MENSAGEM:VIVENDO OS MESMOS SENTIMENTOS
DE CRISTO
TEXTO: FL 2.1-11
INTRODUÇÃO: Somos desfiados
a andar nas pisadas do Mestre Jesus; sendo Jesus Deus, não teve por usurpação
ser igual Deus. Então, qual foi o sentimento que Jesus teve para com a
humanidade? O que sentiu Jesus pelos doentes, e pelos sofredores, os
condenados, os pobres, os incrédulos, os hipócritas, os vendilhões do templo,
os perdidos e outros desentonados com as leis do reino dos céus? Vamos pesquisar o que fez Jesus em termos
práticos pelos contemporâneos de seu
ministério terreno. Muitos exemplos
podem ser usados nesta pesquisa, entre tantas cito:
I – OS VENDILHÕES DO TEMPLO (JO 2.13-16)
Jesus sentiu-se indignado ao contemplar aquelas
práticas de comércio na casa de Deus, ou seja, ele demonstrou seu desgosto com
aqueles que fazem da religião uma maneira de produzir ganhos. A venda de
animais para o sacrifício não era proibida (Dt 14.24-26). Porém, a concorrência
dos cambistas com a conivência do sumo sacerdote era tão grande que eles
acabaram introduzindo estas coisas dentro do templo, local reservado
exclusivamente para adoração do Deus vivo.
Como
temos assistido o comercio nas igrejas evangélicas em nossos dias? Em muitos
casos, tem-se transformado num verdadeiro balcão de negocio; às vezes me
pergunto; o que faria Jesus com nossas igrejas? Será que ele viraria muitas
mesas? Qual é o nosso sentimento com este comércio nos templos? Tudo isto é
feito em nome de Jesus e em nome da manutenção do templo, certo? Mais pergunto,
a obra é nossa ou de Deus? Se for de Deus, ele suprirá as necessidades, compete
a nós obedecê-lo, Jesus zelou pela casa de Deus e é o que devemos fazer também
como discípulos que segue seu exemplo.
II – UMA MULHER SENTENCIADA A MORTE (JO 8.1-11)
O Texto acima registra o caso de uma mulher apanhada
em flagrante adultério, alguns vieram perante Jesus pedindo o veredicto de
morte para ela. Entretanto, Jesus teve misericórdia daquela infeliz mulher.
Jesus sempre afirmou: “Porque Deus enviou seu filho ao mundo não para que
condenasse ao mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.17). Jesus
foi misericordioso perdoando e não c Quando
as pessoas erravam Jesus corrigia-as e exortava-as a não permanecer no erro. O
ódio, intolerância de muitos, apenas aumenta o ciclo da maldade e violência.
Porém, o perdão e a misericórdia
interrompe a violência. Sentir o que Jesus sentiu pelos faltosos é
compreender a humanidade das pessoas, dar a segunda chance, caminhar mais uma
milha com o irmão, considerando a nossa possibilidade de falhar e necessidade
de perdão e compreensão. No caso em questão após um exame de consciência nenhum
dos acusadores sentiu seguro para atirar a pedra da sentença, em resumo; eles
careciam da misericórdia tanto quanto aquela que falhou e que precisava de uma segunda chance.
III – UMA MULHER VIÚVA QUE PERDE TAMBÉM
O FILHO (LC 7.11-17)
Jesus vendo aquela mulher viúva levando seu único
filho para o sepultamento, ele se moveu de intima compaixão por ela. O drama
daquela mulher era muito grande! Após sepultar seu esposo, agora estava de
caminho para sepultar seu único filho. Nas culturas orientais as mulheres
sempre foram muito descriminadas, se tratando de uma viúva, a situação era
ainda pior. Foi neste contexto que houve aquele encontro magnífico daquelas
duas multidões, uma a multidão era do choro, desespero e morte, já a outra
multidão era cheia de esperança, alegria e vida. A compaixão de Jesus lhe moveu
em favor daquela desvalida viúva restituindo seu filho, são e salvo.
Ela que não tinha ninguém para defender a sua causa,
Jesus manifestou a sua benevolência. Ainda hoje o Senhor continua com o
sentimento de compaixão por aqueles que não têm ninguém por eles. E nós, temos
tido este mesmo sentimento para com aqueles que sofreram com a perda dos ente
queridos? Jesus nunca viu tais situações com indiferença, desapreço, descaso,
antes ele atendia as pessoas com aflição e abatimento, sentir o que Jesus
sentiu, é o mesmo que chorar com os que choram, como fez junto às irmãs de
Lázaro.
IV– JESUS NÃO ESMAGA A CANA QUEBRADA (
Mt 12: 15-21)
Deparamos diariamente com muitas práticas
incompatíveis com as leis do reino dos céus, que não vivem o amor de Deus e do
próximo; entre as tantas, existem aquelas que ainda para piorar são feitas em
nome de Deus. Jesus lidou com estas situações com muita maestria, seja
aprovando ou reprovando. Vejamos alguns exemplos marcantes destes confrontos do
mestre: Para aqueles que censuraram comer na casa de pecadores; ele responde:
São os doentes que necessitam de médico. Para aqueles que reprovam a cura no
dia sábado; ele responde: Meu pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Para os legalistas que
exigia purificação externa; ele responde: Não é o que entra pela boca que
contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem (chamou
os legalistas de guias cegos). Jesus também admirou a fé da mulher Cananéia e
do centurião, chorou ao ver a incredulidade da cidade de Jerusalém, reprovou a
atitudes dos seus discípulos por pedirem fogo sobre os samaritanos, amou o
jovem que afirmou ter observado os mandamentos de Deus desde a juventude e
muitos outros poderiam ser citado, mas por falta de espaço finalizo com este
destaque do sentimento de Jesus para com aqueles que zombaram dele na cruz
“...Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...” (Lc 23.34). Com o mesmo
sentimento que ele teve para conosco devemos agir para com as pessoas, por sermos filhos amados de Deus.
CONCLUSÃO: No Provérbios 4:23, 23:7, temos a orientação sobre o que pensar, porque
dos pensamentos vem os sentimentos e depois nossas ações, considerando esta
verdade devemos policiar nossos pensamentos
para que tenhamos ações nobres que reflete a glória de Deus, evitando os
pensamentos tóxicos que inunda o coração humano. Antes, porém, devemos buscar
as coisas lá do alto, onde Cristo vive assentado a direita de Deus e teremos os sentimentos dele para
com os outros, que resume no amor.
Deus te abençoe.
Pr. João Serafim.