terça-feira, 26 de maio de 2020

Mensagem pregada dia 24/05/2020

MENSAGEM: UMA FAMÍLIA DEVASTADA PELA DOR    
TEXTO: LC 7.11 – 17
INTRODUÇÃO: Nossas dores geralmente são oriundas de alguma perda, essas perdas quando acontece afeta nossa estrutura e pode nos deixar sem chão. Quando perdemos o carro para o ladrão, a fábrica para o incêndio, a casa para a enchente, o ente querido para a pandemia do coronavírus ou quando perdemos o parente para uma doença sem diagnóstico como foi o caso da viúva de Naim fatalmente ficamos devastado pela dor. Vamos pensar hoje no drama desta família.
I – DORES VISÍVEIS
Quando nossos dramas tornam-se públicos podemos atrair a atenção até mesmos de desconhecidos, foi o caso desta viúva que houve uma comoção social  a ponto de uma grande multidão da cidade seguir em cortejo fúnebre com muito pranto. Se houvesse certidão de óbito do jovem, certamente constaria morte por causa desconhecida, o texto omite os detalhes do fato. Contudo, podemos até presumir que a morte tenha sido causado pelo mesmo fenômeno que levou a morte o seu pai, entre o campo da especulação e a realidade nos resta uma certeza que não era uma doença infectocontagiosa como o coronavírus que exclui parentes e amigos das ultimas despedidas. Seguia uma grande multidão de perto com choro e lamento. Lamento por saber que aquela pobre viúva perdera seu único filho que lhe poderia assegurar seu meio de sobrevivência e alegria. Dores por via de regras são complexas, considerando que as vítimas continuam sem respostas após seus questionamentos, como: Não bastava perder o cônjuge? Agora também o meu único filho? Acredito que tais situações como estas não amenizar a dor, pelo contrário, pode potencializá-la, ainda mais. Imagina a dor desta mulher.  
II – DORES INVISÍVEIS
Nem sempre nossas dores são percebidas por aqueles que vivem em nossa volta. e também publicitar nossas misérias não são saudáveis. Muitas famílias gritam de dores e não são ouvidos pelos agentes públicos, pelos religiosos e nem mesmos pelos parentes mais próximos. O ruído da dor é enigmático! Quando um sensibiliza move outros. Porém, quando a frieza do esquecimento bate, apenas resta o ruído da dor e abandono. A dor na verdade não é a causa, é apenas o efeito da tragédia funesta. Nos escombros das casas existem escondido muitas mazela histórica que surge de uma reconstrução radical. A pandemia do coronavírus trouxe à baila as vísceras da nossa desigualdade social que foi bem definida pelo Diretor do departamento de análise da organização de médicos sem fronteira; nestas palavras: “A impotência sentida por muitos de nós hoje são todos os medos e preocupação sentida por muitos na sociedade que foram excluídos, negligenciados ou mesmo alvo daqueles em posição de poder”. A nossa Constituição Federal descreve que todos os cidadãos são iguais perante a lei, tendo direito moradia, saúde, segurança, educação... Já o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) preconiza a proteção destes indefesos. Entretanto, quero me reportar à lei áurea daquele que realmente faz justiça ao desvalido: “Pai dos órfãos e juiz da viúvas é Deus em sua santa morada. Deus faz que o solitário more em família”(Sl 68.5,6ª). Nem sempre somos contemplados pelas leis humanas. Mas, aquele que tudo vê nos inclui na sua rede de assistência e supre todas as nossas necessidades. Você pode ser esquecido pelos homens, Deus jamais esquecerá de ti.
III – UMA VIÚVA MARCADA PELA DOR DA MORTE
O episódio narrado envolvendo a viúva de Naim relata um drama familiar comovente. Naquele contexto, uma mulher viúva era muito desprotegida por não ter um sistema previdenciário como existe hoje em nosso país, e se ela não tivesse filho piorava ainda mais a situação. Esta era a condição em que esta mulher encontrava-se após perder seu esposo, agora acabara de perder seu único filho. Duas multidões caminhavam em sentidos opostos; uma que saia da cidade com a morte e outra que entrava na cidade embalada pelo o autor da vida – Jesus. Choro, lamento e perplexidade estava estampado no cortejo da morte até que houve confrontados duas multidões... Neste ínterim, Jesus contempla a dor daquela mãe, e movido de compaixão; lhe disse: “Não chores”(7.13). Talvez em seu íntimo, tenha dito: como não chorar depois de todas estas trágedias? O fato é que Jesus pode transformar aquela situação de choro em brados de vitória, restituindo o filho vivo à sua mãe que não tinha nenhuma perspectiva para o futuro. Coisa gloriosa ocorreu nesta família. Em muitos lares hoje existem dores ocultas e outras visíveis que tem solução através daquele que manifestou para nos dar vida em abundancia. As perdas de bens materiais nos atingem bastante, mas a perda de um ente querido é ainda mais doloroso. Esta mulher pode contar com solidariedade de muitos em sua dor e contou também com a compaixão de Jesus. Vamos pensar na dor destas famílias que não pode despedir dos seus por causa do vírus e o pior que muitos destes não tem esperança de reencontrá-los por não crer na ressurreição. Quão privilegiados são os servos do Senhor que são assistidos por ele (Sl 41.3) na enfermidade e crer na vida após túmulo.
CONCLUSÃO:  Muitas famílias estão sendo devastadas pela dor, seus gritos são ignorados, seus gemidos, são incômodo. Nestas circunstâncias desafio aos sofredores a gritar por Jesus que sempre mostrou sensível às nossas mazelas e se prontifica a nos socorrer. Ele convida: vinde a mim..  Jesus pode transformar sua tristeza em alegria. Viva como membro da família de Cristo. Deus te abençoe. Pastor João Serafim.




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