segunda-feira, 30 de março de 2020

MENSAGEM: O MUNDO E SUA TORRE DE BABEL
TEXTO: GN 11. 1 - 9
INTRODUÇÃO: Babel por definição significa confusão, por isto, tudo que é bagunça fica simbolizado pela Babel. Seja o sistema político, social, tecnológico, econômico e outros segmentos independentes do Criador que versa por autossuficência resulta na desordem do caos social, familiar e individual que podemos classificar como tal. O homem em sua arrogância projeta alcançar o topo de suas torres e tornar-se celebridade. Todavia, por um simples vírus, vem abaixo seus engenhosos planos. Vamos pensar sobre esta presunção humana.

I – AUTOGLORIFICAÇÃO HUMANA
Esta geração que intentou construir a torre estava opondo-se abertamente a ordem expressa de Deus que era povoar toda a terra (Gn 1.28a, 9.1). Ao ignorar o plano de Deus, estabelecendo seus próprios ideais dizendo: “E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo topo chegue ao céu e tronemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda terra” (V 3,4). O desejo do homem de estar no centro do universo no lugar de Deus é a síndrome de Lúcifer, estar no controle, ter o comando na mão sempre foi pretensão do homem desde o Éden. Não foi à toa que Eva aceitou facilmente a proposta do Diabo para comer o fruto para ter conhecimento igual a Deus e tornar-se independente dele. Ser célebre, ter o nome notável e reunir como cidade em torno da torre descreve esta síndrome luciferiana. Geralmente o nome das cidades estão atrelado com alguma divindade que desvincula o nome do Criador, tudo para usurpar a glória daquele que realmente é digno de glória, o Senhor Javé.

II – A SOCIEDADE DO SECULO XXI
Esta é uma sociedade que perdeu toda referência do sagrado. Isto vem sendo infundido pela força antagônica anti-Deus de várias formas: às vezes de maneira sutil e outras abertas contra Deus, onde o Criador está sendo excluído do centro e colocado de lado. As universidades, escolas de maneira geral, toda ciência, pesquisa tecnológica e educação não atribui louvor algum a Deus pelas suas descobertas, ao contrário, zombam abertamente do Criador e qualquer defesa às idéias criacionistas são amplamente contestadas. Os humoristas em nome da cultura, até por falta de imaginação usam o sagrado para achincalhar e fazer gracejos em massa. Suas atitudes sempre expressam sua indignação contra o Criador dizendo: Aqui Deus não tem vez e nem voz. Esta presunção fica ilimitada, até que Deus resolve descer até a torre (projetos humanos). “Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam” (V 5). Deus desceu até ali para ver o que se faziam; obviamente Deus já conhecia desde o céu o que se passava na construção. Contudo, aqui é usado um termo: “antropomorfismo” que é uma forma de linguagem que expressa ideia a cerca de Deus, sob formas humanas, devido às restrições da nossa linguagem. Deus não precisa descer aqui para conhecer os intentos desta sociedade que zomba do Dele. Mas, como afirmou Paulo: Estes são inventores de males (Rm 1.30). Basta uma simples ação de Deus para que a torre do orgulho venha abaixo. 

III – O QUE DEUS ESPERA DE NÓS NESTA SOCIEDADE INDIFERENTE?
O ano de 2020 foi estabelecido pelas potências mundiais como o ano do salto para o futuro e o Brasil que seguia na mesma cadência estimava-se que seu crescimento seria exponencial em seu PIB (produto interno bruto), com projeções promissoras em base segura de agentes econômicos renomados criaram uma torre forte sem riscos e ameaças de fatores sobrenaturais e oscilações econômica futuras. Todas as projeções e impérios ruíram em questões de dias com um simples vírus denominado coronavírus. Em meio à baliza que o homem classificou como maior instrumento de poder que é a tecnologia (internet), tornou-se o pivô de toda crise na disseminação do pânico e pavor mundial. Temos assistido pelos noticiários que o mundo está uma Babel, a bolsa de valor que cai, petróleo e moeda desvalorizados e o dólar nas alturas. Em meio a tudo isto, está à igreja do Senhor. Inquestionavelmente Deus foi colocado para escanteio nesta sociedade, os projetos humanos ganharam o centro de tudo, ou seja, o antropocentrismo absoluto. A pergunta que se faz: O que Deus esperar de nós? Onde a ciência, educação e tecnologia estão voltadas para o endeusamento do homem. Vamos pensar em algo de concreto a partir do termo cidade (v 5). Cidade é o lugar das oportunidades onde as portas deveriam ser abertas por meio das artes, da educação, da saúde, da pesquisas. Ao contrário, o que vemos é aglomerados habitacionais de péssima qualidade, transporte precário, educação de baixa qualidade, política social escravista. Resumindo: homem humilhando homem. Tudo isto é fruto da glorificação do homem que oprime e escraviza seu semelhante. Neste ambiente de caos é o lugar onde as coisas acontecem. É justamente neste lugar que Deus deseja que você atue.  Pessoas cansadas nestas favelas, condomínios, apartamentos, todos sofrendo sem distinção. Há muita dor nas cidades por excluir Deus. Todas as torres viraram pó, orgulho em baixa. É momento de humilhar e chamar Deus para seu lugar, no centro de todas as coisas. A iniciativa deve partir da igreja em buscar e consagrar-se mais a Deus..

CONCLUSÃO: No desejo de dominar o mundo o homem não tem limites para alcançar seus desígnios, fazem o que bem lhe entende, ainda que tenha que passar por sobre o seu semelhante e quando reúne é para ostentação ou para estabelecer seus próprios impérios independentes de Deus. Deus frustra os conselhos dos orgulhosos. A doença chegou trazendo medo e a economia travou e os poderosos estão confusos em seus planos e linguagem e trocando acusações. Mas o reino de Deus tem um só plano e uma só linguagem de ordem e paz: A Deus pertence à honra e a glória para todo sempre. Deus te abençoe.
 João Serafim


Nenhum comentário:

Postar um comentário