segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Mensagem pregada dia 02/10/2022

 

MENSAGEM: O PECADO DA OMISSÃO

TEXTO: JZ 9:7-21

 

INTRODUÇÃO: A frase célebre “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons” do ativista contra a escravatura americana, pastor Martin Luther King continuará atual enquanto as pessoas de bem que se omitem  com seu silêncio em nome do “Não quero me envolver”  e assistem quietos o avanço dos criminosos perpetuando no poder. Seria esta a vontade de Deus para os justos? Se nos omitimos não podemos reclamar.

 

I – ANO ELEITORAL

No Brasil de dois em dois anos temos a árdua missão de escolher nossos representantes no executivo e legislativo. Milhares de cidadã (o)s apresentam-se como candidato (a)os aos cargos eletivos. Entre estes vem uma enxurrada altíssima de candidatos com ficha suja que sequer tem a aprovação da justiça eleitoral. Este tribunal eleitoral possui mecanismo para julgar o candidato criminalmente. Porém, a vida moral e ética cabe a cada cidadão analisar se o candidato que está pleiteando a sua procuração para te representar junto ao poder público faz jus a esta autorização para tomar decisões em seu nome. Para muitas pessoas o exercício da cidadania através do voto não tem valor algum. Por isso os forasteiros e oportunistas políticos só aparecem de dois em dois anos com promessas mirabolantes sem nenhum compromisso de honrar. Diante desta realidade precisamos ser mais seletos em nossas escolhas, sabendo que as decisões dos  representantes governamentais possui implicações de curto, médio e longo prazo. Na omissão desta analise tornamos cúmplices do mal praticado por tais pessoas. A alegação para a omissão de muitas pessoas é que  todos políticos são iguais, isso não é verdade, ainda que seja.

Então! Apresenta-te com seu nome para fazer diferente. Será que em meio a uma infinidade de nomes, não encontramos ao menos um que possa nos representar? Na ilusão de encontrar alguém perfeito, apresenta-te como candidato.

II – O APÓLOGO DE JOTÃO

A narrativa de Jotão visava alertar a comunidade Israelita sobre a opção errada deles em escolher um péssimos gestor em detrimento da omissão deles. Gideão recusou governar sobre Israel por falsa humildade, com isso deixou de preparar seu sucessor. Por conhecer a índole de Abimeleque. Jotão, assim que fora informado da escolha dele para governar, previu a tragédia. O apólogo afirma: Reunida as arvores convidaram para o reinado: Oliveira, figueira e videira, ambas apresentaram suas justificativas sob alegação de seus compromissos pessoais. Posto isso, devemos conscientizar que as implicações sociais como um todo nos afeta. Quando a oferta foi feita ao espinheiro, ele não hesitou em assumir o reinado propondo sombra. Qual é a sombra que podemos esperar do espinheiro? O espinheiro está por todo lado: Na escola, na empresa, no bairro, na igreja. Seria muita ingenuidade nossa, aplicar esta analogia apenas na esfera publica. Onde houver uma vacância na esfera do poder, e se não for ocupado pela oliveira, figueira ou videira (pessoas de bem), com certeza o espinheiro (pessoa maligna) assumirá para dissiminar sua malignidade. O homem de bem que era Jotão figurou nesta história apenas como fugitivo por omissão do seu pai Gideão com sua falsa humildade. Portanto, esteja preparando sucessor, sabendo que os cargos serão ocupados por alguém e a responsabilidade é nossa.

III – AS CONSEQUÊNCIAS DA OMISSÃO

O desfeche desta história e de outras similares foram desastrosas. Abimeleque matou todos seus irmãos com exceção de Jotão. Depois seguiu seu histórico sanguinário matando a todos que o ameaçava no seu sistema de poder. Uma das características peculiar aos ditadores é eliminar seus concorrentes com armadilhas. A governança expressa nas Escrituras sempre será através da liderança e nunca por domínio (Gn 1:26, 1Pe 5.3). As habilidades das lideranças que deve atrair seus liderados. Exemplo: Um bom músico atrai outros, um bom atleta atrai outros, um bom gestor atrai outros... O rei Davi foi um exime guerreiro, por isso atraiu vários soldados valentes para seu exército.

Ele preocupou em preparar seu sucessor Salomão para dar sequência  à sua gestão. Quem são as pessoas que estamos escolhendo para nos representar? Qual é o critério que adotamos para escolher? Seria amizade, a aparência, argumentação? Julgo necessário avaliarmos a capacidade e o comprometimento. Sabemos que muitos possuem capacidade. Porém, o comprometimento é zero e outros possuem comprometimento, no entanto, não possuem capacidade para tal função. Se você for técnico de futebol e escalar o Pelé como centroavante do seu time, fatalmente estará fadado ao fracasso. Não basta querer ou conhecer, é preciso saber executar. Em si tratando do reino de Deus, requer uma análise mais minuciosa. Considerando os aspectos que vai além das habilidades humanas, que são os dons espirituais e vida ilibada.

CONCLUSÃO: A bíblia afirma que toda autoridade procede de Deus, isto porque ele governa através das instâncias de comando por meio de homens. No antigo pacto o rei deveria trazer consigo o livro da lei (Dt 17:14-20) para meditar nele diariamente. Em nosso caso temos a nossa constituição. Será que podemos aplicar estes textos aos nossos governantes? Acredito que sim, principalmente para aqueles que professam seguir a Cristo (Ap 20:4,6) devem deixar a palavra governar sua vida e suas ações.  

Deus te abençoe!

Pr João Serafim     

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