segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Mensagem pregada dia 22/11/2023

 

MENSAGEM: O PEREGRINO CRISTÃO

TEXTO: 1ª Pe 2:11-17  GN  26: 1 - 35

 

INTRODUÇÃO: Os seguidores de Cristo recebem diversos nomes, entre muitos,  encontra-se  o adjetivo peregrino que designa nossa postura em nossa  própria terra.  Essa nomenclatura, diz respeito à nossa relação com os nãos cristãos. Se agirmos como tais, o resultado será de sucesso até adentrarmos em nossa pátria celestial (Fl. 3:20).

 

I – O MUNDO E SUAS HOSTILIDADES

O apóstolo Pedro escreve esta carta aos cristãos da dispersão do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia. Por ocasião desta dispersão muitos seguidores de Jesus estavam desistindo da fé cristã. Em função disso, eles receberam palavras de encorajamento sobre a importância de manterem-se firmes; “para que, uma vez confirmada o valor a vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado pelo fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1:7). A perseguição vinha de todos os lados; vinha dos judaizantes e do império romano espoliando seus bens. Em meio a toda a hostilidade dos nãos cristãos, os mesmo são orientados a responder os maus tratos com o bem, certos de que estamos aqui de passagem e possuímos uma herança incorruptível, inacessível aos maldosos deste mundo. Resumindo: Não entra nesta briga, deixa por conta daquele que te chamou, seu chamado é para participar de algo muito maior.

 

II –UM HOMEM QUE FOI EXEMPLO DE PERIGRINAÇÃO GN 26:1-35

Isaque viveu em sua própria terra como um forasteiro (peregrino). Após a morte de Abraão, Isaque teve que enfrentar a fome como foi nos dias de seu pai. Seu pai refugiou no Egito, porém, Isaque recebeu uma ordem expressa de Deus:“E apareceu-lhe o Senhor, e disso: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te disser; peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai (26:2,3). como peregrino a sua postura foi singular. Manteve sua fé em Deus, confiante que mesmo na sequidão Deus era poderoso para fazê-lo próspero.  Por diversas vezes os filisteus contenderam com ele e seus funcionários. Isaque lidou com a inveja de seus oponentes com mansidão  todas as vezes que os inimigos tentavam entulhar  seus poços, ele seguia pra frente sabendo que o mais importante era viver em paz em sua peregrinação. Esta consciência é muito importante, quando nos desprendemos do materialismo e valorizamos as pessoas acima das coisas, ai estamos prontos para prosperidade. Isaque enriqueceu muito. Mas, ele colocou relacionamentos acima de seus interesses.

 

III – COMO TEM SIDO NOSSA POSTURA COMO PEREGRINO CRISTÃO?

Jesus recomendou  seus discípulos lembrarem-se sobre a realidade das perseguições: vejam bem: “Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior que seu senhor. Se perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros, se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa”(Jo 15:20). A nossa passagem por essa terra pode ser marcada de lutas e desafios. Porém, isso não será para sempre, temos uma promessa da parte do Pai, a qual deve nortear nosso estilo de vida. Um dia ficaremos livres de todas estas mazelas. A dica mais apropriada é fazer morrer nossa natureza terrena, ou seja, desconstruir nossas expectativas terrenas que dão origem nossas maiores frustrações. Por que nos dispomos a brigar por nossos supostos direitos?

Porque estamos com expectativas em nossa força: Influência, habilidades, recurso, investimento... e outros. Voltemos ao nosso personagem Isaque que estamos usando como exemplo. Por ocasião da expulsão de Isaque de suas terras pelo rei dos filisteus (26:16,17), ele já era muito mais poderoso do seu adversário. Foi manso, o bastante para evitar o conflito. Mansidão não é sinônimo de fraqueza, antes é: segurança para agir com lucidez. Tanto que na reaproximação de Abimeleque, Isaque dá uma reativada em sua memória. Dizendo: você esqueceu de todo o mal que me fizeste? (26:26-32). Após o reconhecimento das maldades, houver perdão e reconciliação... Tudo porque ele era um peregrino. Quando sentimos ofendidos facilmente na maioria das vezes é porque estamos preconizando a terra como um tesouro permanente. No reino de Deus a grandeza está em saber perder (exceto a honra). Quem perder a vida, a achá-la-á (Lc 9:23,24).

 

CONCLUSÃO: No mundo dos corporativistas nativos (perdidos), os cidadãos sempre serão avaliados pelos seus ganhos. Porém, no reino de Deus somos avaliados por aquilo que nos dispomos a perder por amor a Deus e ao próximo. Nada trouxemos para este mundo, dele nada levaremos. Somos peregrinos, nossa pátria está nos céus de onde aguardamos nosso Salvador Jesus.

Deus te abençoe.

 Pastor João Serafim

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