MENSAGEM: NOSSA MISSÃO SACERDOTAL
TEXTO:AP 1: 5,6
INTRODUÇÃO:
O desconhecimento de quem somos em Cristo compromete nossa visão e ações na missão
cristã, pela qual fomos chamados a exercer aqui na terra para revelar a glória
de Deus aos homens. Nossa função sacerdotal
precisa ser exercida nos moldes do reino de Cristo que preconiza servir a Deus
e ao próximo em amor. Vejamos este dever cristão que não pode ser ignorado
pelos seguidores de Cristo.
I
– O SACERDÓCIO LEVÍTICO ÊX 28:1
O
sacerdócio levítico foi designado por Deus a Moisés, onde o mesmo foi orientado
a separar a família de Arão para a administração do ofício sacerdotal. Arão
pertencia a tribo de Levi. Levi foi a tribo que Deus escolhera para estar
envolvida no serviço religioso dos israelitas. Enquanto a casa de Arão foi
designado ao sacerdócio, os demais levitas receberam a atribuição de auxiliares
do culto em Israel. Os sacerdotes ocupavam integralmente do serviço do Senhor.
Eles administravam o tabernáculo e desempenhavam todas as funções relacionadas
ao culto. A função dos sacerdotes era servir de intermediários entre Deus e o
povo de Israel. Então era responsabilidade deles todas as tarefas cerimoniais,
ofertas e sacrifícios. Mas em certas situações eles desempenhavam também funções
jurídicas, proclamavam bênçãos sobre o povo, apresentavam a vontade de Deus e
instruíam os israelitas nas leis divinas. O sacerdote levítico possuíam vestes
especiais que os identificavam como estavam a serviço do Senhor (Êx 28:40-42).
Porém, o sumo sacerdote tinha uma roupa diferente dos demais. É valido lembrar
que o sumo sacerdote era a única pessoa autorizada a entrar no santo dos santos
diante da arca da aliança, isso também numa data especial, no dia da expiação.
Onde o mesmo apresentava o sacrifício anual pelos seus pecados e pelos pecados do povo. Tudo
isso tinha uma finalidade prática naquele contexto. O último objetivo era
apontar para o sacerdócio de Cristo.
II
– O SACERDÓCIO DE CRISTO (HB 6:13-20)
Como
já foi dito anteriormente, o sacerdócio de Israel era levítico, ou seja, só
poderia ser sacerdócio em Israel quem era da tribo de Levi. Mas Jesus o novo
sumo sacerdote estabelecido pertence a tribo de Judá. O que pela lei mosaica
jamais poderia ser sacerdote (Hb 7:13,14). Mas o escritor aos hebreus trata
desta questão explicando a superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o
sacerdócio levítico. Para fundamentar a veracidade da afirmação o escritor
recorre à figura de Melquesedeque destacando sua origem e durabilidade. E por
fim, o escritor faz um contraste entre os dois sacerdócios. O sacerdócio de
Cristo não apenas cumpriu plenamente todos os propósitos do sacerdócio levítico,
como também é infinitamente superior a ele.
Diferente dos sacerdotes leviticos que eram pecadores e tinha seu ofício
interrompido pela morte, Cristo é sumo sacerdote eterno que venceu a morte. Ele
não precisou oferecer sacrifício por si mesmo, porque não tinha pecado. Mas,
ele ofereceu a si mesmo como sacrifício pelo pecado daqueles a quem ele
representa perante a justiça divina. Quando ele deu seu brado de vitória
dizendo: “Está consumado”, o véu do santuário foi rasgado de cima a baixo
dando-nos acesso a Deus (Mt 27:50,51). A partir desta obra vicária de Cristo
por nós na cruz, fomos libertos da condenação do pecado para libertar outros.
Os seguidores de Cristo receberam a incumbência de anunciar a chegada de seu
reino e temos atribuição de cooperadores (auxiliares).
III
– MINISTROS DE CRISTO (Jo 6:1-13, Lc
9:10-17)
Jesus
na implantação de seu reino aqui na terra estabeleceu sua igreja com
fundamentos em seus ensinos e de seus apóstolos. Com ensinos teóricos e práticos os seguidores
de Jesus do primeiro século assimilaram e executaram o sacerdócio da nova
dispensação sem hesitação. Ao longo de três anos e meio os apóstolos foram
capacitados com aulas práticas e teóricas para dar sequência no que Jesus
fez. Nesta narrativa acima sobre a
multiplicação dos pães e peixes, podemos destacar algumas lições importantes
para a igreja atual: Primeira lição:
O nosso pouco nas mãos de Jesus pode transformar em muito. Segunda lição: Deus pode fazer tudo sozinho, porém, conta conosco. Terceira lição: Organização, distribuir em
grupos de 50 pessoas – atendimento igualitário (Lc 9:14). Quarta lição: recolheu a sobra, evitou o desperdiço (Jo 6:12).
Estes ensinos não são restritos aos apóstolos, mas extensivos a nós da igreja
atual. O que motivou aquelas ações? Os discípulos viram a necessidade daquela
multidão (Lc 9:12) e falou com Jesus. Todas as vezes que deparamos com alguma
situação embaraçosa devemos apresentar a Deus em oração. Imagina se os
discípulos ficassem naquela; Jesus está vendo! Ou se esperassem que os famintos
fossem procurar por Jesus, ou o garoto dos pães se oferecesse. Os discípulos
tomaram a iniciativa de resolver o problema.
Nossa missão sacerdotal nos impõe este dever de assistir os necessitados
que estão a nossa volta. O critério para auxiliar na tarefa do reino sacerdotal
é sentir liberto para libertar os outros da opressão do pecado e suas
conseqüências. Atribuição instituída por Jesus a todos os povos (Ap 5:9,10) que
deixou de ser exclusividade de apenas uma tribo. Quanto privilégio achegar a
Deus para interceder por si mesmo e pelos os outros que carece da graça de Deus
(Hb 4:16).
CONCLUSÃO:
Fomos abençoados para abençoar, quem já contemplou a glória de Deus deseja que
todos vejam também. Estamos habilitados para isso, Jesus nos fez seus
embaixadores para representá-lo aqui. Este reino de amor se compara a
descoberta de medicamento eficaz contra uma doença letal. Quem ama não deixa de
fazer de tudo para resgatar seu amigo da dor, por ser uma missão prazerosa em
ver as pessoas felizes em Cristo, vamos a ela. Jesus diz: Vinde a mim, voz de
estais cansados!...
Deus te abençoe.
Pastor João
Serafim.