terça-feira, 9 de maio de 2023

MENSAGEM PREGADA NO CULTO DA UNIDADE - PASTOREAR - 08/05/2023

 

MENSAGEM: DIVERGÊNCIA E CONVERGÊNCIA 

TEXTO: PV 18:1, JO 17:20-21

INTRODUÇÃO: Quero pensar com vocês nesta oportunidade sobre divergência e convergência,  lembro-me daquela máxima antiga que afirma: “Viver com os santos no céu dever ser uma vitória, mas, viver com os santos na terra é outra historia”. Acredito haver uma verdade nesta máxima porque ainda não alcançamos o padrão de Cristo. Porém, o plano de Deus para os redimidos em Cristo é para que vivamos em unidade até mesmo porque a igreja tem o dever de refletir a luz de Cristo aqui na terra e contrastar com o mundo fragmentado pela queda do homem através do pecado que causou uma ruptura com Deus e consequentemente o mundo geme quebrado e deflagrado em todos os aspectos. Posto isso, podemos analisar estes fatos em vários aspectos, mas quero apontar apenas três: A divergência mundial, a convergência cristã e o perigo do isolamento.

I – A DIVERGENCIA MUNDIAL

Para nenhuma de nós que reunimos aqui hoje é novidade os conflitos das nações, povos, e famílias. Não estranhamos quando a União Soviética invadiu a Ucrânia, não estranhamos da guerra da Turquia e Síria, não estranhamos quando ouvimos que dois generais sudaneses lutam pelo controle do país desencadeando uma guerra brutal matando inocentes. Em nosso Brasil, cresce a polarização capitaneada pelas ideologias separatistas: A partir daí, assistimos em nossos noticiários diários debates acirrados entre nossos governantes sobre ameaça de golpe de estado, multiplica-se a violência contra as pessoas com base na raça, religião, gênero e sexualidade, assistimos também o aumento da desigualdade social. Tudo isso é um reflexo de um mundo que borbulha em conflitos que tem sua origem na ambição humana, na inveja, na discórdia e na busca do prazer a qualquer custo por aqueles que estão alienados do Criador por falta da unidade proposta pelo o Eterno. Todas essas mazelas temperadas com ódio, violência e desafeto vindo da parte dessas autoridades e demais segmentos da sociedade que assistimos em nosso dia a dia é incompreensível. Mas, tais comportamentos são inaceitáveis e inadmissíveis ainda mais aqui no arraial cristão, onde é preconizado a prática do evangelho que tem como base o amor. A luz e as trevas obviamente são incontestavelmente antagônicas, mas, vale lembrar: de que lado estamos? (1 Jo 5:19). Somos da luz e da unidade em Cristo?

II – CONVERGÊNCIA EM CRISTO

A unidade proposta pelo mundo torna inviável sem que Cristo seja o centro de convergência. Em Cristo temos uma nova base de unidade entre o divino e o humano, ofertado gratuitamente. Na oração sacerdotal de Jesus encontramos a seguinte intercessão de Cristo junto ao Eterno: “...Pai santo, guarda-os em teu nome, para que eles sejam um, assim como nós”(Jo 17:11b). Jesus intercede assim também pela sua igreja, pelos seus discípulos; “Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também esteja em nós”(Jo 17:20-23). Jesus também declarou: “Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco”(Jo 10:16). Sob o mesmo comando do único pastor, onde não pode haver divergência exceto naquelas questões periféricas (coisas secundárias que não compromete nossa salvação). Deus constitui  Cristo como cabeça da igreja, ou seja, ele é o cérebro que comando todas as partes do corpo. Assim sendo deve haver uma cooperação mútua entre as pastes do corpo. A igreja como corpo de Cristo possuem vários membros. Contudo, isso não quer dizer que cada um faz o que bem entender, ao contrario cada membro deve cooperar para a edificação de todo o organismo (Ef 4:16). Quando Jesus estava na eminência de voltar para o seu lugar de origem, ele deixou seu Espírito para nos guiar em unidade e através dele tornamos seus agentes (embaixadores) para reconciliar o mundo com Deus (2 Cor 5:18-20). A igreja do Senhor recebeu a incumbência de promover a paz, andar de maneira digna da nossa vocação: “Com toda a humildade, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz...” Temos o porquê disso, sim?: Um Pai de todos que age por meio de todos porque a fé é única, o Senhor é único e a esperança é única “(Ef 4:2-6). As ideias teológicas separatistas fragmenta o corpo de Cristo, Tais práticas percorre o caminho inverso do proposto pelo Senhor, que através de seus ensinos teóricos e práticos registrados nos relatos bíblicos nos mostra a comunhão entre os filhos do mesmo Pai. Vejamos alguns exemplos:

III - O PERIGO DO ISOLAMENTO (PV 18:1)

Aquele que se isola insurge contra a própria sabedoria. A verdade dura e crua a respeito do isolamento é que uma pessoa que se isola, na verdade ela é soberba e rebelde e egoísta. O isolamento cega a pessoa, leva a pessoa pensar que apenas ela que sofre, Deus é injusto, e daí por diante. Um exemplo clássico disso foi o grande profeta Elias. Ao isolar-se, pediu a morte e não consegui enxergar os sete mil israelitas que não se dobraram à Baal. O maior problema do isolamento é quando surge o dia mau do qual nenhum mortal está imune. O dia mau vem através de uma crise financeira, de um conflito relacional ou uma doença que nos paralisa e, se não tiver alguém para nos ajudar, corremos o risco ficar imobilizado por toda vida. Quero fazer um paralelo entre dois episódio narrado na bíblia sobre dois paralíticos (Jo 5:1-18, Mc 2:1-12). Ambos paralíticos precisavam de ajuda, aquele que se encontrava junto ao tanque chamado Betesda ao ser indagado por Jesus se ele deseja a cura,  a sua alegação foi que não tinha um amigo que lhe ajudasse a conduzi-lo à água. Veja bem que situação! Passado trinta e oito anos não conseguiu fazer um amigo. Já o paralitico de Cafarnaum conseguiu mais que um amigo, ele conseguiu quatro amigos que o conduziu a Jesus. Estes relatos bíblicos nos ensinam muito sobre a importância de fazer relacionamentos sólidos com base na lealdade e justiça, para que no dia da adversidade tenhamos alguém para nos estender à mão. No reencontro de Jesus com o paralitico do tanque de Betesda, ele foi advertido: “Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior (Jo 5:14). O texto sagrado nos adverte também: “Melhor é serem dois do que um...”(Ec 4:9-11). Jó quando viveu suas tragédias, ele pode contar com quatro amigos que passaram dias junto dele, ainda que com indiferença, mas estavam lá (Jó 2:11-3). Quando caminhamos sozinhos não temos com quem chorar e nem com quem compartilhar as conquistas. Portanto, caminhemos como irmãos para juntos enaltecer o nome do nosso Pai celestial.

CONCLUSÃO: Quando lemos as Escrituras percebemos como Jesus tinha sua rede relacionamento através de seus discípulos, ele tinha grupo de setenta, de doze e de três. O que deduzimos com isso é que o Senhor tinha em mente uma comunidade global de discípulos altamente comprometida com a missão recebida, fazendo uso de diferentes dons e estilos, sendo de diferente cores, pertencendo diferentes culturas, e fazendo profunda diferença em diversas parte do mundo. E tudo isso com uma consciência peculiar. Apesar das diferenças periféricas, não somos concorrentes, somos uma família chamada pastorear. Como tal, temos opiniões divergentes mais a nossa convergência é maior para cumprir a vontade do Deus trino que andemos em unidade porque o sangue de Cristo nos faz viver como família. Deus abençoe a todos. Pastor João Serafim.

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