RECONHECENDO O CUIDADO DE DEUS – SALMOS 23
INTRODUÇÃO:Vimos no Salmo 23 um legado deixado pelo salmista Davi
em reconhecer o grande cuidado de Deus por ele, e assim, podemos reconhecer esse
mesmo cuidado de Deus por nós.
Com certeza
você já deve ter ouvido alguém falar sobre o salmo do pastor, mas o pastor do
salmo, qual é o cuidado desse pastor em nos proteger? É sobre isso que iremos
tratar comentando verso a verso para refletirmos um pouco mais sobre o grande
Eu Sou.
1 – O Senhor é meu pastor; nada me faltará.
Ao escrever “O
Senhor é”, Davi se refere ao Deus que era que é e que sempre será. Ao nos
depararmos com as dificuldades da vida, precisamos saber que “Deus é”. Se
houver doença, ele é Jehovah-Rapha, aquele que cura. Quando a preocupação nos
consome, Ele é Jehovah-Shalon, o pacificador, o Senhor da paz. Quando Satanás nos
ataca com falsas acusações, Ele é Jehovah-Nissi, o guerreiro espiritual.
2 – Ele me faz repousar em pastos verdejantes.
Davi sabia que
os dois elementos essenciais para as ovelhas são água e pasto, pelo que essas
coisas representam neste salmo a provisão completa que os homens bons precisam
e recebem do Senhor, além do alimento, Davi diz que há repouso, “vinde a mim
todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei”, Mateus 11.
28
Leva-me para junto das águas de descanso;
As ovelhas
quando tinham sede precisavam beber água parra saciar-lhe, entretanto elas
precisavam de água calma, tranquila, as ovelhas não podiam ir a lugares aonde
as águas faziam muito barulho, por exemplo, uma cachoeira, elas ficariam muito
agitadas, por isso o salmista expõe tal situação; em nossas vidas, precisamos
sempre ir as águas mansas que o Senhor tem pra nós, rios de águas vivas
fluirão do trono de Deus, aleluia.
3 – refrigera-me a alma.
Num mundo de
tantas incertezas, fadiga e cansaço, precisamos de refrigério para nossa alma,
caminhos retos, caminhos de Deus, direção de Deus, vida de Deus pra nós. “....
tomai sobre vós o meu julgo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de
coração; e achareis descanso para a vossa alma.
porque o meu jugo é suave e meu fardo é leve”,(Mateus 11. 29-30).O
Senhor provê perdão e paz para aqueles que o seguem.
Guia-me pelas veredas da justiça
Nenhuma
provisão terá grande valor a menos que seja uma provisão espiritual; o bom
pastor sabe qual são as veredas certas, e é por elas que guia as ovelhas.
Por amor do seu nome.
“E o seu nome
será maravilhoso conselheiro, Deus forte, pai da eternidade, príncipe da paz”,
Isaias 9. 6b.
4- Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal
algum, porque tu estas comigo, o teu bordão e o teu cajado me consolam.
Ele não
profetizou desgraça para sua vida, apenas disse, “ainda que eu ande... uma
certeza aqui nesse texto é de não colocarmos em nossas vidas aquilo que não foi
falado por Deus pra nós.
Quando Davi venceu o urso e o
leão, ele tinha plena confiança no cuidado de Deus, não tentamos matar o leão e
o urso sozinhos, não conseguiremos, precisamos da ajuda do Deus todo poderoso;
cajado é símbolo de autoridade, Davi estava dizendo que estava sujeito a uma
autoridade, não uma autoridade qualquer, debaixo da autoridade Divina.
5 – preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges–me a
cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
A mesa farta.
A figura agora muda para um banquete. Talvez devamos compreender a jubilosa
festa que o salmista tinha em mente. Sem dúvida, o terno cuidado do Pastor
sugere o fato de Deus também preparou uma mesa na nossa presença, mesmo diante
de nossos inimigos. O salmista usa a metáfora de um hospedeiro para conferir
mais rica expressão a esta cena caloroso, intima e plena, em seu relacionamento
com Deus. Ele era um convidado sob a proteção do divino Hospedeiro. No Oriente
Próximo e Médio um homem que fosse caçado por seus inimigos precisava apenas
entrar ou ao menos tocar na tenda daquele com quem buscasse refúgio para estar
seguro e desfrutar graciosa hospitalidade. Seus inimigos tinham de ficar
imóveis e olhar de fora da entrada para
dentro mas nada podiam fazer. Uma mesa esplendorosa era então servida, digna de
um monarca. O Hospedeiro divino ultrapassava os requisitos básicos da
hospitalidade. A refeição assumia proporções de um banquete, quando unguentos
de aroma suave eram derramados sobre a cabeça do convidado (ver Lucas 7.46) e
não havia falta de coisa alguma. O cálice transbordava, pois era o cálice da
saturação. O salmista tinha seus inimigos, mas os planos deles haviam sido
frustrados porque o Senhor declara: este homem é meu amigo.
O ato de
ungir, como é natural, fazia parte da hospitalidade oriental, seu sentido era
refrigerar e refrescar, a provisão de um gracioso hospedeiro que não poupava o
azeite caríssimo. Ato contínuo, os cálices eram cheios dos melhores vinhos, e
não havia falta de tal líquido, visto terem sido metaforicamente retratados
como transbordantes. O convidado podia ser um homem perseguido. Seus inimigos
estavam “do lado de fora”, uivando como um bando de animais selvagens. Mas quem se importava?
Ele estava com seu Hospedeiro, em meio à abundancia, plenamente protegido de
qualquer coisa que estivesse “lá fora”, neste mundo hostil.
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