terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Mensagem Pregada dia 21/02/2021

 

MENSAGEM: O VALOR DO REINO DO CÉU

TEXTO:  MT 13: 44 – 46

 

INTRODUÇÃO: O valor do reino dos céus é incomensurável. Posto que, aquilo que é espiritual não se adquire com valores monetários. Contudo, no texto em apreço, Jesus vislumbra a grandiosidade da aquisição da vida eterna comparando-o a um tesouro de grande valor, onde se emprega tudo que possui para tê-lo. A questão aqui está relacionada ao desprender de tudo por um bem maior que é a vida celestial. Vamos pensar sobre este reino.

I – TESOUROS DA VIDA

O Senhor Jesus disso que todos nós colocamos nosso coração em nosso tesouro, “Porque, onde está seu o teu tesouro, ai está também o teu coração”(Mt 6.21). Este texto mostra claramente que possuímos nossos tesouros, ou seja, aquilo que valorizamos acima de todas as coisas, torna-se nosso tesouro, nosso Deus. Para alguns, seu maior tesouro é sua carreira profissional, para outros é a família, para outros é um bem material. Já ouvi a história de um andarilho que se dispôs a matar quando sentiu ameaça de tirar-lhe o saco de bugiganga que carregava, incrível; mas, este era seu tesouro. Aqueles que vivem em torno de coisas, se fecha para realidade de bens maiores. Até mesmo a religião tem tornado o tesouro de muitos. Isto pode acontecer quando dogmatismo religioso coloca uma viseira no fiel que o leva a insensibilidade de pôr o dogma acima do amor. A autovalorização de coisas e filosofias nos engessa em paradigmas impeditivos de ver os tesouros que Deus tem para seus filhos. Todos nós nos dispomos a investir naquilo que acreditamos.

De certa forma sempre estamos investindo... Pode ser que você invista quantias irrisórias na obra de Deus...Mas investe grande soma de dinheiro no clube, no cachorro de raça, no carro, na casa, família etc. Estou te afirmando que hoje você está investindo suas energias, tempo e recursos naquilo que tem sido seu tesouro. Pode ser que ao sair daqui hoje, vai repensar sobre o que tem sido seu tesouro.

II – A LEI DA PROCURA E OFERTA                                 

No mercado de livre comércio, vale a lei da oferta e procura, ou seja, quanto mais produto disponível, menos valor. Quanto menos produto, mais valor. Na narrativa das parábolas, Jesus passa a impressão que tanto o trabalhador como o comerciante estava seguindo o curso da vida em suas atividades normal. Porém, de maneira atenta. Ao encontrar algo de grande valor, discretamente desfaz daquilo que é trivial para adquirir o essencial. Nesta primeira parábola, parece que o cidadão  estava trabalhando no campo, quem sabe lavrando a terra, e depara com o tesouro e vê a possibilidade de mudar sua vida definitivamente adquirindo a propriedade. Aqueles que acham o reino celestial serão provavelmente taxados de loucos pelos ignorantes. A alegria da aquisição não é compartilhada por todos. Você pode imaginar alguém vendendo tudo para comprar uma propriedade que do ponto de vista dos investidores não tem valor? Pois bem, há uma infinidade de pessoas que galgavam posições de destaque em seguimentos religiosos, que após descobrir a verdade em Cristo, deixou tudo para filia-se a comunidade cristã com estrutura infinitamente inferior. Muitos destes se expõe a críticas de parentes, vizinhos e conhecidos. Mas, absolutamente nada pode detê-lo em suas convicções, nem ameaças, nem o ridículo, nem insulto; porque ele viu o tesouro oculto e sabe do seu valor. Por isso ninguém pode parar a obra de Deus, porque quem descobre, sabe que mesmo dando tudo ainda é pouco pelo seu valor. Investir no reino de Deus está relacionado ao discernimento.

III – A VIDA ETERNA

Quando Jesus se manifestou aos homens como o Messias enviado por Deus para salvar  a humanidade a sua mensagem foi incisiva: “É chegado o reino dos céus”. Muitos dos contemporâneos do ministério terreno de Jesus tiveram uma compreensão equivocada da missão do Salvador, isto inclui até mesmo os apóstolos que até depois da ressurreição estava preocupados com a restauração do reino de Israel. Hoje muitos também tem confundido o reino do céu com o reino da terra, encontramos um grande número de pessoas preocupadas em construir impérios aqui por meio de catedrais. A revelação daquilo que permanece daquilo que perece faz toda diferença. Entre os discípulos houve reivindicação dos primeiros lugares, quem era maior no reino dos céus e pedindo permissão para queimar os samaritanos, tudo por falta de compreensão de que reino eles pertenciam. Se realmente pertencemos ao reino de Cristo nada terá mais valor para nós do que a vontade de Deus. O apego as coisas e filosofias também nos revela quão cego estamos a respeito daquilo que é de maior valor para a vida. Disputa de posições, ostentações, busca de reconhecimento revela a distância que estamos do reino dos céus. Contudo, quando descobrimos o verdadeiro sentido da vida com Deus vamos fazer de tudo para não desviar dele. Tudo que possuímos não se compara com a glória de ter Cristo no coração.

 

CONCLUSÃO: Sempre é tempo de avaliar nossas ações, no curso da vida, ao descobrir que de tudo que se pode achar de mais importante e valor aqui na terra é conhecer a Cristo e temer a Deus, devemos investir toda a nossa força, entendimento, alma e coração para nunca mais abandonar. Nele temos riqueza, força e vida em abundância. A Ele toda honra e louvor para sempre.

 Deus abençoe! Pastor João Serafim

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Mensagem Pregada no aniversário da Igreja em Igarapé no dia 31/01/2021

 

MENSAGEM:  ONDE ESTÁ O MEU PRÓXIMO?

TEXTO: LC.10: 25 – 37

INTRODUÇÃO: Existe uma distância considerável entre a teoria e a prática. Como cristãos devemos levar a sério os mandamentos de Deus. A igreja do Senhor por meio das Escrituras Sagradas tem acesso à vontade plena de Deus para realizar a sua obra aqui nesta terra. Quanto maior for o conhecimento, aumenta o grau de responsabilidade. O texto em pauta desmistifica de forma contundente o dilema entre a teoria e a prática frente a um interprete da lei cheio de filosofias. Para o Mestre Jesus, não basta saber a formula correta, mas também executar, e isto se aplica em todas as gerações, ou seja, diz respeito a nós seguidores de Cristo do século XXI.

I – ARGUMENTOS PARA JUSTIFICAR-SE

Sobre este texto em exposição certamente você já tenha ouvido inúmeras mensagens, entretanto, convido você atentar para algumas lições que julgo ser preciosas para todos nós neste tempo. O questionamento do interprete da lei era pertinente: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”(v 25). Obviamente o inquiridor estava cônscio das tratativas de Jesus. Mas, qual era a intenção daquela pergunta tão importante? O que estava escondido por detrás daquela bem elaborada pergunta? A bíblia responde o intento do doutor da lei (v 29). Era usual por parte dos rabinos responder as perguntas com outra pergunta. Tanto que, Jesus apenas responde diretamente umas três perguntas dirigidas a ele. Apesar da preciosidade da pergunta, neste episódio a intenção do doutor era colocar Jesus numa sinuca de bico, ou seja, num impasse diante das pessoas. Este cidadão certamente era um importante doutor interprete das Escrituras, com a réplica de Jesus e sua trepica fica evidenciado que sua dúvida não era real, pura camuflagem para eximir de suas obrigações. A teoria estava na ponta da língua. Jesus foi incisivo: “Faz isso e viverás” (v 28). Depois de ser apanhado em sua omissão o doutor tenta esquivar novamente apresentando dificuldade em identificar corretamente quem era seu próximo. Em virtude destas desculpas esfarrapadas do doutor, Jesus narra a parábola para ele dar o veredito incriminatório. Esta lição serve para nós para evitarmos esconder atrás das máscaras no cumprimento do nosso dever cristão.

II – ONDE ESTÁ MEU PRÓXIMO?

A história que Jesus contou para aquele doutor mostra quatro personagens: O viajante que foi assaltado, o sacerdote, o levita e o samaritano. O samaritano tão discriminado pelos judeus foi quem socorreu o peregrino, vítima do assalto, em contrapartida os religiosos desampararam o próprio irmão. Talvez estes tinham algum compromissos inadiável! Em muitas situações; explica-se, mas não justifica-se. Exemplos clássicos do explicando o inexplicável: Como pode um cristão gastar horrores em ração para cães, gato, pássaros e negar o segundo prato de comida para o mendigo? A pergunta ecoa com grande alarido, feito um potente megafone; onde está o meu próximo. Ora, o meu próximo está na minha rua, nas vilas, nos pontos de ônibus, orfanatos, asilos, hospitais etc. Estamos tapando os ouvidos e escondendo para não ouvir o gemido e pedido de socorro dos necessitados. Temos os mandamentos na ponta da língua, entretanto, no tocante a pratica estamos a distância a sumir de vista. Qual foi a atitude do Samaritano? “...Passou-lhe perto e, vendo-o campadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimento, aplicando-lhe óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levando-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: cuida deste homem e, alguma coisa gastares a mais, eu te indenizarei quando voltar” (v 33-35). Este samaritano internou seu próximo e interessou pele desfeche da história. A política de colocar o viciado, o desvalido, o necessitado bem longe não funciona. A igreja tem ignorado o segundo mandamento, apenas obedece quando lhe parece conveniente. Vejo esta situação com muita inquietação no espirito, porque Jesus foi incisivo em seu sermão: “Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes”(Mt.5:42). Este é o mandamento do qual não temos como esquiva-se dele. Que Deus tenha misericórdia de nós como igreja.

III – NOSSAS DESCULPAS

Existe uma máxima popular que diz: “Quem quer; faz, quem não quer: apresenta desculpas”. Para eximir dos nossos deveres, por vezes queremos lavar as mãos nas águas da inocência. Falamos que não estamos em condição de ajudar por falta de: Recurso financeiro, tempo, a vítima é ingrata, não merece, não valoriza, é reincidente, não somos salvos por obras, vai desperdiçar, não tenho aptidão para generosidade e desculpas semelhantes. Qual é o critério a ser avaliado?  O critério básico para atender alguém é único, é se realmente a pessoa necessita. Porque se você for procurar pessoa politicamente correta para ajudar, nunca encontrará, porque estas pessoas já possuem assistência de suas famílias e dos governantes e quando surge algum revés, possuem reservas. Porém, as pessoas ignoradas pela família e sociedade que a igreja precisa acolher. Não podemos despedir o nu sem roupa se temos como cobrir a sua nudez. Não podemos despedir vazio o faminto se temos em nossa dispensa o pão, não podemos falar ao Próximo:  volte amanhã se temos como socorrê-lo no momento. Quem ama não adia o problema que está diante de si. Deixar de fazer o bem quando podemos é pecado de omissão (Tg 4.17). Este contraste entre a teoria e prática precisa zerar. Uma fé que ignora a dor alheia é inútil.

CONCLUSÃO: O doutor da lei era um expert nas teorias da lei mosaica, mas na pratica deixava muito a desejar. O mesmo pode ocorrer conosco que pertencemos a uma igreja de doutrina ortodoxia, reconhecendo os fundamentos da fé cristã como tal. Entretanto, sendo engessados pelas do amarras dogmatismo que para atender um faminto tem reunir semanas inteiras com os oficiais da igreja, conselhos para definir se convém ou não destinar uma cesta básica a uma família que está precisando do alimento para ontem. O sacerdote e o levita possuía todo um cerimonial, mas, uma vítima como desta história não pode esperar. Oremos para que nossos olhos vejam as necessidades e as suprimos com amor sem questionar.

Pr. João Serafim

Mensagem Pregada no aniversário da Igreja em Igarapé 30/01/2021

 

 MENSAGEM: EMBAIXADORES DO REINO DO CÉUS -

2COR 5: 18 – 6.3

 

INTRODUÇÃO: O embaixador exerce uma função muito importante na representação dos interesses de sua nação. O escritor sagrado nos classifica como tais, representante de um reino celestial que possui sua constituição própria que é Sagradas Escrituras e nela que encontramos os fundamentos da nossa verdadeira identidade. A igreja funciona como embaixada em um país estranho com costumes e práticas diferentes a do reino do céu, Ela tem o dever de instruir seus súditos os valores do reino celestial que não pode ser negociados. Vamos pensar hoje sobre a relevância desta missão.

I – REPRESENTANTE

Para compreendermos melhor o termo representante quero trazer um exemplo comum que acontece no meio comercial, onde existem vendedores e representantes. Enquanto o primeiro é um funcionário que vende, o segundo é um autônomo que acumula ainda atuações como de criar e cultivar um relacionamento com o cliente e dar-lhe suporte após a venda. Ele apenas consegue bom êxito se conquistar a confiança do cliente e acreditar no produto ou serviços comercializados. Já os governantes, o presidente, por exemplo pode enviar alguém para ir em algum lugar com um promissor de representá-lo (ou embaixador), este representante tem o dever de cumprir os planos daquele por quem foi enviado, tomando cuidado para não envergonhá-lo. Alguns exemplos bíblicos nos traz luz sobre esta função, havia um confronto entre o reino de Judá e o reino da Assíria. Vejam as palavras do embaixador do rei da Assíria: “Rabsaqué lhes disse: dizei a Ezequias: Assim diz o sumo rei, o rei da Assíria: Que confiança é essa em que te estribas? (Is. 36.4). Vejam agora as palavras do embaixador do reino celestial: “Isaías lhes disse: Dizei isto a vosso senhor: Assim diz o Senhor: Não temas por causas da palavras que ouvistes, com as quais os servos do rei da Assíria blasfemaram contra mim. Eis que porei nele um espírito, e ele, ao ouvir certo rumor, voltará para sua terra; e nela eu o farei cair morto à espada” (Is. 37: 6-7). Rabsaqué embaixador do reino da Assíria e no reino de Judá tinha como embaixadores: Eliaquim, Sebna e Joá (36.11) e da parte do Reino celestial o profeta Isaías, ambos desempenharam com dedicação. Já como cristãos a responsabilidade é ainda maior.

II – REPRESENTAR JESUS

Representar Jesus não é uma missão de um grupo seleto como teólogo, missionários e pastores. Todos aqueles que creem nele são chamados para imitar seu exemplo e transmitir sua mensagem como embaixadores do reino. O texto que usamos como base da meditação fala da anistia (perdão) dos pecados cometidos, assim descrito: “A saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não imputando aos homens a suas transgressões e nos confiou a palavra da reconciliação”(v 19). Esta é a mensagem mais poderosa, cujo o teor é perdão, da qual, nunca devemos envergonhar, porque é o poder de Deus para todo o que crê, sem acepção de pessoas. Como fieis representantes do reino dos céus, é requerido de cada um total abnegação como foi com o apóstolo Paulo, como recomendado na sequência do texto:Pelo contrário, como servos de Deus, recomendamo-nos de todas as formas: em muita perseverança; em sofrimentos, privações e tristezas; em açoites, prisões e tumultos; em trabalhos árduos, noites sem dormir e jejuns; em pureza, conhecimento, paciência e bondade; no Espírito Santo e no amor sincero na palavra da verdade e no poder de Deus; com as armas da justiça, quer de ataque, quer de defesa; por honra e por desonra; por difamação e por boa fama; tidos por enganadores, sendo verdadeiros; como desconhecidos, apesar de bem conhecidos; como morrendo, mas eis que vivemos; espancados, mas não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Cor 6.4-10). Um embaixador não pode amoldar sua vida a cultura do reino local, é necessário ter a visão do céu como Daniel e seus companheiros que serviram na corte da Babilônia. O evangelho se prega com dois nomes, saber: O nome de Jesus e o nosso nome; isto é: Através de uma vivencia espiritual saudável é possível conseguir uma boa  credibilidade junto àqueles que desejamos compartilhar do nome de Jesus, que veio aqui para oferecer ao pecador: Perdão, reconciliação e herança dada aos que creêm em seu nome.

III – A IGREJA LOCAL  (EF. 4: 11 – 16

A igreja do Senhor funciona como laboratório de experiências no exercício dos dons e talentos. Talvez a igreja seja uma das instituições mais mal compreendido entre todas. Esta má compreensão de algo compromete nossas ações. Porque se meu entendimento for errado, fatalmente minhas ações serão erradas. Vamos ao texto, Deus chama alguns com funções especificas para capacitar a outros para o bom desempenho da sua obra. Dentro desta visão é importante que se diga que não existe supremacia, ou seja, um melhor do que o outro. A nossa união tem como base uma causa comum, que é de edificarmos mutuamente e exaltar o nome de Deus. Jesus afirmou: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes” (lc.5:31). A igreja existe para atender os necessitados, feridos, machucados, perdidos, rejeitados, ou seja, igreja é um hospital espiritual. Assim como fazemos a distinção dos profissionais de saúde com os pacientes, devemos distinguir os embaixadores daqueles que estão em fase conhecimento da cultura do reino celestial. Muitos que estão buscando vencer os velhos hábitos como: vício das drogas, bebida, pornografia, destemperança, negocio sujo etc. quando tem uma recaída os puritanos caiem em cima pixando de hipócrita, diz não suporta hipocrisia, não suporta isso e aquilo outro. Pense bem, se uma pessoa frequentando um ambiente onde está recebendo tratamento e ela for excluída, qual é a chance dela se libertar? Eu, não sei, mas acredito que a chance diminui de forma exponencial. Contudo, não estamos fazendo apologia ao pecado, ao contrário, apontamos para antídoto que é a palavra. O que expomos aqui é que não devemos ter uma expectativa de toda igreja totalmente sarada, na verdade ela está no processo de santificação. Seria uma equívoco achar que todos embaixadores já estivessem treinados para representar o reino.

CONCLUSÃO: Nenhum profissional de saúde presta atendimento da noite para o dia, ele é submetido a uma serie de disciplinas teóricas e práticas, assim ocorre nas demais áreas da vida. Na igreja não foge à regra. Igreja é lugar de aprender amar e ser amado, ser paciente, compreensível, cooperação e comunhão. Não confunda igreja com tribunal de execução. Aquele que julga estar em condição de arguir, deve fazer com amor e se possível sem palavra, ensinando com exemplo prático de amor.

 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Mensagem pregada dia 07/01/2021

 

MENSAGEM: VIVENDO EM VIGILÂNCIA

TEXTO :LC 12: 42 – 48

INTRODUÇÃO: Estamos vivendo a era da relativivação de tudo, ninguém assusta com mais nada, ninguém teme coisa alguma em nossos dias. Nesta era dos destemidos observamos também: o desrespeito, desonhonra, quebra de contrato e quebra de princípios. A vigilância expressa na bíblia está atrelado a crença da penalidade, ao contrário, no mundo da descrença tudo é relativo e, se não há riscos, então não faz nenhum sentido as advertências. No texto exposto temos a conjectura daqueles que desdenham os implacáveis juízos divinos no retorno do Filho de Deus. A palavra de ordem é: “Cingidos esteja o vosso corpo, e acesa, as vossas candeias” (Lc 12:35). Jesus voltará, vamos ao assunto... 

I – A PRESSÃO MUNDANA

Jesus narra esta parábola acima, após exortar seus discípulos quanto o perigo de viver apegado as coisas terrenas. A preocupação demasiada pela comida, bebida e vestimenta, que são as três áreas básicas da vida foi salientado para que os seus seguidores não perdesse o foco daquilo que é essencial. Em nossos dias as preocupações são outras, ninguém preocupa com comida, bebida e vestimenta, porque há inúmeras redes de assistências como: ONGs, governos, igrejas, direitos humanos etc... A preocupação está no carro, na assinatura da internet, tv, celular da última geração. Quanto ao nome sujo? poucos importam! O que mais interessa? O que mais interessa é não ficar para trás. Já para aquele tempo Jesus advertiu: “Portanto, a vida é mais do que alimento, e o corpo, mais que as vestes” (Lc 12:23). Porque será que as pessoas preferem abrir mão de comprar alimento, roupas, material básico de higiene para manter um plano de internet? Primeiro vem a ostentação e depois o vício. Nos anos setenta e oitenta os crentes foram bombardeados com mensagens de advertência contra a tv. Hoje o que tem de pessoas afastando do evangelho por causa da internet fica difícil de dimensionar. Os chamados relacionamentos virtuais tem destruído muitos casamentos e consequentemente as famílias em geral. E outra, as pessoas que estão perdendo o foco, não são apenas jovens, mais de todas as faixa etárias que estão descobrindo a internet e ficam encantadas como se tudo que posta lá fosse realidade... É impressionante o número de pessoas que tem desviado do evangelho por causa da internet.

II – VIGILÂNCIA É A PALAVRA DE ORDEM

A bíblia nos adverte que quem se faz amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus e quem ama o mundo o amor do Pai não está nele. A presunção de estar imune contra o pecado tem derrubado muitos. A falsa ilusão de que é forte o suficiente para brincar com o pecado e passar ileso tem levado a queda destes imprudentes. Precisamos estar atentos. Na narrativa bíblica temos o apelo para o bom senso em observar a ordem de vigilância. Entretanto, o orgulhoso presume: “O meu senhor vai demorar voltar”. Posso ficar tranquilo, posso viver do meu jeito. A vida do imprudente é voltada para si mesmo e sem limites: imoralidades, bebedeiras, glutonarias, indecências, brigas e ciúmes é a seu estilo. Por via de regra, sente-se todo poderoso, maltrata as pessoas e apossam daquilo que é de outrem. Tudo porque na cabeça de tais pessoas não haverá prestação de contas. A bíblia indaga: “Tomará alguém fogo no seu seio, sem que as suas vestes se incendeiem? (Pv 6.27). Como pode alguém achar que vai envolver com o mal feito e passar impune? A própria vida nos ensina que a imprudência é prejudicial. Quanto ao reino do céus o pecado traz miséria. “Aquele que encobre a suas transgressões nunca prosperará, mas aquele que as confessa e deixa alcançará misericórdia (Pv 28.13).          

III – RESPONSABILIDADE (LC 12: 47-48)

A penalidade é proporcional ao grau de conhecimento. Mas, ilude aqueles que usam a ignorância como escudo, até porque a bíblia mostra que todos possuem um certo grau de conhecimento: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se conhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis” (Rm 1:20). Com isso, todos somos responsabilizados por nossos atos. “Aquele que conhece a vontade do seu senhor e não se aprontou e nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites”. Como já dissemos, todos possuem conhecimento de Deus, todos sabem que precisam viver em obediência fazendo a vontade de Deus para não ser surpreendidos. Agora, por que muitos vivem numa vida de relapso, como se a bíblia fosse uma piada para intimidar as pessoas fracas? Devemos considerar que as demais escrituras acerca de Cristo já se cumpriram. E, por que as previsões futuras irão cair no esquecimento? De forma alguma vão falhar. Jesus afirmou categoricamente que nem til de toda a lei de Deus deixará de cumprir. “Passará o céu e terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mt 24:35). Estejamos atentos porque suas palavras são fieis e verdadeiras.

IV – JESUS ESTÁ VOLTANDO

“Jesus está voltando”. Esta é uma frase recorrente em nosso meio. Advertidos pelos arautos do Senhor, mesmo assim muitos não vigiam com uma vida devotada como requer o aviso. Nosso comportamento deve ser como de um vigilante que posta atentamente diante de um bem de muito valor. Existe algo mais precioso que a própria vida? Este bem é nossa vida que pode ser salva ou perdida por falta de atenção. Por isso que Jesus comparou a sua volta como a chegada de um ladrão que surpreende o pai de família no momento que está dormindo. Muitas coisas surgem para roubar nossa atenção. Surge doença, problema financeiro, dissenções, entretenimento, decepção familiar, decepção com liderança, enfim, uma série de fatores que vem como uma avalanche para tirar você do proposito. Jesus questionou; “Será que quando o filho do homem voltar encontrará fé na terra? Você é responsável por proteger sua fé. Quem brinca com o perigo acaba se ferindo. Portanto, vigie meu irmão, porque Jesus está voltando.

CONCLUSÃO: O povo está perdendo a fé em Deus, nas instituições, nos líderes. Em virtude da internet ser um mundo sem lei onde se deprecia de tudo que é de valor em nome da verdade coloca tudo e todos num mesmo pacote. De passos largos muitos tem caminhado para o abismo, alguns inconscientes e outros nem tanto, achando que flertar com o pecado não tem problema. Acreditam que quando quiserem podem sair ou quando Jesus estiver voltando terá a segunda chance. Terá mesmo a segunda chance? Pagar para ver, pode ser tarde.  Deus te abençoe. Pastor João Serafim.

 

 

Mensagem pregada dia 24/01/2021

 

MENSAGEM:  A PORTA DA REVELAÇÃO         AP. 4: 1 -11

 

INTRODUÇÃO: A partir da acirrada perseguição à igreja por parte do império romano, os cristãos também receberam uma abundante graça de Cristo sobre eles. Este período das revelações apocalípticas marca bem este período numa demonstração clara que o Deus o todo Poderoso sempre estivera no controle de todas as coisas, e jamais desamparou os seus. Neste capítulo 4 registra-se que uma porta fora aberta para o discernimento do presente e apontar luz sobre a consumação de todas as coisas futuras. As revelações ocorreram quando o apóstolo encontrava-se aprisionado na ilha penal chamada Patmos, local utilizado pelo tirano imperador Domiciano para martirizar suas vítimas. Portanto, é válido lembrar que João não estava numa colônia de férias, ao contrário, encontrava-se no corredor da morte por causa do evangelho. Vamos pensar nas revelações a partir da abertura da porta celestial.

 

I – PRIVISÕES FUTURAS

Segundo os historiadores e futuristas o mundo irá de mal a pior, e as previsões são catastróficas porque eles analisam o mundo sob a perspectiva da história cíclica, ou seja, o que é hoje, é o mesmo que foi ontem, e o que é hoje, vai se repetir no amanhã. Entretanto para a igreja haverá um desfeche triunfante para aqueles que crê no Cristo enviado de Deus. O mundo está mergulhado no caos através do ódio, guerras, conflitos, enquanto a terra está cambaleando, bêbada de sangue, devemos sempre lembrar daquele que está assentado no alto e sublime trono (Is. 6.1). Ele é quem governa o universo. No meio das provas e tribulações, a igreja deve fixar o olhar naquele que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. O conhecimento do futuro vem a partir desta porta aberta no céu. O conhecimento do futuro estará encoberto aos mágicos, aos astrólogos e aos futuristas, porque só Deus conhece o futuro. Portanto, não são os profetas humanos, astrólogos, mágicos que descortinará os mistérios futuros que irá acontecer com a humanidade. Por isso que a revelação a partir deste capitulo inclui a destruição do poder do mal, Satanás e da morte. Mas, antes de serem destruídas, estas forças más se empenhará num esforço desesperado para frustrar os planos de Deus. Essa é a grande tensão entre o reino de Deus e de Satanás. João vê o futuro a partir do céu e nos convida também ver pelas lentes de Deus.  Vamos ao conteúdo do texto.

II – UMA PORTA ABERTA NO CÉU

João foi arrebatado em espirito até o céu para ver o que haveria de acontecer: “Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas” (v 1). Esta foi a segunda vez que João foi arrebatado. No capítulo 1.10 registra sua visão das coisas da terra, já agora ele passa ver de cima para baixo. Por que será que João estava em espirito? Porque carne e sangue não herda o reino de Deus.  O apostolo vislumbra o trono, mas, aquele que estava assentado não foi contemplado plenamente, mas, apenas os aspectos de sua gloria, porque nenhum mortal jamais viu a Deus. Na verdade João não viu pedra, ele viu algo semelhante as pedras jaspe e sardônico e um mar de vidro que simboliza transparência na realeza do grande Rei. Entretanto, estes aspectos do trono de justiça difere em muito aos dos governantes humanos, que sempre camufla seus projetos e intentos, ora engavetando, ora escondendo como debaixo do tapete. Foi visto também o arco-íris e ouvido relâmpagos. Estes elementos apontam para um trono de juízo e misericórdia, ou seja, nesta revelação observamos que o arco-íris que simboliza aliança vem antes das tempestades dos implacáveis juízos simbolizados pelos relâmpagos. Deus antes do julgamento nos dará oportunidade de reconhecê-lo.  Verdadeiramente é impressionante o que se revela a partir deste grande trono. O mundo vive de tragédia em tragédia. Mas, os que esperam no Senhor sabem que aquele que está no trono haverá de julgar com justa justiça para premiar os justos e destinar os inimigos ao lugar deles junto daquele que tiveram como pai, a saber: O diabo. Esta segurança é proveniente do sacrifício do Filho de Deus que promete honrar aqueles que o honram aqui na terra.

 

III -  O QUE FAZER DIANTE DO TRONO?

Diante do majestoso trono, não restou outra alternativa aos seres viventes a não ser adorar aquele que é Santo. Os quatros seres viventes que representam para muitos estudiosos os quatro evangelhos proclamam noite e dia louvores ao bendito Deus. Os vinte e quatro anciões representando as duas dispensações: Lei e graça, não só prostram diante do Poderoso, mas depositaram suas coroas diante do trono, num gesto de total submissão, depositam suas coras; o que define a convergência de todas as coisas nele, como segue proclamação final: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (v 11). Assim os remidos do Senhor o adorarão àquele que vive pelos séculos dos séculos. A igreja hoje vive como que num ensaio preparatório para que naquele grande e glorioso dia ao sermos transformados, seremos assim como ele é. Faremos parte do coro celestial. Nossa esperança de vida eterna nos fortalece para enfrentar os embates do nosso dia a dia. Estas revelações foram dada a igreja em um tempo de muita luta e perseguição, mas, através destes escritos podemos constar que independente do tempo ou circunstâncias o Senhor nunca ficou alheio ao acontecimentos e sofrimentos dos seus servos e, em tempo oportuno ele sempre se manifesta para socorrer os seus escolhidos.

 

CONCLUSÃO:  João foi chamado ao céu e abriu-se a porta para ele ver o trono e as demais coisas que iram acontecer. Observamos que tudo acontece a partir do trono de Deus. O futuro da história da humanidade não está nas mãos dos estadistas, cientistas ou pensadores. Mas, a história está nas mãos do Deus todo Poderoso, por isso a ele toda honra e gloria. A bíblica chama bem-aventurados são:  aqueles que o reconhecem como tal. Digno de honra.... Deus te abençoe. Pastor João Serafim