Mensagem: Deus chama seu povo para um debate Texto: Mq 6.1-8
Introdução: Quem oferece
condições plenas para o exercício de uma atividade tem todo o direito de exigir
o cumprimento da mesma. Deus chamou e continua chamando seu povo para um
debate. Ele tem subsidio suficiente para convencer as pessoas que querem
praticar a verdade por não deixar faltar absolutamente nada da sua parte –
Israel perdeu o foco fazendo coisas extravagantes para satisfazer a Deus. Deus
expõe seus argumentos e os questionam: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom;
o que o Senhor pede de ti...” (v 8). Em outras palavras: fala pra mim, qual é o
problema que lhes causei, qui fiz, “... testificam contra mim” (v 3).
Primeira controvérsia
Israel recebeu um tratamento especial de Deus.
Estranhamente respondeu este tratamento com muita indiferença como se estivesse
entediado, cansado, enojado de Deus. A memória deles foi refrescada com um
lembrete da antiga situação deles no Egito (escravos) que foram libertos por
meio dos três irmãos; Moisés, Arão e Miriã com sinais e prodígios. A condição
de escravo dispensa comentários, entretanto a escravatura egípcia era bem
peculiar a aquela cultura com domínio atrelado a idolatria. A libertação
marcada pelas ações sobrenaturais deveriam ser reconhecida sem necessidade de
fazer defesa. Contudo, foram exortados a lembrar. Embora Deus não quisesse usar
deste expediente, mas foi necessário.
Segunda controvérsia
Na peregrinação do povo de Israel pelo
deserto quando saíram do Egito levantou o rei de Moabe que subornou o profeta
Balaão para amaldiçoar a Israel. Deus pergunta: “O que aconteceu?” Os
Israelitas daquela geração conheciam o desfeche daquela história, como Deus não
permitiu as manobras do profeta alugado, atingisse o seu povo, ou seja, a
justiça de Deus foi incontestável.
Terceira controvérsia é humana
Que farei para redimir o pecado da minha
alma? (v 7) colocarei-me diante do altíssimo com a minha solução: oferecer
sacrifício? Holocaustos de bezerros? Milhares de carneiros e rios de azeite?
Ofertar meu filho em sacrifício? Não. Não, nada disto, seria suficiente. Esta consciência
está explícita nos argumentos em sua percepção deste Deus que não satisfaz com
atos meramente cerimoniais ritualistas. Ficamos sem respostas para argumentar
com o Criador todas as vezes que tentamos pegar atalho em seus ensinamentos. O
melhor que temos a fazer é reconhecer que ele nos deu suprimentos suficiente
para responder a sua vontade. Quando dele afastamos e do seu plano haverá
desgaste sem nenhum resultado plausivo. Seu plano é simples, vejamos.
Quarta controvérsia é cabal
“Deus põe fim a discussão dizendo:” Ele te
declarou, ó Homem, o que é bom e o que ele pede de ti: praticam da justiça,
benignidade e humildade diante de Deus. Sobre este tripé apoia toda doutrina do
cristianismo, e quando reportamos aos ensinos do novo testamento mais
precisamente na afirmativa
de Jesus “Misericórdia quero e não holocaustos”( Mt 9.13). temos uma ordem dele
para irmos aprender o significado de todos estes atos religiosos que são apenas
simbolismo de algo maior, ou seja, a essência, conteúdo depende da revelação
para conhecermos o seu plano e desejo.
Em nossos dias há tanta especulação
sobre agradar a Deus – Quem realmente deseja fazer a vontade dele depende
apenas de seguir estas diretrizes que seria agir com justiça com seu semelhante
e amar a Deus. Os atos religiosos tem nos levado a perder as pessoas de vista e
a centralidade de Cristo em sua igreja. Minha oração é para que Deus tenha
misericórdia de nós e deixemos de debater com Ele e sejamos corajosos para
fazer este básico sem questionamento.
Conclusão: Argumentação humana para eximir das nossas responsabilidades
sempre foi o forte do povo de Deus. quando, o finito, o limitado, o imperfeito discutir
com o perfeito cai-se por terra, sentimos na lona e nocauteado sem condição de
prosseguir. O melhor mesmo é nos render a Ele e fazer das palavras de Jó as nossas
palavras, “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora meus olhos te vêem” (Jó 42.5).
Que Deus nos abençoe e tenhamos pressa em aprender o que significa
misericórdia.
Pastor João
Serafim
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