TEXTO:PV 27:7
INTRODUÇÃO:
Podemos afirmar sem medo de errar que nossa geração tem sido a mais agraciada
com as bênçãos espirituais. Temos tido acesso as diversas versões da bíblia,
literatura teológica de alto nível, material de estudo bíblico com conteúdo pedagógico
excelente, seminários com grade curricular abrangente... Contudo, encontramos
um desprezo inexplicável pelo sagrado, mesmo com igrejas cheias, onde
encontramos alternância na participação e frequência irregulares. Apesar do
grande acesso ao conhecimento nos nossos dias observamos essa falta de temor.
I –
BANALIDADE DA VERDADE
Uma
das queixas recorrente dos anciões em nossos dias é a chamada banalização do
precioso. Algo que em gerações passadas foi adquirido a duras penas, hoje com
apenas poucos toques num celular é acessado. Exemplo: baixar um livro através
de um pdf. Esta facilidade sem esforço, leva muitos a relativizar o conteúdo,
porque também os conteúdos nocivos chegam com a mesma facilidade. Em função do
imediatismo imposto pelo sistema tecnológico poucos se dispõe a fazer um exame
minucioso do que de fato possui ou não relevância. A verdade deixou de ser
absoluta e foi cunhada por relativa nesse universo de inversões. Se a geração
contemporânea do ministério terreno de Jesus andava desconectada com a
realidade (Lc 7:32), imagina a nossa que está farta de recursos pisando favo de
mel. Nada em nosso tempo impressiona as pessoas, nada chama atenção, as pessoas
parecem estar dopadas com tantas informações chegando até elas em tempo real
que deixaram de ser seletivas. Um dos dons mais
necessários e urgente para nosso tempo seria o discernimento; discernir o
precioso do vil, o melhor do bom, o útil do agradável, o urgente do emergente e
gerenciar o tempo que não espera por ninguém. A
palavra do Mestre é incisiva: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua
justiça...”(Mt 6:33). Esta busca é necessária. Porém, infelizmente muitos fazem
dela apenas uma opção.
II -
JESUS CONFRONTA OS CUIRIOSOS DA MULTIDÃO – Lc 7:24-35
Por
ocasião da prisão de João Batista, os seus discípulos foram enviados até Jesus
para cerificar-se se realmente ele era o Messias esperado. Diante da indagação,
Jesus responde com a realização alguns milagres, ou seja, contra fatos não há
argumentos. A partir daí, Jesus passa a confrontar
os curiosos da multidão contrastando seu ministério com o de João, perguntando:
“Que saístes a ver no deserto?...”(7:24). Nas pregações de João afluiu grandes
multidões e a veemência com que ele pregava desmontava todos os que buscavam um
conserto. Porém, os curiosos como os fariseus e os interpretes da Lei (7: 30)
recusaram aceitar a mensagem como vinda de Deus. Quantas pessoas hoje em dia
infiltram-se no meio da multidão nos templos apenas para satisfazer suas
curiosidades para saber o estilo do mensageiro, como as pessoas vestem, se
cantam bonito, se existe conforto na igreja, se as pessoas são bacanas. O
conteúdo da mensagem fica em último lugar em seu critério de avaliação. Os
pregadores de todas as gerações enfrentaram isso, mas nunca se viu tanta
indiferença à verdade do evangelho como em nossos dias. Bem disso o apóstolo
Paulo a respeito deste tempo: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã
doutrina; cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que
sentido coceira nos ouvidos”(2 Tm 4:3). O que interessa estas pessoas? Apenas o entretenimento! Saibam
vocês, a vida espiritual é coisa séria, igreja não é parque de diversão. Receba
a palavra de Deus como regra e não como mais uma alternativa.
III
– O QUE VOCÊ ANDA PROCURNDO?
Esta
minha palavra passa longe de um desabafo. Porém, não deixo passar em branco meu
inconformismo com algumas situações vivenciada por mim. A
despeito dos evasivos, fica a justificativa por definição evasiva, ou seja, argumentos
insustentáveis para quem realmente está com sinceridade espiritual. Tais
argumentos como: Meu filho não está gostando, ora, quem define onde filho menor
vai congregar? Outros argumentos como: A igreja está cheia, vazia, não gosto do
louvor. Quando na verdade deveríamos analisar outros critérios para fazer parte
de uma comunidade cristã. Um deles é se aquela instituição está comprometida
com Deus e sua palavra. Quando vejo tais comportamento de pessoas com
anos de caminhada, me entristece muito, saber que a solidez e maturidade
espiritual passa longe. Qual é a última novidade do mundo gospel? Os avanços
tecnológicos são acessórios, mas a comunhão com Deus através da oração e a
aplicação da palavra de Deus continua sendo o essencial. O poder de Deus pode
causar barulho, mas não é barulho que atrai o poder de Deus. O que estamos
buscando? Invencionismo, entretenimento, egolatria, ostentação, competição e
outras coisas mais tem feito parte do apetitoso cardápio dos consumidores
insaciáveis do mundo gospel. Aqui não temos nada mais a lhe oferecer além
daquilo que o Senhor deu – a sua palavra.
CONCLUSÃO: Que
Deus tenha misericórdia de nós, e que possamos nos ater à sua palavra. Quando
Jesus não é suficiente para nós ficamos de um lado para o outro perdido no
próprio caminho. Eu fico com essa palavra do Mestre: “...Quem de mim se
alimenta por mim viverá” (Jo 6:57b). desprezar essa verdade é pisar favo de
mel. Jesus é o bastante para quem quer servir a Deus.
Deus te abençoe!
Pastor João Serafim.
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