segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Mensagem pregada dia 15/01/2017, e que será compartilhada na célula dia 19/01/2017

MENSAGEM: SAINDO DA ZONA DE CONFORTO      
TEXTO. NE 1.1-4

INTRODUÇÃO:      É natural o homem buscar comodidade, obviamente isto determina sua racionalidade em não expor aos riscos da vida; que, por via de regra propõe a estabilidade, sem a qual, desarmoniza o presente e implica o futuro, seja por medo ou por precaução, vive-se a procura de estabilidade no emprego, casamento, igreja e economia etc. Porém, entre ser acomodado e estável há uma disparidade que não se pode conciliar (o adjetivo) a palavra progresso que depende de decisões muitas vezes radicais para alcançar resultados necessários à sobrevivência. Sair da zona de conforto significa passar por mudanças, e este é  nosso desafio para 2017.

I – NO PALÁCIO DA CIDADE DE SUSà
Viver no palácio certamente é o sonho de consumo da maioria das pessoas, e às vezes sem se quer levar em conta os meios para se chagar lá. Mas, por meios legais Neemias  tornou- se funcionário da corte,  cargo este, cobiçado por muitos. Sendo ele trabalhador do palácio, sua função era de status (servir ao rei), bom salário, regalias inerente ao cargo, prestígio. Enfim, tinha de tudo que uma pessoa necessitava, ou seja, encontrava-se em uma zona de conforto, tudo que um bom emprego podia oferecer, ele tinha. Foi nesta fase da vida que Neemias recebe a visita de seu irmão Hanani e outros companheiros, trazendo um relatório nada animador a cerca dos remanescentes de Jerusalém: “Disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o exilo e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas, queimadas” (Ne 1.3). Por que uma noticia pode mexer tanto com uma pessoa e com outras não? As informações abalaram as emoções de Neemias por algumas razões. Vejamos!
II – LONGE DOS OLHOS E PERTO DO CORAÇÃO 
A sensibilidade funciona como um alarme que nos desperta para a realidade das coisas. Neemias estava distante, mais estava ligado ao povo pelos sentimentos e sua espiritualidade,  que o define como um homem que temia a Deus, o que foi determinante para sua tomada de decisão. Seus olhos não estava vendo o drama dos Israelitas, mais por meio das informações aos seus ouvidos,  pode colocar seu coração no centro do problema e sentir a dor desconfortante, mesmo estando ainda no palácio. Houve choro, lamento,  jejum e orações por longos dias. O senso de justiça daquele homem não permitiu que ele continuasse com as suas regalias enquanto os seus parentes permaneciam na miséria e, a sua comoção tornou perceptível as pessoas a sua volta “ O rei me disse: Por que está triste o teu rosto, se não está doente? Tem que ser tristeza do coração...” (Ne 2.2). Realmente o rei tinha feito uma leitura correta. O copeiro estava muito triste; não era por falta de pagamento, por corte dos benefícios ou por doenças, mas algo muito mais forte; o desconforto do conforto, ou seja, não posso ficar com tanto enquanto os meus estão morrendo em miséria e desprezo. Isto é ser espiritual!      

III – NOSSA ZONA DE CONFORTO

Nossa zona de conforto pode ser ilustrada muito bem  com a historia da mãe águia que ensina seus filhotes a voar. A águia constrói seu ninho num alto penhasco e quando seus filhotes atingem a fase de alçar vôos, a águia empurra seus filhotes para fora do ninho e, quando os mesmo estão quase aproximando da terra, ela faz um vou rasante e os ampara por debaixo das suas azas, a cena se repete por algumas vezes até que chega o momento em que ela não os ampara mais, permitindo que os filhotes voem por si mesmos ou esborrachar pelo chão. Pelo contrário, se a mãe águia não empurrar filhotes do ninho teria que levar comida no bico para eles mesmos depois de adultos. Se ouvíssemos os conselhos de Deus seria infinitamente melhor para todos nós, sem precisar  ser empurrados para tomarmos atitudes de adultos.
Na maioria das vezes esperamos acontecer alguma tragédia para tomarmos atitudes práticas sobre aquilo que é nosso dever. Enquanto não formos empurrados tendemos a ficar acomodados.
Como família preciso sentir co-responsável pelos meus,  como cidadão preciso me mover pelas causas sociais, como igreja preciso de deixar a posição de crítico e vestir a camisa da instituição. É dever de quem cuidar dos drogados? Dos marginalizados? Dos devassos? De pregar a reconciliação com Deus? Será que precisamos esperar acontecer uma desgraça para tomarmos atitude? Não muito distante de nós igrejas tem sido fechadas, cristãos perseguidos e mortos e nós permanecemos do nosso conforto insensível ao sofrimento alheio sempre esperando que Deus mova outros para ir e contribuir. Não podemos permitir que o conforto no ar condicionado venha nos cegar ou nos ensurdecer aos gritos daqueles que depende das nossas ações concretas de uma igreja que imprime os mesmo sentimentos que houve em Cristo, de dar própria vida por nós (Fl 2.6-10).


CONCLUSÃO: Porque incomodar com aqueles que estão em miséria? Poderia ter sido a pergunta de Neemias. Embora ele podendo continuar ali, preferiu deixar aquela zona de conforto e se expor por amor a Deus aos seus irmãos e reconstruir os muros de Jerusalém dando segurança a sua parentela. Façamos o mesmo e veremos a gloria de Deus e dele receberemos

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