segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Mensagem pregada dia 19/11/2017 que será compartilhada dia 23/11/2017

MENSAGEM:  AS SEPULTURAS DO DESEJO 
(Quibrote-Hataavá)
TEMA: NM 11.1-9, 31-35

INTRODUÇÃO: Depois do povo de Israel ter saído do Egito e estando eles no deserto do Sinai por dois anos e dois meses (Nm 10.11, 12) chegou o momento de iniciarem a jornada rumo a terra prometida que manaria leite e mel chamada Canaã; o que deveria ser algo revolucionário de grande alegria e euforia. Considerando que eles iriam para uma vida melhor, as expectativas se frustraram com as murmurações do povo, tudo porque começaram a olhar para trás e sentiram desejo da comida do Egito.

I – A COMPULSÃO ALIMENTAR
Nossos desejos são legítimos desde que não sejamos dominados por eles, tudo que passa nos dominar torna-se pecado, para o apóstolo Paulo todos as coisas  são licitas ao cristão: “ Todas as coisas me são licitas, mas nem todas convém. Todas as coisas me são licitas, mas não deixarei dominar por nenhuma delas” ( 1 Cor 6.12). Quando pensamos em degustar um saboroso prato, logo questionamos que mal existe nisto? Na verdade não há nenhum mal em si mesmo, mas a questão trava-se na maneira pela qual usamos e usufruirmos da comida! Vejamos o caso da compulsão alimentar do patriarca Esaú, onde o levou! A história fala que Esaú desfez da sua herança por um prato de lentilha “...Disse Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Ele respondeu: Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura?...” (Gn 25.27-34).  Ainda fala que: mesmo com lagrimas ele não conseguiu reverter a situação (Hb 12.16,17). Será que ainda hoje, esta situação poderia repetir-se com os mesmos desdobramentos que teve na vida de Esaú? Eu, em particular acredito que sim. Porque vezes e outras, vejo reportagem sobre pessoas que brigam, roubam, matam e tornam inimigas por causa de comida, ou seja, cavam a sua própria sepultura porque não  conseguem conter-se no momento de fome.
II – SAUDADE DOS ALIMENTOS DO EGITO

Após dois anos no deserto alimentando do maná, o povo hebreu cedeu ao sentimento,  mesmo vendo o sobrenatural todos os dias; através daquele fenômeno da chuva de  alimento caindo do céu de domingo a sexta-feira regularmente. O que Deus teve por insulto foi as murmurações e incitações inflamando o povo a difamar o seu nome. Os comentários levaram o povo a revolta e ao choro, como afirma o texto: “ E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comiamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos. Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná...” (Nm 11.4-6). O desejo deste povo era legitimo. Porém, a maneira que eles usaram em forma de protesto para reivindicar e insinuar que Deus não seria capaz de prover carne para eles é que os levou a sepultura. Deus mostrou seu poder dando-lhes carne, não por um dia, mas por trinta dias seguidos. Contudo, morreram na mesa da refeição, tudo porque substimaram o poder de Deus mesmo depois de verem tantos milagres como as pragas sobre os egípcios, travessia do mar vermelho, coluna de nuvem de dia e coluna de fogo, a noite para alumiar (Êx 13.21). Duvidar do poder de Deus leva a morte.

III -  INSATISFAÇÃO É UMA SEPULTURA ABERTA  (1 COR 10. 1-13)

Nunca antes na história da humanidade houve tanto conforto como nos dias atuais, mas também nunca se viu tanta insatisfação como em nossos dias. O apóstolo Paulo vendo as murmurações da igreja de Coríntios, ele tentou refrescar a memória deles com as tragédias que acontecerão com o povo de Israel no deserto por causa das murmurações deles. Vejam bem que este povo eram  herdeiros da promessa, hen. Muitos hoje por acharem escolhidos sentem-se no direito de insultar ao Senhor numa afronta aberta ao plano de Deus. Como isto acontece hoje?  Por falta de compreensão das escrituras ou por ganância elas esquecem o que ensina as escrituras: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as cousas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma, te deixarei, nunca, jamais, te abandonarei. Assim, afirmemos confiadamente; o Senhor é o meu auxilio, não temerei que me poderá fazer o homem? (Hb 13.5-6). Antes, movido por ganância ou pela teologia da prosperidade, elas querem reinar nesta dimensão por tanto ouvir  aquele texto  “Deus te colocou por cabeça e não por calda” fora do contexto utilizado para pretexto pelos espertalhões do evangelho.

CONCLUSÃO: Uma das maiores virtudes é a gratidão, vejo uma necessidade de repensar nos conceitos sobre o que Deus tem colocado em nossas mãos. A murmuração desperta em nós o desejo pelos manjares do Egito (a velha vida de vícios do mundo) e nos faz esquecer dos livramentos, dos dons espirituais e da salvação que Jesus nos deu por meio da sua morte na cruz. Não podemos esquecer que há uma Canaã celestial esperando por aqueles que se manter  firme na fé até o fim. 
Deus te abençoe.
Pastor João Serafim.


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