MENSAGEM: O PEREGRINO CRISTÃO
TEXTO: 1ª Pe 2:11-17 GN 26:
1 - 35
INTRODUÇÃO: Os
seguidores de Cristo recebem diversos nomes, entre muitos, encontra-se
o adjetivo peregrino que designa nossa postura em nossa própria terra. Essa nomenclatura, diz respeito à nossa
relação com os nãos cristãos. Se agirmos como tais, o resultado será de sucesso
até adentrarmos em nossa pátria celestial (Fl. 3:20).
I – O MUNDO E SUAS HOSTILIDADES
O
apóstolo Pedro escreve esta carta aos cristãos da dispersão do Ponto, Galácia,
Capadócia, Ásia e Bitínia. Por ocasião desta dispersão muitos seguidores de
Jesus estavam desistindo da fé cristã. Em função disso, eles receberam palavras
de encorajamento sobre a importância de manterem-se firmes; “para que, uma vez
confirmada o valor a vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível,
mesmo apurado pelo fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de
Jesus Cristo” (1Pe 1:7). A perseguição vinha de todos os lados; vinha dos
judaizantes e do império romano espoliando seus bens. Em meio a toda a
hostilidade dos nãos cristãos, os mesmo são orientados a responder os maus
tratos com o bem, certos de que estamos aqui de passagem e possuímos uma
herança incorruptível, inacessível aos maldosos deste mundo. Resumindo: Não
entra nesta briga, deixa por conta daquele que te chamou, seu chamado é para
participar de algo muito maior.
II –UM HOMEM QUE FOI EXEMPLO DE
PERIGRINAÇÃO GN 26:1-35
Isaque
viveu em sua própria terra como um forasteiro (peregrino). Após a morte de
Abraão, Isaque teve que enfrentar a fome como foi nos dias de seu pai. Seu pai
refugiou no Egito, porém, Isaque recebeu uma ordem expressa de Deus:“E
apareceu-lhe o Senhor, e disso: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te
disser; peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e
à tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que
tenho jurado a Abraão teu pai (26:2,3). como peregrino a sua postura foi
singular. Manteve sua fé em Deus, confiante que mesmo na sequidão Deus era
poderoso para fazê-lo próspero. Por
diversas vezes os filisteus contenderam com ele e seus funcionários. Isaque
lidou com a inveja de seus oponentes com mansidão todas as vezes que os inimigos tentavam
entulhar seus poços, ele seguia pra
frente sabendo que o mais importante era viver em paz em sua peregrinação. Esta
consciência é muito importante, quando nos desprendemos do materialismo e
valorizamos as pessoas acima das coisas, ai estamos prontos para prosperidade.
Isaque enriqueceu muito. Mas, ele colocou relacionamentos acima de seus
interesses.
III – COMO TEM SIDO NOSSA POSTURA
COMO PEREGRINO CRISTÃO?
Jesus recomendou seus discípulos lembrarem-se sobre a realidade das perseguições: vejam bem: “Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior que seu senhor. Se perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros, se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa”(Jo 15:20). A nossa passagem por essa terra pode ser marcada de lutas e desafios. Porém, isso não será para sempre, temos uma promessa da parte do Pai, a qual deve nortear nosso estilo de vida. Um dia ficaremos livres de todas estas mazelas. A dica mais apropriada é fazer morrer nossa natureza terrena, ou seja, desconstruir nossas expectativas terrenas que dão origem nossas maiores frustrações. Por que nos dispomos a brigar por nossos supostos direitos?
Porque
estamos com expectativas em nossa força: Influência, habilidades, recurso,
investimento... e outros. Voltemos ao nosso personagem Isaque que estamos
usando como exemplo. Por ocasião da expulsão de Isaque de suas terras pelo rei
dos filisteus (26:16,17), ele já era muito mais poderoso do seu adversário. Foi
manso, o bastante para evitar o conflito. Mansidão não é sinônimo de fraqueza,
antes é: segurança para agir com lucidez. Tanto que na reaproximação de
Abimeleque, Isaque dá uma reativada em sua memória. Dizendo: você esqueceu de
todo o mal que me fizeste? (26:26-32). Após o reconhecimento das maldades,
houver perdão e reconciliação... Tudo porque ele era um peregrino. Quando
sentimos ofendidos facilmente na maioria das vezes é porque estamos
preconizando a terra como um tesouro permanente. No reino de Deus a grandeza
está em saber perder (exceto a honra). Quem perder a vida, a achá-la-á (Lc
9:23,24).
CONCLUSÃO:
No mundo dos corporativistas nativos (perdidos), os cidadãos
sempre serão avaliados pelos seus ganhos. Porém, no reino de Deus somos
avaliados por aquilo que nos dispomos a perder por amor a Deus e ao próximo. Nada trouxemos
para este mundo, dele nada levaremos. Somos peregrinos, nossa pátria está nos
céus de onde aguardamos nosso Salvador Jesus.
Deus
te abençoe.
Pastor João Serafim
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