MENSAGEM: SAINDO DA ZONA DE CONFORTO
TEXTO. NE 1.1-4
INTRODUÇÃO: É natural o
homem buscar comodidade, obviamente isto determina sua racionalidade em não
expor aos riscos da vida; que, por via de regra propõe a estabilidade, sem a
qual, desarmoniza o presente e implica o futuro, seja por medo ou por
precaução, vive-se a procura de estabilidade no emprego, casamento, igreja e
economia etc. Porém, entre ser acomodado e estável há uma disparidade que não
se pode conciliar (o adjetivo) a palavra progresso que depende de decisões
muitas vezes radicais para alcançar resultados necessários à sobrevivência.
Sair da zona de conforto significa passar por mudanças, e este é nosso desafio para 2017.
I – NO PALÁCIO DA CIDADE DE SUSÃ
Viver no
palácio certamente é o sonho de consumo da maioria das pessoas, e às vezes sem
se quer levar em conta os meios para se chagar lá. Mas, por meios legais
Neemias tornou- se funcionário da
corte, cargo este, cobiçado por muitos.
Sendo ele trabalhador do palácio, sua função era de status (servir ao rei), bom
salário, regalias inerente ao cargo, prestígio. Enfim, tinha de tudo que uma
pessoa necessitava, ou seja, encontrava-se em uma zona de conforto, tudo que um
bom emprego podia oferecer, ele tinha. Foi nesta fase da vida que Neemias
recebe a visita de seu irmão Hanani e outros companheiros, trazendo um
relatório nada animador a cerca dos remanescentes de Jerusalém: “Disseram-me:
Os restantes, que não foram levados para o exilo e se acham lá na província,
estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e
as suas portas, queimadas” (Ne 1.3). Por que uma noticia pode mexer tanto com
uma pessoa e com outras não? As informações abalaram as emoções de Neemias por
algumas razões. Vejamos!
II – LONGE DOS OLHOS E PERTO DO CORAÇÃO
A
sensibilidade funciona como um alarme que nos desperta para a realidade das
coisas. Neemias estava distante, mais estava ligado ao povo pelos sentimentos e
sua espiritualidade, que o define como
um homem que temia a Deus, o que foi determinante para sua tomada de decisão.
Seus olhos não estava vendo o drama dos Israelitas, mais por meio das
informações aos seus ouvidos, pode
colocar seu coração no centro do problema e sentir a dor desconfortante, mesmo
estando ainda no palácio. Houve choro, lamento,
jejum e orações por longos dias. O senso de justiça daquele homem não
permitiu que ele continuasse com as suas regalias enquanto os seus parentes
permaneciam na miséria e, a sua comoção tornou perceptível as pessoas a sua
volta “ O rei me disse: Por que está triste o teu rosto, se não está doente?
Tem que ser tristeza do coração...” (Ne 2.2). Realmente o rei tinha feito uma
leitura correta. O copeiro estava muito triste; não era por falta de pagamento,
por corte dos benefícios ou por doenças, mas algo muito mais forte; o
desconforto do conforto, ou seja, não posso ficar com tanto enquanto os meus
estão morrendo em miséria e desprezo. Isto é ser espiritual!
III – NOSSA ZONA DE CONFORTO
Nossa zona de conforto
pode ser ilustrada muito bem com a
historia da mãe águia que ensina seus filhotes a voar. A águia constrói seu
ninho num alto penhasco e quando seus filhotes atingem a fase de alçar vôos, a
águia empurra seus filhotes para fora do ninho e, quando os mesmo estão quase
aproximando da terra, ela faz um vou rasante e os ampara por debaixo das suas
azas, a cena se repete por algumas vezes até que chega o momento em que ela não
os ampara mais, permitindo que os filhotes voem por si mesmos ou esborrachar
pelo chão. Pelo contrário, se a mãe águia não empurrar filhotes do ninho teria
que levar comida no bico para eles mesmos depois de adultos. Se ouvíssemos os
conselhos de Deus seria infinitamente melhor para todos nós, sem precisar ser empurrados para tomarmos atitudes de
adultos.
Na maioria das vezes esperamos
acontecer alguma tragédia para tomarmos atitudes práticas sobre aquilo que é
nosso dever. Enquanto não formos empurrados tendemos a ficar acomodados.
Como família
preciso sentir co-responsável pelos meus,
como cidadão preciso me mover pelas causas sociais, como igreja preciso
de deixar a posição de crítico e vestir a camisa da instituição. É dever de
quem cuidar dos drogados? Dos marginalizados? Dos devassos? De pregar a
reconciliação com Deus? Será que precisamos esperar acontecer uma desgraça para
tomarmos atitude? Não muito distante de nós igrejas tem sido fechadas, cristãos
perseguidos e mortos e nós permanecemos do nosso conforto insensível ao sofrimento
alheio sempre esperando que Deus mova outros para ir e contribuir. Não podemos
permitir que o conforto no ar condicionado venha nos cegar ou nos ensurdecer
aos gritos daqueles que depende das nossas ações concretas de uma igreja que
imprime os mesmo sentimentos que houve em Cristo, de dar própria vida por nós
(Fl 2.6-10).
CONCLUSÃO: Porque
incomodar com aqueles que estão em miséria? Poderia ter sido a pergunta de
Neemias. Embora ele podendo continuar ali, preferiu deixar aquela zona de
conforto e se expor por amor a Deus aos seus irmãos e reconstruir os muros de
Jerusalém dando segurança a sua parentela. Façamos o mesmo e veremos a gloria
de Deus e dele receberemos
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