MENSAGEM: CRESCENDO EM FÉ
TEXTO: MT 14:13-33
INTRODUÇÃO: Nem sempre nossas expressões de fé se confirmam através
das nossas atitudes que exige práticas de fé. Quando há incoerência entre a
prática e as palavras, pode nos expor a infantilidade ou a descrença. Isso aconteceu com os apóstolos e se repete
conosco enquanto aprendiz do caminho da fé. Porém, a nossa confiança em Deus
precisa avançar para o nível de amadurecimento que revela nosso crescimento em
nosso relacionamento com o nosso Deus que é digno de todo crédito. Vejamos como
estamos sujeitos a agir assim!
I – IGNORANCIA ESPRITUAL
Muitas de
nossas dúvidas acontecem em decorrência da nossa falta de conhecimento de Deus.
Isso acontece em dois aspectos: Quando uma pessoa não tem conhecimento bastante
para distinguir o Deus Eterno dos demais deuses, a sua fé torna relativa e
condicionada as frustrações advindas destes fracassos dos outros deuses (Is
36:18-20). Outro aspecto se dá no campo da falta de experiência pessoal com o
Deus verdadeiro, mesmo sabendo da sua existência. O fato de saber que existe um
único Deus faz pouca diferença (Tg 2:19): “Vocês creem que existe um único
Deus? Ora, lembrem-se que os demônios também creem nisso e tremem de
terror?”. Estou expondo aqui este
contraste entre os que iguala o poder do Altíssimo às demais divindades e,
aqueles que reconhecem a existência de um único Deus. Porém, não têm uma fé
prática. Ao longo da minha caminhada já deparei com inúmeras pessoas alegando
possuir muita fé. Contudo, nunca leram a bíblia e nem a ouviram. A fé de tais
pessoas está embasada naquilo que veem. Mas uma fé racional precisa está
embasada nas promessas de Deus em sintonia com a nossa resposta a tais
promessas como afirma da palavra de Cristo: “Se alguém me ama, guarda a minha
palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo
14:23). Assim é correspondida e conhecida por ambas as partes.
II – FÉ INFANTILIZADA
Em nossa jornada
espiritual por mais que acumulamos experiências estamos sujeitos a carregar
conosco um pouco de meninice. Mas isso não pode prevalecer em nossa relação com
o nosso Deus, até porque faz parte do plano dele o desenvolvimento espiritual
de seus filhos, e não podemos ficar a vida toda alimentado de leite (Hb
5:11-6:3). Os judeus possuíam conhecimento do Deus verdadeiro. Porém, sem
segurança. É sobre segurança que desejo trazer a alerta: Veja bem, se eu me
dirijo a Deus em oração questionando se ele vai cuidar de mim. Qual seria sua
resposta? Ele dirá: Sempre tenho feito isso por você. Pode ser que ele diga:
Será que não sabes que sem meu cuidado você não teria chagado até aqui. Nossas
experiências deveriam nos colocar em patamares mais elevados. Ao nos dirigir a
Deus deveríamos falar: Senhor, eu sei que estarás comigo, estou certo do seu
amor e cuidado, tu és a minha provisão. Gosto muito daquele questionamento que
Jesus faz aos discípulos na reta final do seu ministério terreno: “Jesus lhes
perguntou: “Quando vos mandei sem bolsa, sem alforje e sem sandálias,
faltou-vos porventura, alguma coisa? Nada, disseram eles” (Lc 22:35). Em que
baseia a minha fé de que Deus está comigo? Devo confiar naquilo que ele prometeu e na minha sinceridade para com ele
(Mt 28:20, Jo 14:23).
III – CHEGA O MOMENTO DE SAIR DO BARCO
O texto que
estamos usando como base da mensagem trás o relato de momento extasiante quando
os discípulos testemunharam a maravilhosa multiplicação dos pães. Certamente
deve ter havido muitas expressões de louvores a Deus e confissões; tais como:
Tu és o ungido de Deus, nós confiamos em ti, o Senhor pode todas as
coisas... Porém, diante da tempestade, a
fé deles esvaziou totalmente e viram Jesus como um fantasma (Mt 14:24-27). A
nossa fé tem data de validade, ou seja, vale apenas para essa vida, na
eternidade não precisamos mais de fé. É importante saber que nossa fé
periodicamente será provada. A fé verdadeira não imuniza os crentes das
adversidades. Até porque a fé se revela nestes momentos. Os discípulos já
tinham presenciado prodígios extraordinários, a partir de então, seria o
momento deles viverem as suas próprias experiências. Este momento chega para
todos seguidores de Jesus, não podemos viver apenas de experiências dos outros,
temos que sair do basco: Esse barco pode ser: sair da casa dos pais, sair da
empresa, sair para o ministério, sair da zona de conforto. As vezes Deus
permite até uma tragédia para acordar seus filhos. O Senhor já nos deu sua
palavra de ordem: Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura... O que
mais vamos ficar esperando? Em nossa igreja temos uma infinidade de
oportunidade para cumprir a grande comissão do evangelho. Departamentos,
célula, evangelismo... vem conosco colocar sua fé em ação.
CONCLUSÃO: Acreditar naquilo
que é visível não nos diferencia dos ateus. A bíblia afirma que o nosso Deus
chama à existência as coisas que não existem (Rm 4:17). Nessa fé que devemos andar
seguindo o modelo daquele que foi chamado pai da fé (Abraão). Que Deus nos
ajude avançar em nossa confiança nele.
Deus abençoe a
todos!
Pastor João Serafim