segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Mensagem pregada dia 16/02/2020

MENSAGEM:  AS TRAGÉDIAS E SUAS ADVERTÊNCIAS
TEXTO:   LC 13. 1 – 9

INTRODUÇÃO:  A realidade das eminentes tragédias neste mundo instalou-se a partir da introdução do pecado no coração humano.  Posto que a maior tragédia começou com a quebra do relacionamento do homem com o Criador, dando início aos flagelos no cotidiano da primeira família. A bíblia registra o embrolho familiar que tomou proporções abomináveis na vida de Adão, Eva, Caim e Abel, onde o filho, Caim, matou seu irmão por inveja e ódio profundo. Entendemos também como tragédias aqueles fenômenos da natureza como: Vendavais, terremotos, acidentes, epidemias, tempestades e outros... Convido você a pensar conosco sobre as advertências das tragédias.
I – A FRAGILIDADE HUMANA
Diante de fatos tristes da dor e perdas que fogem nosso controle podemos avaliar nossas limitações frente a tais circunstâncias. Não é por um acaso que o escritor sagrado registra que o melhor momento de avaliarmos nossa finitude é no tempo de perda (Ec 7.2). No auge da vida, por via de regra, somos tendenciosos a trocar valores eternos por aquilo que é efêmero. As tragédias geralmente nos deixam sem chão, em frangalhos e tão impotentes, que somos tomados por sentimentos diversos que passamos a enxergar o quanto somos incapazes de resistir pequenas forças. Questões como fatalidade familiar, inundações, diagnóstico com ultimato de vida e outros similares... Podem nos conduz ao caminho da humildade ou ao caminho da revolta. Uma mistura de sentimentos a princípio pode ser normal. Mas, as vítimas das tragédias geralmente fazem opção por um dos caminhos, seja pela humildade ou pela revolta.
O fato é que elas saem do campo da neutralidade. Resumindo: A experiência pessoal após as catástrofes deixam as suas marcas do acatamento da soberania divina ou uma aberta rebelião ao divino.

II - OS QUESTIONAMENTOS
Ninguém que passa ou que assiste uma tragédia de grandes proporções consegue se conter sem ao menos questionar os porquês daquilo. As perguntas podem ser: Por que eu? Por que tinha que acontecer justamente naquele momento? Tantos outros, por que aquele? Será por que não fiz isto ou aquilo outro?  E, se...?  A culpa é de quem?
            Alguns contemporâneos do ministério terreno de Jesus indagaram dele sobre a tragédia provocada por Pilatos onde foram mortos covardemente vários galileus por sua ordem. Na visão dos questionadores, aqueles que foram mortos de maneira trágica, foi por causa do juízo divino sobre eles, devido suas culpas, frente a esta indagação, Jesus os lembra de uma outra tragédia, onde foram dizimada dezoito vidas, a qual Jesus  colocara no mesmo patamar, que por certo os inquiridores os classificariam em maior nível de culpa. Emitir juízo sobre tragédia/acidente, julgo totalmente desproporcional devido à nossa incapacidade de dimensionar o desconhecido. A questão da culpa por negligência humana não deve ser ignorada. Exemplos disto; temos com sobra junto aos gestores tanto públicos quanto privados que visam lucros sem levar em conta os riscos de perdas humanas e materiais. Todavia, a questão do merecimento sobre o sofrimento súbito deve ser analisado pela ótica de Jesus. Considerando o que foi dito pela parábola, que revela que a maior tragédia é passar por essa vida sem produzir nada (fruto), é o que refere o texto em apreço.

III – O PORQUÊ  DA TRAGÉDIA?
Todos nós, sem distinção somos passivos da justiça divina por sermos pecadores. Portanto, se a enchente derrubou a casa e matou pessoas dormindo, se o veículo desgovernado bateu, a barragem da mineradora rompeu, se incêndio alastrou na fábrica com os trabalhadores, se o coronavirus infectou as criancinhas indefesas, se o raio atingiu o passageiro, se o animal ou árvore matou o trabalhador inocente não altera a justiça de Deus, ou seja, todos igualmente necessitam de arrepender-se para alcançar a graça de Deus; assim afirma as Escrituras: “Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos”(Rm 11.32). Não temos a pretensão de responder esta pergunta; “O porquê das tragédias”, mesmo que desejasse, eu não teria capacidade de respondê-la. Porém, uma coisa posso assegurar que as tragédias nos levam a um nível mais elevado de sensibilidade quanto a nossa dependência do próximo. Chorar com os que choram é um dos deveres dos seguidores de Cristo, com isto, concluímos que todas as coisas podem contribuir para nos tornar pessoas mais amáveis e manifestar os ternos afetos do Pai por meios dos gestos de amor servindo aos necessitados.

CONCLUSÃO:  Quando o homem tem suas estruturas abaladas é que ele olha para si e pode ter um retrato real da suas limitações. Infelizmente esta realidade é apenas vista após a tragédia. Faraó resistiu o poder de Deus mesmo diante da tragédia da morte do seu filho primogênito. Assim como Faraó, há pessoas que não se dobra ao Soberano. Nas tragédias precisamos perguntar: O que isto significa? Existem aquelas tragédias anunciadas... Falta de vigilância, planejamento, obediência. Você não tem como evitar as fatalidades, mas pode evitar que sua fé seja abalada, sua casa caia...sua vida, sua família... não espere a segunda tragédia, arrependa-se hoje e fique seguro.
Deus te abençoe!

Pastor João Serafim.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário