uma loucura ficar emendando esparadrapo em ferida que pode ser curada. Junto de Deus temos a plenitude da vida (Sl 16:11).  Viver como filho é ser herdeiro com todos os direitos conquistado por nosso irmão mais velho (Rm 8:29). Ele espera o retorno de seus amados filhos, cujo preço do resgate já foi pago. Ficar longe passa ser uma opção sua e não do nosso Pai de amor que nos espera para o abraço paternal.

 

CONCLUSÃO: Se Deus optar em relacionar conosco pelo que temos a lhe oferecer, certamente estaremos perdidos. Mas, em seu infinito amor, ele nos chama, e já deu prova de seu amor para conosco. Quando nos dispomos a amar a Deus, ele se revela um Pai todo poderoso que partilha de seus bens com seus filhos. Andar com Deus nos basta.

Deus te abençoe!

 Pastor João Serafim.

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Mensagem pregada dia 22/11/2023

 

MENSAGEM: O PEREGRINO CRISTÃO

TEXTO: 1ª Pe 2:11-17  GN  26: 1 - 35

 

INTRODUÇÃO: Os seguidores de Cristo recebem diversos nomes, entre muitos,  encontra-se  o adjetivo peregrino que designa nossa postura em nossa  própria terra.  Essa nomenclatura, diz respeito à nossa relação com os nãos cristãos. Se agirmos como tais, o resultado será de sucesso até adentrarmos em nossa pátria celestial (Fl. 3:20).

 

I – O MUNDO E SUAS HOSTILIDADES

O apóstolo Pedro escreve esta carta aos cristãos da dispersão do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia. Por ocasião desta dispersão muitos seguidores de Jesus estavam desistindo da fé cristã. Em função disso, eles receberam palavras de encorajamento sobre a importância de manterem-se firmes; “para que, uma vez confirmada o valor a vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado pelo fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1:7). A perseguição vinha de todos os lados; vinha dos judaizantes e do império romano espoliando seus bens. Em meio a toda a hostilidade dos nãos cristãos, os mesmo são orientados a responder os maus tratos com o bem, certos de que estamos aqui de passagem e possuímos uma herança incorruptível, inacessível aos maldosos deste mundo. Resumindo: Não entra nesta briga, deixa por conta daquele que te chamou, seu chamado é para participar de algo muito maior.

 

II –UM HOMEM QUE FOI EXEMPLO DE PERIGRINAÇÃO GN 26:1-35

Isaque viveu em sua própria terra como um forasteiro (peregrino). Após a morte de Abraão, Isaque teve que enfrentar a fome como foi nos dias de seu pai. Seu pai refugiou no Egito, porém, Isaque recebeu uma ordem expressa de Deus:“E apareceu-lhe o Senhor, e disso: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te disser; peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai (26:2,3). como peregrino a sua postura foi singular. Manteve sua fé em Deus, confiante que mesmo na sequidão Deus era poderoso para fazê-lo próspero.  Por diversas vezes os filisteus contenderam com ele e seus funcionários. Isaque lidou com a inveja de seus oponentes com mansidão  todas as vezes que os inimigos tentavam entulhar  seus poços, ele seguia pra frente sabendo que o mais importante era viver em paz em sua peregrinação. Esta consciência é muito importante, quando nos desprendemos do materialismo e valorizamos as pessoas acima das coisas, ai estamos prontos para prosperidade. Isaque enriqueceu muito. Mas, ele colocou relacionamentos acima de seus interesses.

 

III – COMO TEM SIDO NOSSA POSTURA COMO PEREGRINO CRISTÃO?

Jesus recomendou  seus discípulos lembrarem-se sobre a realidade das perseguições: vejam bem: “Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior que seu senhor. Se perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros, se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa”(Jo 15:20). A nossa passagem por essa terra pode ser marcada de lutas e desafios. Porém, isso não será para sempre, temos uma promessa da parte do Pai, a qual deve nortear nosso estilo de vida. Um dia ficaremos livres de todas estas mazelas. A dica mais apropriada é fazer morrer nossa natureza terrena, ou seja, desconstruir nossas expectativas terrenas que dão origem nossas maiores frustrações. Por que nos dispomos a brigar por nossos supostos direitos?

Porque estamos com expectativas em nossa força: Influência, habilidades, recurso, investimento... e outros. Voltemos ao nosso personagem Isaque que estamos usando como exemplo. Por ocasião da expulsão de Isaque de suas terras pelo rei dos filisteus (26:16,17), ele já era muito mais poderoso do seu adversário. Foi manso, o bastante para evitar o conflito. Mansidão não é sinônimo de fraqueza, antes é: segurança para agir com lucidez. Tanto que na reaproximação de Abimeleque, Isaque dá uma reativada em sua memória. Dizendo: você esqueceu de todo o mal que me fizeste? (26:26-32). Após o reconhecimento das maldades, houver perdão e reconciliação... Tudo porque ele era um peregrino. Quando sentimos ofendidos facilmente na maioria das vezes é porque estamos preconizando a terra como um tesouro permanente. No reino de Deus a grandeza está em saber perder (exceto a honra). Quem perder a vida, a achá-la-á (Lc 9:23,24).

 

CONCLUSÃO: No mundo dos corporativistas nativos (perdidos), os cidadãos sempre serão avaliados pelos seus ganhos. Porém, no reino de Deus somos avaliados por aquilo que nos dispomos a perder por amor a Deus e ao próximo. Nada trouxemos para este mundo, dele nada levaremos. Somos peregrinos, nossa pátria está nos céus de onde aguardamos nosso Salvador Jesus.

Deus te abençoe.

 Pastor João Serafim

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Mensagem pregada dia 08/10/2023

 

MENSAGEM: ATENDENDO AO CLAMOR

TEXTO - JN 2: 1-10

 

INTRODUÇÃO: É confortador saber que nosso clamor sincero a Deus sempre será  respondido por Ele, de acordo com a sua vontade. Lá do outro lado da linha nem sempre tem havido a mesma reciprocidade por parte do homem aos apelos divinos para que o mesmo se una a Ele na obra da redenção. O livro de Jonas registra inúmeros clamores respondidos por Deus, mas também aponta a hesitação do profeta em acatar o plano de Deus.

I – O PRONTO ATENDIMENTO DE DEUS

Existem alguns governos e empresas em nossos dias que usa do mecanismo de triagem chamado central de atendimento onde são encaminhado as solicitações para as áreas de execução. Nosso Deus em sua multiforme maneira de agir não depende de nenhum destes mecanismos para atender em tempo hábil. Os pedidos de socorro do texto em pauta começam  com os marinheiros  em alto mar, com as águas cada vez mais agitadas clamando aos seus deuses sem obterem resultado, dai  apelaram para o Deus do profeta e foram o ouvidos (1:14). Após cair no mar, Jonas começou a suplicar. Lá das profundezas do mar, do ventre do peixe, Deus ouviu sua oração. Depois foram os ninivitas, os milhares clamaram ao Senhor pela misericórdia divina. Em resposta, Deus os poupou do juízo que traria sobre eles se não se arrependessem. Para os céticos estes fatos não passam de lenda. Porém, nós que temos experiências com o Criador sabemos que Ele pode ir além da interferência nas leis da natureza. Deus pode mudar a rota do homem, por ser ele o criador de todas as coisas.

II – OBEDIENCIA E CONVENIÊNCIA   JN 1: 1-3

A grande maioria das pessoas  não tem nenhuma dificuldade em obedecer ordens quando lhes são conveniente. Quando se obtém benefícios e outras vantagens não há relutância em cumprir ordens. Porém, quando há dúvida sobre a finalidade da exigência é natural o questionamento. Mas, quando a conveniência sobrepõe a vontade de fazer o certo, qualquer causa é válida para justificar as decisões em nome da justiça. Os ninivitas possuíam uma briga histórica com o povo de Israel, daí a relutância do profeta atender o apelo de Deus para ir àquele povo anunciando juízo, uma vez sabedor da bondade de Deus. Jonas não estava com disposição de executar aquela missão dada por Deus e quando ele chega ao porto encontra um navio de saída para Társis. O texto não afirma isso, mas ele pode ter deduzido: Bom, Deus não está tão interessado que eu vá para Ninive, ao contrário teria impedido este navio estivesse  aqui justamente neste horário ou dinheiro da passagem faltaria. Diante de nós sempre há uma encruzilhada de decisão. A obediência sempre vai ter um custo. Acredito que do ponto de vista humano Jonas estava coberto de razão, afinal aquele povo que tanto prejudicou seus familiares, ele iria salvá-los? De forma alguma! Se dependesse apenas da vontade de Jonas. Fatalmente aquele povo seria totalmente exterminado. Ainda bem que Deus mantém o controle de tudo e sua misericórdia inalterável.

 

III -  O ORDINÁRIO E O EXTRAORDINÁRIO

Obedecer sob pressão não faz muito sentido dentro daquilo que Deus planejou para seus filhos amados. O plano de Deus para seus filhos é que eles andam de maneira digna de sua vocação, ou seja, seu chamado/missão. Quando seguimos as ordens naturais do Senhor, temos dele toda provisão necessária para execução da nossa missão enquanto militamos na terra. Muitos estão em busca do sobrenatural, porém, o melhor é o natural, viver saudável, sem conflito, sem dúvida, sem tempestade, sem acidente... quando estes percalços surgem ai necessitamos de uma ação do divino. Quem anda alinhado com Deus possui o livramento das tempestades.  As tempestades da vida ameaça afundar nosso barco. A pergunta que se faz é: Por que o  seu barco encontra-se a deriva?

Quais foram suas últimas decisões? Obediência ou conveniência? A justificativa para desobedecer a Deus pode ate parecer plausível, mas, sua consciência lhe acusa que estás seguindo em direção oposta a vontade Deus. A nossa consciência sob a direção de Deus pode arbitrar com mais precisão do que estes sinais, tais como: dinheiro, sonhos, navio no porto, clima favorável e outros meios que por via de regra, não passam de mera coincidência. A propósito que estou compartilhando esta mensagem considerando nossa semana missionária. Quando Deus nos designa para alguma obra é melhor obedecer do que ser submetido a tempestade do desassossego. O amor de Deus pelos ninivitas dos nossos dias pode incomodar marinheiros e os dorminhocos dos porões. Quando a tempestade vem, você sabe por quem chamar- Jesus. Graças à morte expiatória do filho de Deus – Jesus, temos acesso aquele que ouve o nosso clamor. Não deixe de anunciar que aquele que se arrepende e clama pela salvação de Cristo terá vida plena.

 

CONCLUSÃO:  Com a mesma disposição que buscamos o atendimento de Deus deveríamos agir ao ser requisitado por ele. Alias deveríamos sentir-nos muito honrado em poder servir. Considerando que Deus não precisa de nós para nada. Mas ele nos dá a honra de ser participante em sua obra redentora. Quanta honra e privilegio poder servir anunciando que é chegado o reino do céu e salvação do nosso Deus. Ele ouve as nossas orações.

Deus te Abençoe!

Pr João Serafim.