terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Mensagem Pregada dia 17/01/2021

 

O QUE JESUS VIU NA IGREJA DE LAODICÉIA?

TEXTO:  AP. 3. 14 – 22

 

INTRODUÇÃO:  Foi no ano 81 da era cristã que o imperador Domiciano assume o domínio de Roma, um homem tão cruel quanto o imperador Nero, este foi o primeiro imperador a rogar para si o título de senhor e deus. A partir dele passou-se construir templos em todo império para que os imperadores fossem adorados como uma divindade, foi esse imperador Domiciano que deportou João de Éfeso para a ilha de Patmos com a finalidade de silenciá-lo. Neste período de grande perseguição a igreja, João foi lançado nesta ilha para calar a sua voz que anunciava o reino de Deus e denunciava as barbáreis do império romano. No ano 96 da nossa era que João escreve esta carta ditada por Jesus. No cap. 1.9, revela que o imperador determinou a prisão de João, mas Jesus estava no controle. A influente igreja de Laodicéia fazia uma avaliação de si mesma por aquilo que era aparente, com uma ostentação muito grande. Foi neste tempo de cegueira espiritual que vem arguição de Jesus sobre aquela comunidade tão amada que estava como embriagado pelo poder. Hoje vamos pensar no diagnóstico que Jesus fez sobre a igreja de Laodicéia.

I -  A CIDADE DE LAODICÉIA

A cidade de Laodicéia com suas águas mornas ficava localizada num vale, vale do rio Lico. A cidade estava entre Hierápolis com águas quentes e do outro lado Colossos águas geladas. Estas cidades atraiam um fluxo intenso de turistas por ser conhecidas como fontes de águas terapêuticas. Os laudiceanos eram muito ricos por seu ouro, prata e suas reservas bancarias; as indústrias principais eram tecidos, tapetes de lã; possuía também uma faculdade de medicina; eles tinham a matéria prima que eles utilizavam para a

fabricação de colírio e por sinal os ladiceanos eram especialistas nesta área. Eles foram os primeiros especialistas em oftalmologia daquela época. Mas, eles também tinham uma outra especialização que era a fabricação de roupas, eles tinha uma espécie de lã preta que era extraída da pele das ovelhas e fabricavam vestes exuberantes e exportavam para todo o mundo antigo.  Laodicéia era um tipo de capital da moda, com isso os cidadãos enriqueciam cada vez mais e seu orgulho aumentava proporcionalmente a riqueza. O conteúdo da carta tem tudo a ver com o contexto da cidade, foi por isso que Jesus usa algumas figuras de linguagem nesta carta por saber que aquela igreja tinha sido influenciada pela cultura local. Tanto que era hábito dos hospedeiros oferecer aos visitantes a tomar água direto das fontes que tinham nas hospedarias e, quando visitante colocava daquela linda água na boca, vomitava por ser água morna e salgada com gosto horrível de enxofre. Mas, vamos ao conteúdo da carta.

II -  O QUE JESUS VIU NA IGREJA EM LAODICÉIA?

Antes de expor o que Jesus viu nesta igreja, vamos à apresentação dele: “Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação”. O Amém; este dado nos acrescenta a ideia de que Jesus é o cumpridor fiel dos propósitos declarados de Deus. o princípio da criação de Deus ; Exalta a Cristo acima das demais criaturas orgulhosas que se gabam de sua autossuficiência. Mas, o que Jesus viu nesta igreja? Nos versos 15 e 16 vemos a censura sobre a igreja devido ao orgulho e autossatisfação com o materialismo que os levou a um trágico esfriamento de sua comunhão com Cristo. Jesus identifica a falta de fervor espiritual, mas, primeiro observamos que não havia denúncia de imoralidade, de heresias e não havia perseguição, ou seja, uma igreja com uma ortodoxia maravilhosa, ética, rica e seguia em paz. Porém, a maior censura entre as sete igreja veio justamente para eles. A terrível condenação que se pronuncia sobre eles deve também nos alertar.

            A igreja brasileira de forma geral vive uma liberdade muito grande. Em nome desta liberdade assistimos muitas aberrações com o víeis da teologia da prosperidade, copo d’água ungido, rosa mística, lenços ungidos e muitas outras coisas que afasta o povo da verdade da Escritura. No outro extremo encontra-se o risco da ortodoxia fria com sua ética, passividade, morta sem vida, sem entusiasmo e sem nenhum fervor espiritual.

Onde ninguém se quebranta com choro, ninguém se arrepende, ninguém evangeliza. Servindo a Deus como se estivesse no piloto automático, ou seja, mecanicamente. Nós aqui da Batista Renascer precisamos urgentemente buscar um avivamento. Digo: vida de oração, amor pela palavra e amor pelos perdidos. Há um grande perigo na vida espiritual quando achamos que tudo está tudo muito bem. Não podemos conformar com este mundo, mas transformá-lo pela renovação da nossa mente em Cristo.

III – QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA O QUE O ESPIRITO DIZ ÀS IGREJAS

Jesus apresenta o diagnóstico surpreendente para aquela igreja que julgava-se estar muito bem. Nos versos 17 e 18 afirma: “Pois dizes: Estou rico e abastardo e não preciso de coisa alguma...” Ao contrário, és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. A ostentação daquele povo por causa de seu status foi desmascarado frontalmente; veja bem: as reservas bancarias não era riqueza segura, a ciência deles estava colocando-os mais cegos e as vestes exuberantes não servia para cobrir a sua nudez espiritual. Observe bem que aquilo que o homem muitas vezes se apoia como suporte são estaca quebrada! Quanta segurança que eles tinham pelas reservas bancarias? Ouro, prata, diplomas e moda refinada. Porém, aos olhos de Jesus não passava de lixo. No verso 18 Jesus apresenta a fórmula para eles redimirem: “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestirem, para que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”. A solução para aquela igreja estava nas mãos de Jesus. Assim também, a solução para a nossa igreja não é correr atrás da última novidade do mercado gospel, a solução é voltarmos para Jesus na busca do avivamento. Após Jesus revelar a verdadeira condição de pobreza daquela igreja, ele apresenta uma solução para situação a partir dos veros 19, e 20, porque independente da indiferença deles, Jesus continuavam amando-os. “Eu repreendo e disciplino a quantos amo”.  O indescritível amor de Deus, ele encerra afirmando: vou estar à porta esperando sua decisão de arrepender. Ele continua esperando por muitos ainda hoje.

CONCLUSÃO: Se as pessoas pudessem compreender o quanto Deus nos ama, certamente o relacionamento com Ele seria totalmente diferente. Nossas celebrações seriam vibrantes, nossos cultos seriam de intenso júbilo. A monotonia no relacionamento que provoca náuseas deixaria de existir para dar lugar a vida. Hoje podemos mudar comprando dele ouro, colírio e vestiduras brancas para que tenhamos vida abundante. Saia deste culto com a verdadeira riqueza que ele te oferece a custo zero....

Deus te abençoe!

                                                                                                 Pastor João Serafim

Nenhum comentário:

Postar um comentário