MENSAGEM: AS
TRAGÉDIAS E SUAS ADVERTÊNCIAS
TEXTO: LC
13. 1 – 9
INTRODUÇÃO: A realidade das
eminentes tragédias neste mundo instalou-se a partir da introdução do pecado no
coração humano. Posto que a maior
tragédia começou com a quebra do relacionamento do homem com o Criador, dando
início aos flagelos no cotidiano da primeira família. A bíblia registra o
embrolho familiar que tomou proporções abomináveis na vida de Adão, Eva, Caim e
Abel, onde o filho, Caim, matou seu irmão por inveja e ódio profundo.
Entendemos também como tragédias aqueles fenômenos da natureza como: Vendavais,
terremotos, acidentes, epidemias, tempestades e outros... Convido você a pensar
conosco sobre as advertências das tragédias.
I – A FRAGILIDADE HUMANA
Diante de
fatos tristes da dor e perdas que fogem nosso controle podemos avaliar nossas
limitações frente a tais circunstâncias. Não é por um acaso que o escritor
sagrado registra que o melhor momento de avaliarmos nossa finitude é no tempo
de perda (Ec 7.2). No auge da vida, por via de regra, somos tendenciosos a
trocar valores eternos por aquilo que é efêmero. As tragédias geralmente nos
deixam sem chão, em frangalhos e tão impotentes, que somos tomados por
sentimentos diversos que passamos a enxergar o quanto somos incapazes de
resistir pequenas forças. Questões como fatalidade familiar, inundações,
diagnóstico com ultimato de vida e outros similares... Podem nos conduz ao
caminho da humildade ou ao caminho da revolta. Uma mistura de sentimentos a
princípio pode ser normal. Mas, as vítimas das tragédias geralmente fazem opção
por um dos caminhos, seja pela humildade ou pela revolta.
O fato é que elas saem do campo
da neutralidade. Resumindo: A experiência pessoal após as catástrofes deixam as
suas marcas do acatamento da soberania divina ou uma aberta rebelião ao divino.
II - OS QUESTIONAMENTOS
Ninguém que
passa ou que assiste uma tragédia de grandes proporções consegue se conter sem
ao menos questionar os porquês daquilo. As perguntas podem ser: Por que eu? Por
que tinha que acontecer justamente naquele momento? Tantos outros, por que
aquele? Será por que não fiz isto ou aquilo outro? E, se...?
A culpa é de quem?
Alguns
contemporâneos do ministério terreno de Jesus indagaram dele sobre a tragédia
provocada por Pilatos onde foram mortos covardemente vários galileus por sua
ordem. Na visão dos questionadores, aqueles que foram mortos de maneira
trágica, foi por causa do juízo divino sobre eles, devido suas culpas, frente a
esta indagação, Jesus os lembra de uma outra tragédia, onde foram dizimada
dezoito vidas, a qual Jesus colocara no
mesmo patamar, que por certo os inquiridores os classificariam em maior nível
de culpa. Emitir juízo sobre tragédia/acidente, julgo totalmente
desproporcional devido à nossa incapacidade de dimensionar o desconhecido. A
questão da culpa por negligência humana não deve ser ignorada. Exemplos disto;
temos com sobra junto aos gestores tanto públicos quanto privados que visam
lucros sem levar em conta os riscos de perdas humanas e materiais. Todavia, a
questão do merecimento sobre o sofrimento súbito deve ser analisado pela ótica
de Jesus. Considerando o que foi dito pela parábola, que revela que a maior
tragédia é passar por essa vida sem produzir nada (fruto), é o que refere o
texto em apreço.
III – O PORQUÊ DA TRAGÉDIA?
Todos nós, sem
distinção somos passivos da justiça divina por sermos pecadores. Portanto, se a
enchente derrubou a casa e matou pessoas dormindo, se o veículo desgovernado
bateu, a barragem da mineradora rompeu, se incêndio alastrou na fábrica com os
trabalhadores, se o coronavirus infectou as criancinhas indefesas, se o raio
atingiu o passageiro, se o animal ou árvore matou o trabalhador inocente não
altera a justiça de Deus, ou seja, todos igualmente necessitam de arrepender-se
para alcançar a graça de Deus; assim afirma as Escrituras: “Porque Deus a todos
encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos”(Rm
11.32). Não temos a pretensão de responder esta pergunta; “O porquê das
tragédias”, mesmo que desejasse, eu não teria capacidade de respondê-la. Porém,
uma coisa posso assegurar que as tragédias nos levam a um nível mais elevado de
sensibilidade quanto a nossa dependência do próximo. Chorar com os que choram é
um dos deveres dos seguidores de Cristo, com isto, concluímos que todas as
coisas podem contribuir para nos tornar pessoas mais amáveis e manifestar os
ternos afetos do Pai por meios dos gestos de amor servindo aos necessitados.
CONCLUSÃO: Quando o homem
tem suas estruturas abaladas é que ele olha para si e pode ter um retrato real
da suas limitações. Infelizmente esta realidade é apenas vista após a tragédia.
Faraó resistiu o poder de Deus mesmo diante da tragédia da morte do seu filho
primogênito. Assim como Faraó, há pessoas que não se dobra ao Soberano. Nas
tragédias precisamos perguntar: O que isto significa? Existem aquelas tragédias
anunciadas... Falta de vigilância, planejamento, obediência. Você não tem como
evitar as fatalidades, mas pode evitar que sua fé seja abalada, sua casa
caia...sua vida, sua família... não espere a segunda tragédia, arrependa-se
hoje e fique seguro.
Deus te abençoe!
Pastor João
Serafim.
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