quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Mensagem pregada dia 11/10/2020

 

MENSAGEM: OS PAIS QUE PERDERAM O FILHO

TEXTO: LC. 2. 41 – 52

 

INTRODUÇÃO:  O episódio que envolveu o sumiço do filho de José e Maria aconteceu dentro de um contexto de uma das festas judaicas que ocorria anualmente. Por ocasião destas festas havia uma obrigatoriedade para o homem comparecer em Jerusalém, enquanto que para a família a participação era voluntária. Foi na festa da Páscoa que os pais perderam a criança. Não deve ter sido fácil para eles, eu já tive esta experiência, perdi meu filho na feira, foram momentos terríveis. Muitos pais hoje em dia, tem perdido seus filhos em situações diversas, como: Festas religiosas, festas mundanas, escola, vícios, relacionamentos virtuais... A pergunta que emerge é: Onde falhamos? O que podemos fazer? Neste universo educacional desconhecido que temos que percorrer; temos apenas a luz das Escrituras. Vamos pensar sobre isto hoje.

I – JOSÉ E MARIA PERDEU O FILHO

Como já afirmamos anteriormente, os judeus tinham três festas anuais, primeira era a festa da Páscoa, segunda a festa das Colheita e a terceira a festa do Pentecoste. O homem judeu tinha a obrigação de comparecer em Jerusalém em ambas as festas. Quanto a sua família era comparecimento voluntário. Por ser um povo festivo, geralmente as famílias montavam caravanas para subirem a Jerusalém para celebrar a Deus. Foi na festa da pascoa que José e Maria foram com a família para celebração e perderam o filho. Na tradição da cultura judaica era de praxe as caravanas de viagem dividirem em blocos de homens e mulheres e as crianças podiam ficar tanto com a mãe quanto com o pai. Veja o que revela o texto; “Pensando, porém, estar ele entre os companheiros de viagem, foram caminho de um dia e, então, passaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos...” (44-45). A mãe esperava que o menino estivesse com o pai, e o pai vice-versa. Apenas na hora de pernoitar que foram conferir e não encontram o filho. Se fizermos uma leitura do texto superficialmente ficaremos com a impressão que José e Maria eram irresponsáveis não cuidando do seu filho direito. Contudo, a situação envolve uma questão cultural onde os grupos eram separados por gêneros. Podemos afirmar que Deus colocou seu filho sob os cuidados de um casal responsável.

II - OS FILHOS SÃO DÁDIVAS DE DEUS

            A bíblia relata que os filhos são herança do Senhor. Os casais geralmente celebram muito a chegado dos filhos, são planos, presentes e mimos... O amor deve ser permeado pelo equilíbrio da sensatez na educação do filho que deixará de ser criança um dia e tornará um adulto. As instruções do doador do presente faz toda diferença para a preservação do mesmo. Veja a orientação divina: “Quem nega castigar o seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo” (Pv 13.24). Uma coisa importante também é saber que o filho foi colocado sob nossos cuidados temporariamente, não é permanente, ou seja, deve prepará-lo para o Senhor. Dentro deste raciocínio que o filho é um presente temporário, logo isso implica que devo cuidar bem dele. Pois, devo devolvê-lo a Deus. Imagina alguém que te entrega algo precioso para você cuidar por determinado tempo, e você ignora todas as instruções daquele que te encarregou da tarefa. Ora, o que pode acontecer? Dar tudo errado. Temos um exemplo bíblico muito pertinente ao que digo: ” Então, Manóa orou ao Senhor e disse: Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem que enviaste venha outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer...” (Jz 13.8-14). Este pai preocupou como ele deveria criar seu filho. Será que temos tidos esta mesma preocupação com os nossos filhos nos dias atuais? Podemos rever nossos conceito e revisar a meta.

III – CONHECENDO NOSSOS FILHOS

Quando aproxima estas datas festivas é natural os pais desejarem presentear seus filhos. Alguns dão presentes, outros programam passeios e outros ficam apenas nas expectativas... Afinal o que seria ideal fazer como cristão junto aos meus filhos? Presentear é uma das formas mais singelas de manifestar carinho. Contudo, nosso grande desafio neste tempo é conhecer o filho e fazer conhecido por ele.  No texto temos o questionamento da mãe: “Filho por que fizeste isto assim conosco? Teu pai e eu, aflitos estamos à sua procura. Ele respondeu. Por me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa do meu Pai? Estes pais não sabiam bem o que passavam com seu filho. Muitos pais não sabem o que passam com seus filhos na igreja, na escola, no trabalho, no casamento, nos relacionamentos. Temos ouvido confissão de pais que ficaram chocado com os filhos usando drogas, envolvimento com coisas erradas. Argumenta-se meu filho estava na igreja! Estava na escola, estava no trabalho. As mídias sociais tem levado famílias inteiras para o abismo. Filhos sem disciplina é tragédia na certa. Não adianta colocar isso na conta de Deus dizendo; Ah, Senhor o que me deste.  Você não cuidou do bem maior que é seu menino...

CONCLUSÃO:  O maior presente que os pais podem dar aos filhos é o caráter. As demais coisas pode ser adquiridas com dinheiro. Ensina seu filho a ser honesto, ensine seu filho honrar a Deus, ensine seu filho o caminho da humildade e ele será um cidadã (o) vencedor e você jamais o perderá de vista. Tudo isso é ensinado com exemplo de vida.

 Deus te abençoe! Pastor João Serafim.    

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário