MENSAGEM: NATAL, O PRÍNCIPE DA PAZ ISAÍAS 9:1-7
INTRODUÇÃO: Entre os diversos títulos atribuídos a Jesus, o título de “Príncipe da paz” para mim é o mais eloquente, considerando a hostilidade empreendida pelo o arque inimigo de Deus (o diabo) neste mundo, em contraste temos da parte de Deus o seu Filho Jesus como o Príncipe da paz. Nesta data comemorativa julgo relevante pensarmos neste atributo de Jesus.
I – O REINO DAS TREVAS
Nas palavras do apóstolo João o mundo inteiro jaz no Maligno (o Príncipe deste mundo o Diabo) 1Jo 5:19, Jo 14:30. Estas forças antagônicas fazem parte de um processo que não podemos mensurar. Porém, os cristãos possuem acesso a palavra revelada apontando para um desfeche glorioso da história da criação de Deus. Setecentos e cinquentas anos antes houve este anuncio profético revelando que as trevas seriam dissipadas com a chegada do Príncipe da paz. “O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e os que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu lhes a luz” (Is 9:2). A verdade de seu reino se apresenta como um grande farol que ilumina os povos que estavam se apalpando as escuras. Por isso, a chegada da luz do Cristo deve ser celebrada com intenso júbilo. Jesus veio aqui para iluminar o caminho do homem de volta para Deus. Na verdade Ele mesmo se apresenta como “O caminho” de retorno para Deus (Jo 14:6).
II - O PRÍNCIPE DA PAZ
A narrativa bíblica de Genesis à Apocalipse deixa claro que a relação da criação com o Criador ficou interrompida em função do pecado do homem. O homem por iniciativa própria jamais poderia reparar seu erro e restabelecer sua relação com Deus. Por isso, Deus mesmo toma providência para restabelecer esta relação com sua criação. “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo” (2 Cor 5:18ª). Deus enviou seu filho que sendo igual a Deus não julgou com usurpação ser igual a Deus, antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo forma de servo, tornando-se semelhança de homens; e reconhecido em figura humana “(Fl. 2:5-11).O Cristo precisou sujeitar a tudo isso por causa do pecado primeiro homem e o nosso pecado (1 Cor 15:45-49). Deus não viola a sua justiça quando ele perdoa o delinquente, o perdão gera comunhão. Deus pode ter comunhão com aquele que se arrepende porque sua dívida já foi paga em Cristo: “Tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e justificador daquele que tem fé me Jesus”(Rm 3:26). Antes da vinda de Cristo havia um impasse entre o homem que não podia erguer sua justiça ao nível da justiça de Deus e nem Deus rebaixar sua justiça ao nível da justiça humana. Jesus veio ao aqui na terra como homem para resolver este impasse.
III – DEUS SE FEZ HOMEM
As pessoas que seguiram Jesus concluíram dizendo: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo1: 14). O Emanuel (Deus conosco) confundiu os lideres e religiosos. Herodes o procurou e não encontrou-o (Mt 2:1-15), aos 12 anos ele deu um nó na cabeça dos intelectuais (Lc 2:41-47), os soldados ficaram sem ação (Jo 7:45-53), os escribas não tiveram respostas para suas perguntas (Mc 12:35-37), os saduceus se perderam com seus argumentos (Mt 22:22-33). Porém, os renegados e excluídos foram acolhidos com a chegada do Príncipe da paz que tocou nos leprosos e lavou os pés dos seus discípulos. Nas palavras de Paulo ele é a nossa paz, derrubando a muralha que nos separava de Deus. Por meio de Cristo temos acesso a Deus: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo... Porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus”(Ef 2: 12-19). Ele veio para nos aproximar do Pai, Ele é o caminho, ou seja, mais que uma ponte.
CONCLUSÃO: Agora temos paz com Deus por meio de Nosso Senhor Jesus, ele veio para nos reconciliar. Porque, se nós quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu Filho, muito mais, já estando reconciliado seremos salvos por Ele. Ele teve que viver a nossa pobreza para que pudéssemos viver a sua glória. Do berço à sepultura ele viveu como um de nós. Deus lhe abençoe. Pastor João Serafim.
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