O QUE JESUS VIU NA IGREJA DE LAODICÉIA?
TEXTO:
AP. 3. 14 – 22
INTRODUÇÃO: Foi no ano
81 da era cristã que o imperador Domiciano assume o domínio de Roma, um homem
tão cruel quanto o imperador Nero, este foi o primeiro imperador a rogar para
si o título de senhor e deus. A partir dele passou-se construir templos em todo
império para que os imperadores fossem adorados como uma divindade, foi esse
imperador Domiciano que deportou João de Éfeso para a ilha de Patmos com a
finalidade de silenciá-lo. Neste período de grande perseguição a igreja, João
foi lançado nesta ilha para calar a sua voz que anunciava o reino de Deus e
denunciava as barbáreis do império romano. No ano 96 da nossa era que João
escreve esta carta ditada por Jesus. No cap. 1.9, revela que o imperador
determinou a prisão de João, mas Jesus estava no controle. A influente igreja
de Laodicéia fazia uma avaliação de si mesma por aquilo que era aparente, com
uma ostentação muito grande. Foi neste tempo de cegueira espiritual que vem
arguição de Jesus sobre aquela comunidade tão amada que estava como embriagado
pelo poder. Hoje vamos pensar no diagnóstico que Jesus fez sobre a igreja de
Laodicéia.
I - A CIDADE DE LAODICÉIA
A cidade de
Laodicéia com suas águas mornas ficava localizada num vale, vale do rio Lico. A
cidade estava entre Hierápolis com águas quentes e do outro lado Colossos águas
geladas. Estas cidades atraiam um fluxo intenso de turistas por ser conhecidas
como fontes de águas terapêuticas. Os laudiceanos eram muito ricos por seu
ouro, prata e suas reservas bancarias; as indústrias principais eram tecidos,
tapetes de lã; possuía também uma faculdade de medicina; eles tinham a matéria
prima que eles utilizavam para a
fabricação
de colírio e por sinal os ladiceanos eram especialistas nesta área. Eles foram
os primeiros especialistas em oftalmologia daquela época. Mas, eles também
tinham uma outra especialização que era a fabricação de roupas, eles tinha uma
espécie de lã preta que era extraída da pele das ovelhas e fabricavam vestes
exuberantes e exportavam para todo o mundo antigo. Laodicéia era um tipo de capital da moda, com
isso os cidadãos enriqueciam cada vez mais e seu orgulho aumentava
proporcionalmente a riqueza. O conteúdo da carta tem tudo a ver com o contexto
da cidade, foi por isso que Jesus usa algumas figuras de linguagem nesta carta
por saber que aquela igreja tinha sido influenciada pela cultura local. Tanto
que era hábito dos hospedeiros oferecer aos visitantes a tomar água direto das
fontes que tinham nas hospedarias e, quando visitante colocava daquela linda
água na boca, vomitava por ser água morna e salgada com gosto horrível de
enxofre. Mas, vamos ao conteúdo da carta.
II
- O QUE JESUS VIU NA IGREJA EM
LAODICÉIA?
Antes de expor o
que Jesus viu nesta igreja, vamos à apresentação dele: “Estas coisas diz o
Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação”. O Amém; este dado nos acrescenta a
ideia de que Jesus é o cumpridor fiel dos propósitos declarados de Deus. o princípio da criação de Deus ;
Exalta a Cristo acima das demais criaturas orgulhosas que se gabam de sua
autossuficiência. Mas, o que Jesus viu nesta igreja? Nos versos 15 e 16 vemos a
censura sobre a igreja devido ao orgulho e autossatisfação com o materialismo
que os levou a um trágico esfriamento de sua comunhão com Cristo. Jesus
identifica a falta de fervor espiritual, mas, primeiro observamos que não havia
denúncia de imoralidade, de heresias e não havia perseguição, ou seja, uma
igreja com uma ortodoxia maravilhosa, ética, rica e seguia em paz. Porém, a
maior censura entre as sete igreja veio justamente para eles. A terrível
condenação que se pronuncia sobre eles deve também nos alertar.
A
igreja brasileira de forma geral vive uma liberdade muito grande. Em nome desta
liberdade assistimos muitas aberrações com o víeis da teologia da prosperidade,
copo d’água ungido, rosa mística, lenços ungidos e muitas outras coisas que
afasta o povo da verdade da Escritura. No outro extremo encontra-se o risco da
ortodoxia fria com sua ética, passividade, morta sem vida, sem entusiasmo e sem
nenhum fervor espiritual.
Onde ninguém se quebranta com choro, ninguém se
arrepende, ninguém evangeliza. Servindo a Deus como se estivesse no piloto automático,
ou seja, mecanicamente. Nós aqui da Batista Renascer precisamos urgentemente
buscar um avivamento. Digo: vida de oração, amor pela palavra e amor pelos
perdidos. Há um grande perigo na vida espiritual quando achamos que tudo está
tudo muito bem. Não podemos conformar com este mundo, mas transformá-lo pela
renovação da nossa mente em Cristo.
III –
QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA O QUE O ESPIRITO DIZ ÀS IGREJAS
Jesus apresenta
o diagnóstico surpreendente para aquela igreja que julgava-se estar muito bem.
Nos versos 17 e 18 afirma: “Pois dizes: Estou rico e abastardo e não preciso de
coisa alguma...” Ao contrário, és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. A
ostentação daquele povo por causa de seu status foi desmascarado frontalmente;
veja bem: as reservas bancarias não era riqueza segura, a ciência deles estava
colocando-os mais cegos e as vestes exuberantes não servia para cobrir a sua
nudez espiritual. Observe bem que aquilo que o homem muitas vezes se apoia como
suporte são estaca quebrada! Quanta segurança que eles tinham pelas reservas
bancarias? Ouro, prata, diplomas e moda refinada. Porém, aos olhos de Jesus não
passava de lixo. No verso 18 Jesus apresenta a fórmula para eles redimirem:
“Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres,
vestiduras brancas para te vestirem, para que não seja manifesta a vergonha da
tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”. A solução para
aquela igreja estava nas mãos de Jesus. Assim também, a solução para a nossa igreja
não é correr atrás da última novidade do mercado gospel, a solução é voltarmos
para Jesus na busca do avivamento. Após Jesus revelar a verdadeira condição de
pobreza daquela igreja, ele apresenta uma solução para situação a partir dos
veros 19, e 20, porque independente da indiferença deles, Jesus continuavam
amando-os. “Eu repreendo e disciplino a quantos amo”. O indescritível amor de Deus, ele encerra
afirmando: vou estar à porta esperando sua decisão de arrepender. Ele continua
esperando por muitos ainda hoje.
CONCLUSÃO: Se as pessoas pudessem compreender o quanto Deus
nos ama, certamente o relacionamento com Ele seria totalmente diferente. Nossas
celebrações seriam vibrantes, nossos cultos seriam de intenso júbilo. A
monotonia no relacionamento que provoca náuseas deixaria de existir para dar
lugar a vida. Hoje podemos mudar comprando dele ouro, colírio e vestiduras
brancas para que tenhamos vida abundante. Saia deste culto com a verdadeira
riqueza que ele te oferece a custo zero....
Deus te abençoe!
Pastor João Serafim