MENSAGEM: ABANDONO
JR 2. 1 – 19
INTRODUÇÃO: Através do depoimento de várias pessoas chegamos à
conclusão que o sentimento de abandono é uma das piores emoções que uma pessoa
possa viver. Quanto maior for o grau de envolvimento, maior é a frustração. O conceito
de abandono é muito abrangente considerando que podemos classificá-lo em vários
tipos, como: Abandono de propriedade, mercadorias, domicilio, família,
paciente, menor(criança), idoso, igreja, cônjuge e outros que acrescenta em
muito esta lista. Entre tantos; nosso foco está na ingratidão de abandonar a
Deus por amor a outros deuses.
I – MENSAGEM DE LEMBRANÇA
Deus usa o profeta Jeremias para trazer a memória
daquela geração como foi o vínculo de afetividade no inicio da sua relação com
o povo de Israel. O texto descreve esta relação como uma cena de um casal
apaixonado que não consegue ficar longe um do outro, mesmo que por pouco tempo.
As ações das cenas do casal apaixonado têm como palco um deserto sem qualquer infraestrutura,
mas, não conseguiu ofuscar o brilho de um amor intenso. Peregrinando por
este local inóspito a esposa só tinha
olhos para o esposo. Quanta dependência, proximidade para ouvir, sentir e
falar. A recordação do Senhor neste episodio arremete ao passado afirmando e
questionando ao mesmo tempo. Posto que, verdadeiramente ele foi amado! Porém,
não era por falta de opção? Eu, João
tive a experiência de conhecer uma moça fidedigna ao Senhor numa comunidade
rural, eu em particular teria coragem de apostar todas as fichas no comprometimento
daquela moça com o Deus. Mas, tão logo passou a residir na cidade fez outras
opções. No deserto o povo era totalmente dependente de Deus, caia o maná do
céu, para seguir adiante tinha uma nuvem guiando de dia e uma coluna de fogo à
noite.
Qualquer rota diferente eles seriam
exterminados, assim sendo; um amor que não foi colocado em xeque. A sensação de
abandono nunca ameaçou a relação do Senhor com o povo no deserto. Juras de amor
só têm validade quando colocada à prova.
II – COMO JUSTIFICAR O ABANDONO?
O Senhor apela
para a razoabilidade daquele povo para justificar-se de tal atitude, se é que
existe alguma razão. O profeta levanta a argumentação do Senhor: “Que defeito
os seus antepassados acharam em mim para me abandonar?” (v 4b), eles me
desprezaram; no entanto, fui eu quem os tirou do Egito, os livrei no deserto,
lugar perigoso, sem habitantes e vos introduzi em uma terra boa. Em outras palavras, este foi o mal que fiz a
vocês? Tudo que este povo precisava, eles tinham a tempo e à hora, ou seja, de
prontidão Deus os atendia. Deus pode estar fazendo para alguns hoje este mesmo questionamento.
Porque tanta indiferença? Sendo que as suas misericórdias tem se renovado a
cada manhã a seu favor. Quem te sustentou até aqui? Alguns queixam do abandono.
Jesus disse: “Eis que estou convosco até a consumação dos séculos, Eu nunca te
deixarei e jamais te abandonarei” (Mt 28.20, Hb 13.5b). Alguém certa vez
questionou: Onde estava Deus quando aconteceram estas guerras sangrentas? De
pronto foi respondido: Deus estava onde sempre esteve, esperando por aqueles
que contam com ele. Quando escolhemos seguir nosso caminho independente dele, o
risco é totalmente nosso. Foi o que aconteceu com este povo naquela geração:
ficaram escravos, vejam os versos 14,15.
III – O CRIADOR FOI TROCADO PELA
CRIATURA
Pela terceira
vez o Senhor desafia aquele povo. Desta vez era para eles tirar uma prova indo
às nações vizinhas para ver quem dos povos tinham substituído seu deus por
outro que nem eram deuses de verdade. Mas, Israel tinha feito estas loucuras
como afirma: “O meu povo cometeu dois pecados: Eles abandonaram a mim, a fonte
de água fresca, e cavaram cisternas, cisternas rachadas que deixam vazar a água
da chuva” (v 13). O Senhor no verso 8 aponta os culpados desta tragédia que os
levou abandonar a vida e optar pela morte. Este sentimento de abandono é muito
forte principalmente quando se trata de alguém que compartilhou dos mesmos
sonhos, planos e conquistas.
O
melhor retrato desta cena é descrito através da triste história de muitos
casais que juraram fidelidade diante do altar com várias testemunhas e depois
foi abandonado pelo parceiro (a) que o troca por um vadio(a) qualquer. A
sensação de sentir-se abandonado seja pelo cônjuge, pais ou amigo é terrível.
Mas, foi justamente isto que Deus sentiu e continua sentindo quando ele é
trocado por coisas e relacionamentos vazios que não satisfaz. Os relatos de
algumas pessoas abandonadas têm muita semelhança. Posto que por via de regra
sempre trocam pelo pior.
CONCLUSÃO: Muitos tem
repetido as loucuras do povo de Israel, abandonando a Deus por uma simples
aventura. Não troque o certo pelo duvidoso, ele sempre nos sustentou e
continuará nos sustentando. Estejamos com o Senhor na bonança ou na escassez,
não podemos reduzir o nosso amor a Deus por aquilo que ele nos dar, mas devemos
amá-lo por aquilo que ele é em nossas vidas. Senhor e Salvador.
Deus te abençoe.
Pastor João Serafim
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