MENSAGEM: AS
SEPULTURAS DO DESEJO
(Quibrote-Hataavá)
TEMA: NM 11.1-9, 31-35
INTRODUÇÃO: Depois do povo de Israel ter saído do Egito e estando
eles no deserto do Sinai por dois anos e dois meses (Nm 10.11, 12) chegou o
momento de iniciarem a jornada rumo a terra prometida que manaria leite e mel
chamada Canaã; o que deveria ser algo revolucionário de grande alegria e
euforia. Considerando que eles iriam para uma vida melhor, as expectativas se
frustraram com as murmurações do povo, tudo porque começaram a olhar para trás
e sentiram desejo da comida do Egito.
I – A COMPULSÃO ALIMENTAR
Nossos desejos
são legítimos desde que não sejamos dominados por eles, tudo que passa nos
dominar torna-se pecado, para o apóstolo Paulo todos as coisas são licitas ao cristão: “ Todas as coisas me
são licitas, mas nem todas convém. Todas as coisas me são licitas, mas não
deixarei dominar por nenhuma delas” ( 1 Cor 6.12). Quando pensamos em degustar
um saboroso prato, logo questionamos que mal existe nisto? Na verdade não há
nenhum mal em si mesmo, mas a questão trava-se na maneira pela qual usamos e
usufruirmos da comida! Vejamos o caso da compulsão alimentar do patriarca Esaú,
onde o levou! A história fala que Esaú desfez da sua herança por um prato de
lentilha “...Disse Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Ele
respondeu: Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de
primogenitura?...” (Gn 25.27-34). Ainda
fala que: mesmo com lagrimas ele não conseguiu reverter a situação (Hb
12.16,17). Será que ainda hoje, esta situação poderia repetir-se com os mesmos
desdobramentos que teve na vida de Esaú? Eu, em particular acredito que sim.
Porque vezes e outras, vejo reportagem sobre pessoas que brigam, roubam, matam
e tornam inimigas por causa de comida, ou seja, cavam a sua própria sepultura
porque não conseguem conter-se no
momento de fome.
II – SAUDADE DOS ALIMENTOS DO EGITO
Após dois anos
no deserto alimentando do maná, o povo hebreu cedeu ao sentimento, mesmo vendo o sobrenatural todos os dias;
através daquele fenômeno da chuva de
alimento caindo do céu de domingo a sexta-feira regularmente. O que Deus
teve por insulto foi as murmurações e incitações inflamando o povo a difamar o
seu nome. Os comentários levaram o povo a revolta e ao choro, como afirma o
texto: “ E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das
comidas dos egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também
disseram: quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que, no Egito,
comiamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e
dos alhos. Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este
maná...” (Nm 11.4-6). O desejo deste povo era legitimo. Porém, a maneira que
eles usaram em forma de protesto para reivindicar e insinuar que Deus não seria
capaz de prover carne para eles é que os levou a sepultura. Deus mostrou seu
poder dando-lhes carne, não por um dia, mas por trinta dias seguidos. Contudo,
morreram na mesa da refeição, tudo porque substimaram o poder de Deus mesmo
depois de verem tantos milagres como as pragas sobre os egípcios, travessia do
mar vermelho, coluna de nuvem de dia e coluna de fogo, a noite para alumiar (Êx
13.21). Duvidar do poder de Deus leva a morte.
III - INSATISFAÇÃO É UMA
SEPULTURA ABERTA (1 COR 10. 1-13)
Nunca antes na
história da humanidade houve tanto conforto como nos dias atuais, mas também
nunca se viu tanta insatisfação como em nossos dias. O apóstolo Paulo vendo as
murmurações da igreja de Coríntios, ele tentou refrescar a memória deles com as
tragédias que acontecerão com o povo de Israel no deserto por causa das
murmurações deles. Vejam bem que este povo eram
herdeiros da promessa, hen. Muitos hoje por acharem escolhidos sentem-se
no direito de insultar ao Senhor numa afronta aberta ao plano de Deus. Como
isto acontece hoje? Por falta de
compreensão das escrituras ou por ganância elas esquecem o que ensina as
escrituras: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as cousas que
tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma, te deixarei, nunca, jamais, te
abandonarei. Assim, afirmemos confiadamente; o Senhor é o meu auxilio, não
temerei que me poderá fazer o homem? (Hb 13.5-6). Antes, movido por ganância ou
pela teologia da prosperidade, elas querem reinar nesta dimensão por tanto
ouvir aquele texto “Deus te colocou por cabeça e não por calda”
fora do contexto utilizado para pretexto pelos espertalhões do evangelho.
CONCLUSÃO: Uma das maiores virtudes é a gratidão, vejo uma
necessidade de repensar nos conceitos sobre o que Deus tem colocado em nossas
mãos. A murmuração desperta em nós o desejo pelos manjares do Egito (a velha
vida de vícios do mundo) e nos faz esquecer dos livramentos, dos dons
espirituais e da salvação que Jesus nos deu por meio da sua morte na cruz. Não
podemos esquecer que há uma Canaã celestial esperando por aqueles que se
manter firme na fé até o fim.
Deus te abençoe.
Pastor
João Serafim.
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